Meirelles critica Bolsonaro, estima queda de 3% para PIB e vê diferenças com 2008
Meirelles, também ministro da Fazenda no governo Temer, considerou positivo que muitas autoridades do País tenham reagido ao pronunciamento do presidente

Durante participação em conferência online transmitida ao vivo pelo BTG Pactual, o secretário da Fazenda e do Planejamento do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles, fez críticas à postura do presidente da República, Jair Bolsonaro, na condução da crise do coronavírus, disse quais são as suas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. Ele também explicou o que vê de diferente em relação à crise financeira de 2008, quando ele era presidente do Banco Central (BC), no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao comentar o pronunciamento feito por Bolsonaro, Meirelles disse que, "como todos os brasileiros de responsabilidade e senso crítico", recebeu mal o discurso do presidente. "Compete ao presidente liderar o País na direção certa, enfrentar a crise de saúde primeiro, preservar vidas e, depois, trabalhar na recuperação da economia", disse o secretário, que foi candidato à Presidência da República em 2018, ano da vitória de Bolsonaro.
Meirelles, que também foi ministro da Fazenda no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), considerou positivo que muitas autoridades do País tenham reagido ao pronunciamento do presidente, "com muita firmeza e mantendo o direcionamento de proteção da população".
O secretário evitou fazer críticas às medidas econômicas do governo. Afirmou que as apoia e que, quando tem alguma sugestão, encaminha ao Ministério da Economia. "Pregando o confronto já basta o presidente Jair Bolsonaro, que já é muito. O restante da sociedade tem de ser unido e com o pé no chão", afirmou.
Cenários
Meirelles afirma que trabalha com um cenário no qual o PIB brasileiro passa por uma retração de 10% no segundo trimestre. Com o início de recuperação de julho, a economia deve terminar o ano, portanto, com recuo de 3%, ele estima.
Segundo ele, se as projeções dos infectologistas estiverem corretas, de a pandemia atingir o pico em 60 dias e começar a cair em mais 60 dias, a economia poderá se recuperar rapidamente. "Mas a rapidez vai depender dos efeitos que a pandemia tiver na população", ponderou.
Leia Também
O secretário, que elogiou o trabalho do BC em adotar medidas que deem liquidez ao sistema financeiro, disse que a diferença da crise atual para a crise de 2008, quando ele era presidente do BC, é que, à época, sabia-se "totalmente" as causas do problema, ligadas ao sistema financeiro, e a duração projetada, para poder tomar as medidas. "Agora é diferente, não se trata de uma crise com causas econômicas ou financeiras. Para projetar a saída da crise, é preciso saber a duração", comentou Meirelles, em referência às incertezas que existem quanto à extensão da pandemia.
Pandemia completa 2 anos no Brasil com quase 650 mil mortes
Além das centenas de milhares de mortes, quase 30 milhões de brasileiros foram diagnosticados com covid-19 no período
Covid-19 volta a causar mais de mil mortes por dia no Brasil
Nas últimas semanas, Ministério da Saúde têm registrado sucessivamente novos recordes diários de casos da doença no Brasil
A alta estrutural do petróleo: como a questão ucraniana pode influenciar?
Tensões entre Ucrânia e Rússia podem pressionar os preços da commodity, dando uma mãozinha para o barril chegar à marca dos US$ 100
Covid-19 volta a ganhar força e Brasil bate recorde de casos confirmados da doença em 24 horas
Números de novos casos em apenas um dia ultrapassou a marca de 137 mil; Ministério da Saúde também confirmou mais 351 mortes pela doença
Com presidente do Conselho fura-quarentena e perdas de clientes, Credit Suisse tem desafio de recuperar reputação
Credit Suisse volta a ser abalado com saída de presidente do Conselho que veio para recuperar a imagem do banco, mas foi pego violando as regras da quarentena contra a covid-19
Ômicron e seus investimentos: variante do coronavírus terá efeitos distintos sobre empresas de saúde na bolsa; saiba quais são eles
Planos de saúde devem enfrentar um cenário menos favorável dado o aumento dos índices de sinistralidade e pressão sobre os custos
MacKenzie Scott, ex-mulher de fundador da Amazon, escolhe o Brasil para primeiro aporte em ONG fora dos EUA
O Vetor Brasil, organização que desenvolve profissionais para o setor público, receberá o dinheiro
Os yields devem estar loucos: entenda os impactos da alta dos juros nos EUA
2022 promete ser um ano no qual enfrentaremos o desconhecido. Não só pelos impactos da pandemia, mas também pela normalização monetária
Covid-19 volta a ameaçar planos de IPOs nos EUA
Ofertas públicas são adiadas por conta da variante Ômicron da covid-19
Depois da Azul, Latam cancela voos por casos de covid e gripe entre tripulantes
Diante dos problemas, Anac oferece suporte a passageiros afetados e monitora os casos entre profissionais da aviação
Vem aí a deltacron: Pesquisador afirma ter descoberto variante do coronavírus que mescla ômicron e delta
Autor da descoberta diz que ainda é cedo para antecipar os possíveis impactos da cepa; 25 casos foram confirmados até agora
Esquenta dos mercados: Bolsas operam mistas antes do payroll dos EUA e paralisação dos auditores da Receita pressiona governo federal
O Ibovespa ainda registra queda na casa dos 3% e o exterior morno não deve ajudar o índice brasileiro
Esquenta dos mercados: Bolsas e bitcoin (BTC) caem após ata do Fed, e Ibovespa deve aprofundar queda com risco fiscal do cenário doméstico
Os índices dos Estados Unidos tiveram uma queda expressiva ontem (05) após a divulgação do documento, e o Ibovespa, que já ia mal, piorou ainda mais
Esquenta dos mercados: Bolsas operam com cautela no exterior antes da ata do Fed e cenário doméstico permanece atento ao risco fiscal; ações de tecnologia caem lá fora após cerco da China contra setor
O coronavírus se espalha pelos países, que batem recordes de casos registrados nas últimas 24h e situação pode comprometer a retomada das atividades
Esquenta dos mercados: Bolsas do exterior sobem após dados positivos e Ibovespa deve destoar com cenário doméstico focado no risco fiscal mais uma vez
Além disso, a variante ômicron permanece no radar dos investidores internacionais, com maiores informações sobre infecções e letalidade
Anvisa recomenda suspensão da temporada de cruzeiros; três navios na costa brasileira registraram casos de covid a bordo
Dois navios interromperam as atividades na última sexta-feira, e o terceiro realizou o desembarque hoje, no Porto do Rio
Show da virada: bolsas americanas deixam Ibovespa no chinelo e encerram 2021 com ganhos de até 27%
Índices em Nova York sentem efeito do baixo volume do último dia do ano e fecham sessão abaixo dos recordes recentes. Temores por disparada de casos de covid-19 nos Estados Unidos também pesam.
Esquenta dos mercados: alerta da OMS sobre ômicron e delta atrapalha rali de final de ano nas principais bolsas mundiais
A organização alertou que a circulação simultânea das duas variantes pode provocar um tsunami de casos de covid-19
Em mais um dia fraco, Ibovespa perde força e fecha em queda; dólar volta a flertar com os R$ 5,70
Temores com a ômicron no exterior e volumes reduzidos limitaram novas altas, o que pesou na bolsa brasileira; juros e dólar responderam mal ao IGP-M e à pressão dos servidores públicos por aumentos
OMS alerta para tsunami de casos de covid-19 no mundo e manda recado ao Brasil; saiba o que a agência falou
Dois anos após primeiras notificações da China, circulação simultânea das variantes Delta e Ômicron provoca disparada global de infecções