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Além da fronteira

Apesar de dólar alto, brasileiros investem mais no exterior

A queda de juros no Brasil, com o país alcançando agora o marco do juro real zero, tornou muito mais difícil a busca por investimentos com mais retorno, o que vem mudando a dinâmica do mercado

Estadão Conteúdo
28 de junho de 2020
9:35 - atualizado às 9:37
Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos
Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos, durante o evento de lançamento das ações na Nasdaq -

Em dezembro do ano passado, milhares de investidores brasileiros fizeram, pela primeira vez, uma aplicação no exterior. A intenção, contudo, não era diversificação, mas sim participar da oferta inicial de ações da XP Investimentos, que decidiu abrir seu capital fora do Brasil, na Bolsa americana Nasdaq.

A corretora Avenue Securities, criada para facilitar o investimento direto do brasileiro na Bolsa americana, registrou naquele mês a abertura de 11 mil contas - o melhor período até ali. Em maio, já durante a pandemia da covid-19, um novo recorde: 24 mil novos clientes.

Mesmo com o salto do dólar corroendo o valor da moeda brasileira neste ano, o que afeta a rentabilidade futura do investimento no exterior, o investidor brasileiro começou a diversificar sua carteira com opções fora do País, o que antes era concentrado em grandes investidores. Na Avenue, são hoje 100 mil contas abertas.

O número de cotistas de fundos com classificação de "investimento no exterior", conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), ainda é tímido: cerca de 88 mil em março, 10 mil a mais do que no início do ano passado.

No País, os fundos que investem nos chamados BDRs (Brazilian Depositary Receipts, que são os recibos de ações negociados no Brasil com lastro em valores mobiliários emitidos por companhias estrangeiras) podem ser hoje apenas adquiridos por investidores qualificados, que são aqueles com mais de R$ 1 milhão investidos.

No entanto, o assunto está na mesa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que caminha para alterar a regulação e liberar a compra desses papéis por investidores do varejo.

O estrategista-chefe da Avenue, William Alves, comenta que os investimentos no exterior sempre fizeram parte dos portfólios de grandes investidores, mas era algo não acessível ao varejo, grupo de investidores que vem crescendo no Brasil em tempos de juros baixos.

"Agora, o que mudou, foi a pessoa física querendo também ter acesso ao exterior diante da queda de juros."

A queda de juros no Brasil, com o País alcançando agora o marco do juro real zero, tornou muito mais difícil a busca por investimentos com mais retorno, o que vem mudando a dinâmica do mercado brasileiro, com poupadores revisando seus portfólios - muitas vezes pouco diversificados e com muita exposição à renda fixa, especialmente em títulos do governo.

Para aqueles que preferem investir por meio de fundos no Brasil que investem no exterior, o número de opções está crescendo. A Vitreo, por exemplo, lançou um fundo de BDRs de empresas de tecnologia, como as gigantes americanas Amazon, Netflix, Facebook, Microsoft, Google. Na primeira semana, a captação foi de R$ 20 milhões, de 1,6 mil pessoas físicas.

"Para diversificar, precisa ter um pé lá fora e as pessoas estão acordando para isso", afirma o fundador e presidente da Vitreo, Patrick O'Grady.

Na Warren, os fundos de investimento no exterior foram um dos que mais cresceram em maio, na esteira da busca dos investidores por ativos no exterior. "Diversificando no exterior, você mitiga o risco do País", afirma o analista de renda variável da corretora, Igor Cavaca.

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