Os efeitos do choque na economia global provocada pela pandemia do coronavírus ainda não se refletiram de forma significativa nos volumes de produção da Petrobras.
A produção média de óleo, LGN e gás natural da estatal foi de 2,909 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no primeiro trimestre. O volume representa um crescimento de 14,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
A produção comercial ficou em 2,606 milhões de boed, alta de 13,3%, e a produção de petróleo, em 2,320 milhões de barris por dia (+17,7%).
O aumento dos volumes produzidos pela Petrobras ocorreu com a entrada em operação de plataformas nos campos de Búzios, Lula e Berbigão e Sururu.
Números de abril
Com a queda na demanda global de petróleo, a Petrobras decidiu inicialmente reduzir a produção de óleo em abril para 2,07 milhões de barris por dia, e o fator de utilização das refinarias de 79% para 60%.
Mas a estatal acabou aumentando o volume para 2,26 milhões de barris em razão da demanda melhor do que a esperada.
A Petrobras informou também que decidiu pela hibernação de 62 plataformas em campos de águas rasas que estão em processo de desinvestimento.
A estatal anunciou ainda que reviu o cronograma de paradas na produção no segundo trimestre em consequência da pandemia do coronavírus. O objetivo é manter o contingente mínimo de pessoas necessário para continuidade da produção, garantindo as condições de segurança operacional.
As paradas agora estão planejadas para o segundo semestre deste ano, mantendo a previsão de impacto de 200 mil barris por dia de produção do ano, conforme previsto no plano estratégico.
Diesel e gasolina caem
A produção média total de derivados pela Petrobras foi de 1,836 milhão de barris por dia (bpd), alta de 2,4% sobre o quarto trimestre e de 5,5% em relação aos três primeiros meses do ano passado.
Já o volume de vendas total da Petrobras registrou queda de 6,4% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado e 6% frente os últimos meses de 2019, para 1,626 milhão de bpd.
Tanto a produção como a venda de diesel e gasolina apresentaram redução no trimestre, já com parte do efeito coronavírus principalmente a partir de março.
“Apesar do resultado positivo no 1T20, as restrições para a movimentação de pessoas e para o funcionamento de segmentos da economia a partir do final do trimestre tiveram como consequência uma queda abrupta na demanda interna por derivados de petróleo, com exceção do GLP”, informou a estatal, no relatório de produção.
*Conteúdo em atualização