Fundos imobiliários perderam este ano R$ 3,28 milhões em valor de mercado
No total, a cesta que congrega os 131 fundos mais negociados do mercado, o Ifix, encolheu 5,15% em 2020 – em fevereiro, apesar da melhora dos últimos dias, a queda é de quase 1%
Depois da bonança em 2019, os fundos imobiliários vivem neste começo de ano dias de tempestade. De 1º de janeiro até a última sexta-feira, a classe de ativos que mais cresceu no ano passado (quase 36%) perdeu na Bolsa R$ 3,28 bilhões em valor de mercado, a maior desvalorização da história do investimento dentro de um intervalo de 45 dias.
No total, a cesta que congrega os 131 fundos mais negociados do mercado, o Ifix, encolheu 5,15% em 2020 - em fevereiro, apesar da melhora dos últimos dias, a queda é de quase 1%. Somente o Banco Itaú, que administra o principal fundo do setor, o KNRI11, com R$ 4, 1 bilhões aportados em imóveis, perdeu quase R$ 500 milhões no período.
Entretanto, apesar desse enxugamento em curso, especialistas afirmam que o investidor não precisa correr e liquidar as aplicações. O revés seria, na verdade, uma correção natural do que poderia se configurar no futuro como uma bolha de mercado, caso a demanda por fundos imobiliários continuasse no patamar dos últimos meses.
Para se ter uma ideia, depois de 2%, 3% e 4% ao mês, consecutivamente, o Ifix acumulou alta recorde de 10,6% em dezembro de 2019.
Responsável pelas recomendações de fundos imobiliários na corretora do banco Santander, Felipe Vaz chama atenção para a rápida valorização dos fundos, que, segundo ele, aconteceu sem um motivo aparente. "Os fundos imobiliários dobraram de tamanho no ano passado. E fecharam o ano com um resultado acima do esperado", diz ele. "No dia 31 de novembro, eram 570 mil CPFs comprando cotas de fundos imobiliários. No final de dezembro, já eram 632 mil. É muita gente em muito pouco tempo", diz Vaz.
Para o diretor-geral do banco Indosuez, Fabio Passos, a queda atual era esperada. Em suas redes sociais, ele já vinha alertando para o que chamou de "efeito manada" do investidor por produtos lastreados em imóveis desde o começo de dezembro. "Em média, os fundos vinham com oscilação de 10% de um mês para outro, em um ano muito positivo. Crescimentos maiores do que isso, mesmo em 2019, não se justificam, já que não houve ganho de patrimônio líquido que justifique."
Leia Também
Final da Libertadores 2025: Por que uma vitória do Palmeiras vai render mais dinheiro do que se o Flamengo levar a taça
Juros baixo
Fabio Passos credita a alta na procura por fundos imobiliários em 2019 à queda da taxa de juros, que está em seu piso histórico, a 4,25% ao ano. "Acho que o que aconteceu no ano passado foi um momento de paúra do investidor, que está procurando retorno loucamente", conta. Felipe Vaz concorda. "Hoje, após essa correção, os preços dos fundos estão mais justos do que estavam no ano passado", diz.
No geral, a expectativa dos analistas é de que, daqui para frente, os fundos, mais equilibrados, reduzam suas perdas e voltem ao curso normal do mercado. "Não vejo mais uma correção tão forte como a que vimos nos começo do ano", diz o gestor de fundos imobiliários da RB Capital, Márcio Rocha. "Mas acho que vamos ter ainda oscilações", completa Fabio Passos.
Ritmo menor
Lançados em 2011, os fundos imobiliários são produtos do mercado financeiro que se enquadram na categoria de renda variável, suscetíveis às oscilações e riscos de prejuízo. Os fundos investem diretamente em empreendimentos imobiliários ou em papéis que são lastreados por imóveis, como é o caso dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).
Hoje, existem pouco mais de 500 fundos em operação no Brasil, sendo que 40% deles são negociados na Bolsa de São Paulo, a B3. A liquidez desses fundos ainda é baixa. Enquanto na Bolsa o giro médio de ações em um único dia ultrapassou os R$ 13 bilhões em 2019, o ritmo de venda das cotas dos fundos é bem menor: R$ 150 milhões por dia. Com isso, pode ser mais lento comprar e mesmo vender um papel do setor, que a exemplo das ações tem sempre prazo de liquidação de dois dias.
Os fundos adotam diferentes estratégias de investimento. Há aqueles que aportam em projetos de lajes corporativas e escritórios, os que compram shoppings centers, galpões logísticos e até participam do desenvolvimento de empreendimentos residenciais.
Para a especialista em fundos imobiliários do Itaú BBA, Larissa Nappo, os fundos voltados para a área de logística, que envolvem aluguéis de galpões por grandes comércios eletrônicos, puxaram a fila dos aportes no final do ano. "Olhando por segmentos, o logístico foi o que mais contribuiu com a alta em dezembro e também o que mais caiu em 2020", diz.
Uma das explicações para essa tendência, diz Victor Penna, analista do Banco do Brasil, foi a expectativa do investidor com a retomada das vendas. "A possibilidade de melhora na economia animou o investidor em relação às empresas de varejo que estão investindo no comércio eletrônico. E houve fundos fechando contratos de aluguéis relevantes e de longo prazo com grandes empresas deste ramo", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O que diz o projeto do devedor contumaz de impostos que tramita no Congresso? Entenda ponto a ponto
O objetivo da Receita Federal é punir empresários que abrem empresas apenas com o intuito de não pagar impostos
Concurso SEFAZ SP 2025: edital para Auditor Fiscal é publicado — 200 vagas e salário inicial de R$ 21,1 mil
Concurso público Sefaz SP oferece 200 vagas para Auditor Fiscal, com salários iniciais de R$ 21,1 mil e provas marcadas para fevereiro e março de 2026
Quanto vale hoje a mansão abandonada de Silvio Santos? Mais do que você imagina
Antigo refúgio da família Abravanel em Mairiporã, imóvel com deck na Represa da Cantareira, piscina, spa e casa de hóspedes ressurge reformado após anos de abandono
Como funcionava o esquema do Grupo Refit, maior devedor de impostos do país, segundo a Receita Federal
Antiga Refinaria de Manguinhos foi alvo da Operação Poço de Lobato, acusada de um sofisticado esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis
Essa cidade brasileira é a terceira maior do mundo, supera Portugal e Israel e tem mais cabeças de gado do que gente
Maior município do Brasil, Altamira supera o território de mais de 100 países e enfrenta desafios sociais, baixa densidade populacional e alta violência
Grupo Refit é alvo de megaoperação, com mandados contra 190 suspeitos; prejuízo é de R$ 26 bilhões aos cofres públicos
Os alvos da operação são suspeitos de integrarem uma organização criminosa e de praticarem crimes contra a ordem econômica e tributária e lavagem de dinheiro
Até tu, Lotofácil? Loterias da Caixa acumulam no atacado e atenções se voltam para prêmio de R$ 53 milhões na Timemania
É raro, mas até a Lotofácil encalhou na noite de quarta-feira (26); Quina, +Milionária, Lotomania, Dupla Sena e Super Sete também acumularam
Gás do Povo entra em operação: veja onde o botijão gratuito já está sendo liberado
Primeiras recargas do Gás do Povo começaram nesta semana em dez capitais; programa deve alcançar 50 milhões de brasileiros até 2026
É dia de pagamento: Caixa libera Bolsa Família de novembro para NIS final 9
O pagamento do benefício ocorre entre os dias 14 e 28 deste mês e segue ordem definida pelo último número do NIS
Como é o foguete que o Brasil vai lançar em dezembro (se não atrasar de novo)
Primeira operação comercial no país vai levar ao espaço satélites brasileiros e tecnologias inéditas desenvolvidas por universidades e startups
Liquidação do Banco Master não traz risco sistêmico, avalia Comitê de Estabilidade Financeira do BC
A instituição do banqueiro Daniel Vorcaro cresceu emitindo certificados com remunerações muito acima da média do mercado e vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Imposto de Renda: o que muda a partir de 2026 para quem ganha até R$ 5 mil e para a alta renda, a partir de R$ 50 mil por mês
Além da isenção para as faixas mais baixas, há uma taxa de até 10% para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês
A cidade brasileira que é a capital nacional do arroz, tem a maior figueira do mundo — e é o lar do mais novo milionário da Mega-Sena
Cidade gaúcha une tradição agrícola, patrimônio histórico e curiosidades únicas — e agora entra no mapa das grandes premiações da Mega-Sena
Defesa de Vorcaro diz que venda do Banco Master e viagem a Dubai foram comunicadas ao BC
O banqueiro foi preso na semana anterior devido à Operação Compliance Zero da Polícia Federal, que investiga um esquema de emissão de títulos de crédito falsos
A proposta do FGC para impedir um novo caso ‘Banco Master’ sem precisar aumentar o colchão do fundo
Com maior resgate da história do FGC, o caso Banco Master acelera discussões sobre mudanças nas regras do fundo e transparência na venda de CDBs
Pagamentos do Bolsa Família e Gás do Povo chegam a beneficiários com NIS final 8 nesta quarta (26)
O pagamento do benefício ocorre entre os dias 14 e 28 deste mês e segue ordem definida pelo último número do NIS
Quanto vai ser o salário mínimo de 2026 e o que ainda falta para ele entrar em vigor
O novo piso salarial nacional para 2026 já foi proposto, mas ainda aguarda aprovação; saiba o que ainda falta
Mega-Sena paga prêmio de quase R$ 15 milhões na ‘capital nacional do arroz’; bola dividida deixa Lotofácil em segundo plano
Enquanto a Mega-Sena saiu para uma aposta simples, a Lotofácil premiou um total de 11 apostadores; as demais loterias da Caixa acumularam ontem (25).
2026 sem alívio: projeções do Itaú indicam juros altos, inflação resistente e dólar quase parado
Cenário deve repetir 2025, apesar de R$ 200 bilhões em impulsos fiscais que turbinam o PIB, mas mantêm pressão nos preços
Um problema para o sistema elétrico? Por que a Aneel quer cortar o excedente de energia renovável
Agência aprova plano emergencial para evitar instabilidade elétrica em a excesso de energia solar e eólica