Brasileiro de menor renda desconfia do Pix
Pesquisa mostra que esses consumidores são os que menos confiam na ferramenta e os que mais se queixam da falta de informação

Às vésperas de entrar em operação, o Pix (sistema de pagamentos e transferências eletrônicas do Banco Central) tem um desafio pela frente: convencer as classes C, D e E a usarem o serviço.
Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada com exclusividade para o Estadão, aponta que esses consumidores são os que menos confiam na ferramenta - e os que mais se queixam da falta de informação sobre como usá-la.
Esses brasileiros devem usar menos o Pix que as classes A e B. Embora nove em cada dez deles já tenham ouvido falar do sistema, 47,5% talvez não o use por falta de informações.
A partir de segunda-feira (16), o Pix sairá da fase de testes e estará disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, para transações instantâneas. Mais de 700 instituições, entre bancos, financeiras e fintechs, estão autorizadas a oferecer o serviço.
"O público das classes A e B tem mais acesso a sistemas de pagamentos eletrônicos. O BC tem divulgado o Pix pelos cotovelos, mas, muitas vezes, essa informação não chega de forma eficiente a quem não está acostumado a fazer essas operações", avalia Adrian Cernev, professor do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira, da FGV, um dos autores do estudo.
O pesquisador ressalta que a maioria dos serviços financeiros começa a ser ofertada para as classes A e B e só depois vai descendo a pirâmide. Com o Pix, não. É um serviço que nasce com a proposta de ser para todos. "Agora, o BC precisa fazer uma comunicação direcionada ao consumidor C, D e E."
Vendedor ambulante, André Pacheco, de 42 anos, é um deles. Ele diz que pretende usar a ferramenta de pagamentos, mas que ainda tem muitas dúvidas de como o serviço irá funcionar. "Quero aprender a usar, pois muitos clientes irão perguntar se podem pagar por ele."
Para Maurício Prado, diretor executivo da consultoria Plano CDE, a tendência é que a ferramenta seja "descoberta" no dia a dia. "É difícil explicar algo tão novo e diferente apenas pela comunicação. Melhor colocar no ar e deixar espalhar, e só então incentivar o uso quando ele estiver implementado", diz.
Segundo o Banco Central, todos os seus canais de comunicação têm sido usados para levar informações sobre a ferramenta. "Nas próximas semanas, essas ações tendem a ser intensificadas por meio de campanhas informativas em diversos meios de comunicação."
* As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Leia Também
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
Nubank (ROXO34) recebe autorização para iniciar operações bancárias no México
O banco digital iniciou sua estratégia de expansão no mercado mexicano em 2019 e já conta com mais de 10 milhões de clientes por lá
Do pitch à contratação: evento gratuito do BTG conecta jovens talentos ao mercado financeiro
Inscrições estão abertas até 27 de abril; 1 a cada 5 participantes é contratado até três meses após o evento, diz estudo
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
O preço de um crime: fraudes no Pix disparam e prejuízo ultrapassa R$ 4,9 bilhões em um ano
Segundo o Banco Central, dados referem-se a solicitações de devoluções feitas por usuários e instituições após fraudes confirmadas, mas que não foram concluídas
Agenda econômica: é dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado
Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)
Caiu na malha fina? Receita libera consulta ao lote de restituição do Imposto de Renda na quarta-feira
Ao todo, 279,5 mil contribuintes receberão R$ 339,63 milhões, mas há quem receberá o pagamento do lote de restituição do Imposto de Renda antes
Como fica a bolsa no feriado? Confira o que abre e fecha na Sexta-feira Santa e no Dia de Tiradentes
Fim de semana se une à data religiosa e ao feriado em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira para desacelerar o ritmo intenso que tem marcado o mercado financeiro nos últimos dias
CDBs do Banco Master que pagam até 140% do CDI valem o investimento no curto prazo? Títulos seguem “baratos” no mercado secundário
Investidores seguem tentando desovar seus papéis nas plataformas de corretoras como XP e BTG, mas analistas não veem com bons olhos o risco que os títulos representam
Coalizão de bancos flexibiliza metas climáticas diante de ritmo lento da economia real
Aliança global apoiada pela ONU abandona exigência de alinhamento estrito ao limite de 1,5°C e busca atrair mais membros com metas mais amplas
Agenda econômica: PIB da China, política monetária na Europa e IGP-10 são destaques em semana de balanços nos EUA
Após dias marcados pelo aumento das tensões entre China e Estados Unidos, indicadores econômicos e os balanços do 1T25 de gigantes como Goldman Sachs, Citigroup e Netflix devem movimentar a agenda desta semana
Banco do Brasil (BBSA3) pode subir quase 50% e pagar bons dividendos — mesmo que a economia degringole e o agro sofra
A XP reiterou a compra das ações do Banco do Brasil, que se beneficia dos juros elevados no país
JP Morgan eleva avaliação do Nubank (ROXO34) e vê benefícios na guerra comercial de Trump — mas corta preço-alvo das ações
Para os analistas do JP Morgan, a mudança na avaliação do Nubank (ROXO34) não foi fácil: o banco digital ainda enfrenta desafios no horizonte
BRB vai ganhar ou perder com a compra do Master? Depois de S&P e Fitch, Moody’s coloca rating do banco estatal em revisão e questiona a operação
A indefinição da transação entre os bancos faz as agências de classificação de risco colocarem as notas de crédito do BRB em observação até ter mais clareza sobre as mudanças que podem impactar o modelo de negócios
FII PVBI11 cai mais de 2% na bolsa hoje após bancão chinês encerrar contrato de locação
Inicialmente, o contrato não aplicava multa ao inquilino, um dos quatro maiores bancos da China que operam no Brasil, mas o PVBI11 e a instituição chegaram a um acordo
Banco Master: Reunião do Banco Central indica soluções para a compra pelo BRB — propostas envolvem o BTG
Apesar do Banco Central ter afirmado que a reunião tratou de “temas atuais”, fontes afirmam que o encontro foi realizado para discutir soluções para o Banco Master
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
A compra do Banco Master pelo BRB é um bom negócio? Depois da Moody’s, S&P questiona a operação
De acordo com a S&P, pairam dúvidas sobre os aspectos da transação e a estrutura de capital do novo conglomerado, o que torna incerto o impacto que a compra terá para o banco público
Pix parcelado já tem data marcada: Banco Central deve disponibilizar atualização em setembro e mecanismo de devolução em outubro
Banco Central planeja lançar o Pix parcelado, aprimorar o Mecanismo Especial de Devolução e expandir o pagamento por aproximação ainda em 2025; em 2026, chega o Pix garantido