Produção reage, mas montadoras demitem 1,5 mil
Apesar da melhora em julho, a indústria automobilística produziu neste ano metade do volume registrado de janeiro a julho de 2019 e segue reduzindo o quadro de pessoal
![Montadora de carros e veículos](https://media.seudinheiro.com/uploads/2018/10/shutterstock_283919942-715x402.jpg)
Apesar da melhora em julho, a indústria automobilística produziu neste ano metade do volume registrado de janeiro a julho de 2019 e segue reduzindo o quadro de pessoal. No mês passado, foram fechadas 1,5 mil vagas. No ano, foram 3,1 mil cortes, enquanto a produção chegou a 900 mil veículos - 48,3% inferior aos números do ano passado.
"Se não ocorrer uma retomada mais forte na economia, devem vir mais cortes", diz o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes. Segundo ele, demitir pessoal qualificado é a última opção das empresas, mas há "limites" para a manter vagas se o mercado não reagir. O setor emprega hoje 122,5 mil pessoas.
A conta de cortes inclui os 747 trabalhadores demitidos pela Renault no Paraná, onde o sindicato dos metalúrgicos local obteve na Justiça liminar suspendendo as dispensas. Empresa e sindicato retomaram negociações para buscar um acordo.
As montadoras trabalham com projeção de queda de 40% nas vendas este ano, para 1,67 milhão de unidades, incluindo caminhões e ônibus. Antes da pandemia, a previsão era de chegar a 3 milhões de unidades, volume agora previsto apenas para 2025. Essa queda, afirma Moraes, vai representar perda de receita de até R$ 80 bilhões nos resultados esperados pelo setor no início do ano.
Nas novas projeções, mesmo com um crescimento contínuo nos próximos anos, a indústria deixará de vender, ao longo de seis anos, entre 6 milhões e 7 milhões de veículos. Segundo Moraes, o cenário previsto antes da covid-19 com base nas expectativas de alta do PIB brasileiro era chegar em 2025 com vendas na casa de 4 milhões de veículos.
Com todas as fábricas operando, ainda que em ritmo reduzido após vários meses de paralisação por causa do coronavírus, a produção aumentou 73% em julho, ante junho, com 170,3 mil unidades, mas foi 36,2% menor que a de julho de 2019. Já as vendas no ano caíram 36,6%, para 983 mil veículos, e as exportações recuaram 43,7%, para 148,7 mil unidades.
Metas de emissões
Diante do desempenho mais fraco que o previsto para os próximos anos, a Anfavea tenta junto ao governo atrasar em dois a três anos o cumprimento de metas de redução de emissões de poluentes estabelecidas no programa Rota 2030, e previstas para entrar em vigor gradualmente entre 2022 e 2025.
Além da dificuldade em dispor dos R$ 12 bilhões de investimentos previstos para novos projetos, as empresas alegam que suspenderam testes durante a paralisação causada pela covid-19 e, mesmo aqueles feitos anteriormente, terão de ser refeitos. "O cronograma físico foi comprometido", diz Moraes.
O executivo afirma que os automóveis atuais evoluíram muito em relação a níveis de emissões e reclama da falta de programas governamentais, como o de renovação da frota e o de inspeção veicular que, se adotados, trariam ganhos ambientais. "A frota antiga polui 28 vezes mais que a atual", diz. A Anfavea voltou a discutir com o governo nova proposta de renovação de frota.
Outra preocupação é que, na transição do sistema tributário atual para outro após a reforma tributária, os créditos de R$ 25 bilhões que o setor tem a receber em impostos pagos (e que deveriam retornar às empresas) virem pó. "Poderíamos usar esse dinheiro para pagar despesas e fazer investimentos, mas estamos financiando o Estado."
As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
Como os trens do Rio de Janeiro se transformaram em uma dívida bilionária para a Supervia que o BNDES vai cobrar na Justiça
O financiamento foi concedido à concessionária em 2013, para apoiar a concessão do serviço de transporte via trens urbanos na região metropolitana do estado
Lula sanciona criação de título de renda fixa isento de IR para pessoa física para estimular indústria
O projeto apresentado pelo governo federal que institui a LCD foi aprovado neste ano pelo Congresso Nacional
Casa própria ameaçada no Minha Casa Minha Vida? Com orçamento pressionado, governo deve voltar a apertar regras e limitar financiamentos de imóveis usados
O governo estuda alterar as regras para priorizar o financiamento de imóveis novos
Mega-Sena acumula e Lotofácil faz mais um milionário, mas o maior prêmio da noite vem de outra loteria
Enquanto a Mega-Sena e a Quina “se fazem” de difíceis, a Lotofácil continua justificando o nome e distribuindo prêmios na faixa principal
Tributação dos super ricos é prioridade para o Brasil, diz Haddad na reunião do G20
Cooperação internacional é a aposta da área financeira nesta edição do encontro das 20 maiores economias do mundo
Compras na internet: como a “fraude amigável” está gerando um prejuízo de US$ 100 bilhões por ano para o varejo dos EUA
O golpe acontece quando o consumidor faz uma compra na internet com cartão de crédito e, quando recebe o produto ou serviço, solicita o estorno
A privatização da Sabesp (SBSP3) não foi suficiente? Tarcísio agora fala em vender a Petrobras (PETR4) e o Banco do Brasil (BBAS3), mas não tem a caneta
O governador de São Paulo acredita que há espaço para avançar nas privatizações de companhias estatais no Brasil inteiro
Eleições nos EUA não devem afetar relações com o Brasil, diz Haddad; ministro busca parceiros ‘além da China’ e fala em acordos com União Europeia
Haddad destacou que não existe transformação ecológica sem novos instrumentos financeiros e cita os ‘green bonds’ do governo
Depois de mais de 2 anos encalhada, loteria mais difícil de todos os tempos sai pela primeira vez e paga o segundo maior prêmio da história
Abandonado numa caderneta de poupança, o segundo maior prêmio individual da história das loterias no Brasil renderia cerca de R$ 1,5 milhão por mês
Banco Central vai seguir na regulação independente do PL sobre os criptoativos, diz técnico da autoridade monetária
Segundo Nagel Paulino, BC pretende concluir a sua estratégia regulatória de criptoativos até o início de 2025