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Kaype Abreu

Kaype Abreu

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.

novata na bolsa

IPO do Grupo Mateus, de supermercados, deve coroar trajetória de ex-garimpeiro

Gigante do varejo alimentar deu ponta-pé inicial em uma oferta pública de ações; empresa foi fundada por homem de origem humilde e segue essencialmente familiar

Kaype Abreu
Kaype Abreu
17 de agosto de 2020
16:19 - atualizado às 15:08
O empresário Ilson Mateus, em peça publicitária da companhia. - Imagem: Divulgação / Grupo Mateus

A abertura de capital do Grupo Mateus - rede de supermercados que atua em 54 cidades do Nordeste - deve coroar a trajetória de Ilson Mateus, empresário de origem humilde que relata ter sido garimpeiro em Serra Pelada, no sudeste do Pará.

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A varejista protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na última sexta-feira (14), o prospecto preliminar para abertura de capital - um documento de intenções ao mercado para companhias que planejam ter ações negociadas na bolsa.

O movimento já era esperado pelo setor há pelo menos um ano, embora fosse um desejo até mais antigo do grupo, postergado por conta das incertezas econômicas que abalam o país desde a crise de 2015.

O embrião do Grupo Mateus surgiu em meados nos anos 1980, quando Ilson, à época um garimpeiro em Serra Pelada, em Curionópolis, no sudeste do Pará, ouviu de um conhecido sobre o município de Balsas, Maranhão - cidade que crescia impulsionada pela produção de soja.

Ilson contou em mais de uma ocasião a reportagens locais que passou a ir até Balsas em 1984 para vender refrigerante, mas viu a demanda aumentar para outros produtos. Em dois anos, já abria uma pequena mercearia na cidade.

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"Acredito que cheguei no lugar certo, na hora certa", disse o empresário a um programa de TV local. "Nessa época, fazia várias viagens para Goiânia e São Paulo em busca de hortifruti".

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O modesto comércio evoluiu para um grande supermercado na esteira da economia de Balsas. No final dos anos 1990, a cidade era considerada um "novo Eldorado", com avanço de 1.526,55% da produção de soja em dez anos, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.

Mas o crescimento do município já não era suficiente para os planos da companhia: em 2000, a empresa inaugurou uma loja em Imperatriz, importante centro econômico do Maranhão, e seguiu abrindo outros estabelecimentos no Estado.

Ilson contou que a grande distância entre as cidades em que o grupo atuava exigiu a criação de companhias paralelas para desenvolver serviços. "Hoje temos uma equipe de TI gigante e centro de distribuição robustos", disse. "A gente precisa ter uma logística muito mais azeitada do qualquer concorrente".

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Gigante alimentar

Segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), o Grupo Mateus é hoje a quarta maior empresa do varejo alimentar no Brasil.

A empresa permanece essencialmente familiar, controlada por Ilson Mateus Rodrigues, Maria Barros Pinheiro, Ilson Mateus Rodrigues Junior e Denilson Pinheiro Rodrigues.

Eles devem embolsar parte dos valores da oferta, que será primária e secundária. De acordo com a coluna Capital, do jornal O Globo, a empresa tentará atrair para o caixa R$ 5 bilhões. A coordenação é da XP, com Bradesco BBI, BTG Pactual, Itaú BBA, Santander e Safra.

A entrada do Grupo Mateus na bolsa é realizada em um momento de alta para gigantes varejistas, mas de baixa para o segmento alimentar. De janeiro para cá, Pão de Açúcar e Carrefour acumulam perdas de mais de 15%.

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Números do Mateus

Ao mercado financeiro, a companhia informou ter encerrado junho deste ano com 29 lojas do Mix Atacarejo, 24 lojas do Mateus Supermercados, dois Hiper Mateus e 66 lojas da rede Eletro Mateus.

A receita nos primeiros seis meses de 2020 fechou em R$ 5,1 bilhões, crescimento de 27% na comparação anual, ainda conforme a empresa em documento ao mercado.

O lucro líquido foi de R$ 297 milhões, alta de 78%. Já o Ebitda fechou em R$ 478 milhões, crescimento de 62% em igual comparação, com margem Ebitda avançando de 7,3% para 9,3%.

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