Um dia depois de dizer que não se sente pressionado pelo início da vacinação contra o coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro postou nas suas redes sociais um texto em que fala em "pressa pela vacina" e diz que "tão logo um laboratório apresente seu pedido de uso emergencial, ou registro junto à Anvisa, e esta proceda sua análise completa e o acolha, a vacina será ofertada a todos e de forma gratuita e não obrigatória".
No texto, Bolsonaro lembra que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é um órgão de Estado, e não de governo, e que há quatro laboratórios que desenvolvem estudos clínicos da vacina no Brasil, mas que até agora nenhum deles apresentou pedido de registro ou uso emergencial junto à Anvisa.
Bolsonaro diz ainda que, se o Presidente da República exercesse pressões pela vacina, "seria acusado de interferência e irresponsabilidade".
"Temos pressa em obter uma vacina segura, eficaz e com qualidade, fabricada por Laboratórios devidamente certificados. Mas a questão da responsabilidade por reações adversas de suas vacinas é um tema de grande impacto, e que precisa ser muito bem esclarecido", diz o texto.
Ontem, o presidente demonstrou não estar incomodado pelo fato de diversos países já terem começado suas campanhas de vacinação contra o coronavírus, enquanto no Brasil não há sequer data para o início da imunização da população.