Entenda a razão por trás da forte queda do petróleo e que provoca caos nos mercados
Impasse entre Opep e Rússia parece ter deflagrado uma nova ‘guerra de preços’, com a cotação do preço do barrildo petróleo e as bolsas globais rolando ladeira abaixo.
Se você ficou desligado dos últimos acontecimentos durante o fim de semana, pode ter ficado sem entender a crise que tomou conta dos mercados nesta segunda-feira.
O cenário é o seguinte: uma queda de braço entre Arábia Saudita e Rússia deflagrou uma nova guerra de preços na comercialização do petróleo. O preço do barril entrou em colapso e chegou a cair mais de 30%, a maior queda diária desde a Guerra do Golfo, em 1991.
Nesta manhã, o Brent, referência internacional com vencimento em maio, cai 22,9%. Já o WTI para abril desvaloriza 23,5%.
- O repórter Victor Aguiar gravou um vídeo para comentar o colapso dos mercados globais nesta segunda-feira. Veja abaixo:
As bolsas globais, que já sofriam com o avanço do coronavírus, agora também reagem fortemente ao novo cenário. A bolsa brasileira apresentou queda de mais de 10% logo após a abertura nesta segunda-feira (09), acionando o mecanismo de circuit breaker e paralisando as negociações por meia hora. Em Wall Street, as negociações dos índices futuros chegaram a ser paralisadas. A abertura viu as bolsas americanas caírem cerca de 7%.
CONFIRA NOSSA COBERTURA COMPLETA DE MERCADOS
Cronologia do caos
Os problemas começaram na semana passada, quando os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reuniram para tentar encontrar uma saída para o efeito do coronavírus no preço da commodity.
Durante o encontro da Opep e aliados, conhecido como Opep+, discutiram a possibilidade de um novo corte na produção, em uma tentativa de equilibrar a oferta global.
Leia Também
Mas a Rússia, país aliado, se recusou em acompanhar o plano de cortes da organização e se retirou da conversa. O pretendido era um corte de 1,5 milhão de barris diários (bpd), com início no segundo trimestre de 2020.
A situação azedou os mercados já na sexta-feira, mas a gota d'água foi a resposta da Arábia Saudita ao problema, que veio no fim de semana.
Maior exportador de petróleo do mundo, o país anunciou que irá não só aumentar a sua produção, mas também promover descontos aos seus compradores, cortando o preço da commodity em um momento de queda de demanda.
O impasse em torno do acordo parece ter deflagrado uma nova 'guerra de preços', com a cotação do preço do barril e as bolsas globais rolando ladeira abaixo.
No meio da pancadaria
Não poderia ser diferente. Enquanto as bolsas derretem, os papéis que mais sofrem com a queda de braço entre sauditas e russos são as petroleiras.
No pré-mercado americano, a BP despenca 19,5% e a Exxon Mobil desaba 15,48%. Na Ásia, o pregão também foi puxado pela forte queda das petroleiras, com a Japan Exploration caindo 12,69%, PetroChina recuando 9,63% e CNOOC derretendo 17,23%.
Isso acontece porque o a receita das petrolíferas estão diretamente ligadas ao preço de referência do barril do petróleo. A drástica mudança no valor da commodity mexe, então, com a rotina operacional de todas as companhias, que devem rever os seus guidances.
E a Petrobras?
No Brasil, a queda no preço do petróleo no mercado internacional fez a Petrobras despencar fortemente na abertura. Os papéis ordinários da companhia caíam 26,31% e o preferencial recuava 25,45%, por volta das 10h30.
Fundamental para as operações da Petrobras e a crise pode dificultar o cumprimento dos guidances anuais. Os investidores também ficam atentos em possíveis mudanças na política de preços da companhia, já que a venda de combustíveis no mercado interno é essencial para a companhia.
Segundo a política flexível da empresa, os valores devem seguir o mercado externo e os ajustes ocorrem seguindo sempre as novas condições de mercado. Os últimos grandes testes para a companhia haviam sido a crise provocada pelo ataque de drone a Saudi Aramco e a tensão entre Estados Unidos e Irã, que pautou o início do ano.
O movimento ainda é incerto e a companhia deve esperar uma definição melhor do cenário para atuar.
"O movimento a ser feito ainda é incerto mas o que vemos da política da Petrobras é que o mesmo será tomado apenas com as condicionantes bem definidas, com paciência e analisando o cenário como um todo, bem como os desdobramentos de qualquer decisão." - Ilan Albertman, Ativa Investimentos
O analista da Ativa Investimentos, Ilan Albertman, destaca que como o movimento é global, os fundamentos para a companhia permanecem os mesmos.
Nesta manhã, o vice-presidente Hamilton Mourão, presidente em exercício, comentou que o governo não deve aumentar impostos como compensação pela queda dos preços no mercado internacional, já que se trata de uma crise transitória.
"Não podemos adotar imposto neste momento. Há uma carga que vale um terço do nosso PIB. Eu particularmente não vejo possibilidade de aumento de impostos." - Hamilton Mourão
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Para Pedro Galdi, da Mirae Asset, as petroleiras que mais devem sofrer com a 'guerra dos preços' são aquelas com maior custo. A Petrobras, nesse cenário, apresenta um custo ainda baixo, promovido principalmente pela crescente participação do pré-sal em sua produção.
Por não atuar com tecnologia de águas profundas, o analista da Mirae acredita que a petroleira brasileira deve sofrer menos que as demais empresas, mas ainda não há como prever a duração do conflito. "Acredito que Venezuela e Irã sejam os países mais afetados. Mantido por muito tempo esta guerra, a Petrobras terá queda de geração de caixa e consequentemente no fluxo de dividendos ao acionista (governo)".
Bolsa família de dezembro é pago hoje para NIS final 5
O programa segue o calendário escalonado e é feito conforme o final do NIS; depósito é realizado automaticamente em contas da Caixa
Essa cidade brasileira tem mais apartamentos do que casas, fica no litoral e está entre as mais desenvolvidas
Dados do Censo 2022 mostram que mais de 60% da população de Santos vive em apartamentos, em um município que também se destaca em indicadores de desenvolvimento
Segunda parcela do décimo terceiro (13°) está chegando; veja até quando o valor deve cair na conta
Pagamento será antecipado porque o dia 20 cai em um sábado; é nessa etapa que entram os descontos de INSS e Imposto de Renda
Payroll, ata do Copom, IBC-BR e decisão de juros no Reino Unido, Zona do Euro e Japão dominam a agenda econômica na reta final de 2025
Os investidores ainda acompanham a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), a divulgação do IGP-10 e falas de dirigentes do Federal Reserve nos próximos dias
Bolsa Família libera pagamento para NIS final 4 nesta segunda-feira (15); veja calendário
NIS final 4 recebe hoje a parcela antecipada; programa movimenta R$ 12,74 bilhões em dezembro
Governo sobe o tom com a Enel e afirma que não vai tolerar falhas reiteradas e prolongadas
A pasta afirmou que, desde 2023, vem alertando formalmente a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) sobre problemas recorrentes na atuação da empresa
Ele vendeu a empresa por US$ 1 bilhão para a Amazon e tem um conselho para quem quer empreender
Em abril deste ano, ele retornou à Amazon como vice-presidente de Produto da empresa que fundou
Carga tributária do Brasil atinge o maior patamar em mais de 20 anos em 2024, segundo a Receita Federal
De acordo com o levantamento, os tributos atingiram 32,2% do Produto Interno Bruto, com alta de 1,98 ponto percentual em relação a 2023
Mega-Sena acumula, e prêmio sobe para R$ 52 milhões, mas outra loteria rouba a cena
A Lotofácil foi a única loteria a ter ganhadores na categoria principal, porém não fez nenhum novo milionário
São Martinho (SMTO3) lidera os ganhos do Ibovespa, e Vamos (VAMO3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da B3 acumulou valorização de 2,16% nos últimos cinco pregões, se recuperando das perdas da semana anterior
Por que os shoppings brasileiros devem se preocupar com a disputa entre Netflix e Paramount pela Warner
Representantes das redes brasileiras de cinema chegaram a criticar a venda da Warner para gigantes do streaming
Enel tem até 12 horas para restabelecer energia em SP, e Ricardo Nunes pede ajuda ao presidente Lula
Em caso de não cumprimento da decisão, a empresa será penalizada com uma multa de R$ 200 mil por hora
Daniel Vorcaro na CPI do INSS: Toffoli impede colegiado de acessar dados bancários e fiscais do dono do Banco Master
A CPI do INSS havia aprovado a quebra de sigilos e a convocação de Vorcaro para esclarecer a atuação do Banco Master com produtos financeiros
Mega-Sena sorteia R$ 44 milhões hoje, e Lotofácil 3561 faz um novo milionário; confira as loterias deste fim de semana
Embora a Mega-Sena seja o carro-chefe das loterias da Caixa, um outro sorteio rouba a cena hoje
Cidade que fica a apenas 103km de São Paulo é uma das melhores do Brasil para morar
A 103 km da capital paulista, Indaiatuba se destaca no Índice de Progresso Social por segurança, infraestrutura, serviços públicos e qualidade de vida acima da média
Mega-Sena 2951 vai a R$ 44 milhões, mas Timemania assume a liderança com R$ 65 milhões; Lotofácil garante sete novos milionários
Mega-Sena e Timemania concentram as maiores boladas da semana, em meio a um cenário de acúmulos que atinge Quina, Lotomania, Dupla Sena, Dia de Sorte, Super Sete e +Milionária
Bolsa Família mantém calendário adiantado e paga parcela de dezembro para NIS final 3 nesta sexta (12)
Com liberação antes do Natal, beneficiários com NIS terminado em 3 recebem nesta sexta; valor médio segue em R$ 691,37 com reforço dos adicionais
Bruno Serra, da Itaú Asset, diz que Selic cai em janeiro e conta o que precisa acontecer para os juros chegarem a um dígito
O cenário traçado pelo time do Itaú Janeiro prevê um corte inicial de 25 pontos-base (pb), seguido por reduções mais agressivas — de 75 pb ou mais — a partir de março
Tarifas, conflitos geopolíticos, inflação: quais são as principais preocupações dos bilionários para 2026
O receio das tarifas — exacerbado pela política tarifária dos Estados Unidos sob o presidente Donald Trump — é o maior entre os respondentes da pesquisa
David Beker, do Bank of America, mantém projeção otimista para os juros: corte de 0,50 p.p. em janeiro e Selic a 11,25% em 2026
Economista-chefe do BofA acredita que o Copom não precisa sinalizar no comunicado antes de fazer qualquer ajuste e mantém olhar otimista para a política monetária
