🔴 SD EXPLICA: COMO GARANTIR 1% AO MÊS NA RENDA FIXA ANTES QUE A SELIC CAIA – VEJA AQUI

Estadão Conteúdo

Dinheiro no bolso

Bancos distribuem R$ 52 bilhões em dividendos a seus acionistas em 2019

Para este ano, porém, o valor dos dividendos pode ser menor por conta do menor volume de crédito fornecido pelos grandes bancos

4 Bancões - Santander - Banco do Brasil - Itaú - Bradesco
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Os grandes bancos, com exceção do Itaú Unibanco, ampliaram o volume de dividendos distribuídos a seus acionistas em 2019: foram mais de R$ 52 bilhões, volume quase 26% maior que o de 2018.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para este ano, porém, o valor pode ser menor. Isso porque o maior apetite dos bancos para emprestar em meio à retomada da economia brasileira, principalmente para pessoas físicas e pequenas e médias empresas, deve levar o setor a fechar um pouco a mão quando olhar para os resultados futuros.

O Itaú Unibanco já seguiu esse caminho. O banco distribuiu 66,2% do lucro líquido recorrente de 2019, ante 89,2% no ano anterior. A diminuição na proporção de dividendos se refletiu diretamente no bolso dos acionistas da Itaúsa, holding que controla o banco.

A porcentagem do lucro líquido distribuído, chamado de payout, passou de 94%, em 2018, para 68% no ano passado - menor nível desde 2016. Com a redução, os dividendos foram um dos temas abordados na teleconferência feita com investidores e analistas na semana passada.

O presidente da Itaúsa, Alfredo Setubal, explicou que essa queda não antecipa um novo investimento da holding, mas tem relação com o Itaú Unibanco, que representa praticamente 90% do portfólio de investimentos. O banco resolveu, segundo ele, dividir um menor volume de recursos com seus acionistas uma vez que espera ter um maior uso de capital ao longo deste ano, ou seja, vai emprestar mais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desde 2017, o Itaú revisou sua política, colocando no lugar de um teto uma série de critérios para o cálculo dos dividendos. O crescimento do crédito, sob a ótica do risco, é um deles.

Leia Também

Para tranquilizar os investidores, Setubal recorreu à elevada rentabilidade do Itaú, que é líder entre seus pares. "A capacidade de o banco gerar retornos dentro da sua política de crédito é melhor para seus acionistas do que simplesmente distribuir dividendos e usar taxas de retorno inferiores às que o banco aplica", explicou o presidente da Itaúsa, desde 2015 no comando da holding após anos no dia a dia como executivo do banco.

'Superdividendo'

Na contramão, o rival Bradesco aumentou a distribuição de dividendos no ano passado. O payout bruto do banco foi de 73,9%, ante 40,3% em 2018. O salto ocorreu por causa de um "superdividendo" de R$ 8 bilhões. O banco creditou a bolada às perspectivas frustradas com a economia brasileira no ano passado.

Como o crescimento não veio, o Bradesco achou melhor dividir o dinheiro com seus acionistas. Até mesmo porque muito capital pressiona o retorno, principalmente no seu caso, que tenta retomar o posto de segundo banco mais rentável do Brasil, hoje nas mãos do Santander. "Não é uma obsessão, mas é o nosso objetivo lá na frente", disse o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em recente entrevista ao Estadão/Broadcast.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Somado ao crédito, os bancos terão o que o presidente do Itaú, Candido Bracher, resumiu como "ventos contrários" nos resultados de 2020. As instituições financeiras serão afetadas pelo efeito das novas regras do cheque especial, cujos juros foram limitados em 8% ao mês, pelo aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que passou de 15% para 20% na reforma da Previdência, e pela Selic média inferior à do ano passado.

Para o diretor de renda variável de uma gestora, apesar das pressões negativas que os bancos enfrentam neste ano as instituições têm capacidade de compensar tais efeitos e, consequentemente, manter gordos níveis de dividendos. "Os bancos podem conseguir gerar capital suficiente, eventualmente, para pagar mais dividendos e ainda originar mais crédito", avalia ele, na condição de anonimato, que também vê o crédito como fator determinante para a distribuição de dividendos referentes ao ano de 2020.

É o caso do Santander Brasil. O espanhol prometeu manter elevado nível de payout ao mesmo tempo que tem capital em excesso para continuar crescendo como nos últimos anos. "Como fizemos no ano passado, dependendo da evolução e de como usamos o capital, ajustaremos, considerando o ganho final", disse o vice-presidente executivo do Santander Brasil, Angel Santodomingo, em recente conversa com o mercado.

Embora o banco tenha distribuído em torno de 70% do seu lucro nos últimos anos, o executivo preferiu ser conservador. Manteve, ao menos por ora, a referência de 50% de payout para 2020.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Teto para distribuição

O Banco do Brasil aprovou, no início do ano passado, a revisão da política específica de remuneração aos acionistas. Assim, passou a fixar, ao contrário do concorrente Itaú, um teto para a distribuição do lucro líquido. Para 2020, o banco manteve o intervalo de payout esperado entre 30% e 40%, o mesmo estabelecido no ano passado.

Para 2021, a situação fica mais crítica com o risco de os dividendos, hoje isentos, passarem a ser tributados na reforma tributária. Como qualquer mudança no Imposto de Renda responde ao princípio da anualidade, um eventual pedágio para os acionistas, mesmo que aprovado este ano, começaria a valer somente no exercício seguinte.

Por ora, apenas os juros sobre capital próprio (JCP), também considerados para efeito de distribuição de dividendos, são tributados, uma vez que são recolhidos na fonte e entram na conta fiscal dos bancos.

*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PROVENTOS E BONIFICAÇÕES

Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas

19 de dezembro de 2025 - 19:58

Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal

OPERAÇÃO RESGATE

‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência

19 de dezembro de 2025 - 19:08

Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores

A QUERIDINHA DO MERCADO

WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos

19 de dezembro de 2025 - 18:19

Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes

NOVIDADE NOS CÉUS

Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%

19 de dezembro de 2025 - 17:31

Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural

FOCO NA DESALAVANCAGEM

Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos

19 de dezembro de 2025 - 16:58

O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda

ENGORDANDO O BOLSO

Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações

19 de dezembro de 2025 - 16:10

A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social

FIM DE UMA ERA

Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência 

19 de dezembro de 2025 - 14:50

Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos

DE NEUTRO PARA VENDA

É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%

19 de dezembro de 2025 - 13:31

Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores

NA CONTA DOS ACIONISTAS

Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP

19 de dezembro de 2025 - 12:40

Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos

ENTENDA

Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios

19 de dezembro de 2025 - 12:15

Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo

TÍTULOS DE DÍVIDA

Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões

19 de dezembro de 2025 - 11:45

A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação

FELIZ, TRUMP?

Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação

19 de dezembro de 2025 - 10:50

Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance

MAIS AÇÕES NA CONTA

O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados

19 de dezembro de 2025 - 10:15

Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda

SINERGIAS

Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões

19 de dezembro de 2025 - 9:36

Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio

DIVIDENDOS E BONIFICAÇÕES

Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações

18 de dezembro de 2025 - 20:21

A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber

DE VOLTA AO RADAR

CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA

18 de dezembro de 2025 - 16:08

O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda

CORRIDA TECNOLÓGICA

Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA

18 de dezembro de 2025 - 14:55

Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips

DEVO NÃO NEGO, PAGO QUANDO PUDER...

Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%

18 de dezembro de 2025 - 13:08

Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho

DESTAQUE DO IBOVESPA

Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026

18 de dezembro de 2025 - 12:31

Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio

FIM DE UMA ERA?

Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’

18 de dezembro de 2025 - 11:45

Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar