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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Tendências

Imóveis residenciais: 5 mudanças trazidas pela pandemia que podem ter vindo para ficar

O que mudou com o coronavírus no processo de compra e venda de imóveis residenciais e deve se tornar tendência nesse mercado, segundo profissionais do setor

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
24 de junho de 2020
5:30 - atualizado às 0:47
Varanda de apartamento
Imagem: Shutterstock

Desde que a pandemia de coronavírus abalou os mercados mundiais, eu conversei com alguns profissionais ligados ao mercado imobiliário e ouvi as opiniões de outros tantos para entender os impactos dessa crise no setor.

Nas conversas que tive e apresentações que assisti, alguns assuntos eram recorrentes, como a popularização do home office e as eventuais alterações na arquitetura de residências e imóveis comerciais daqui para frente.

A partir daí, consegui identificar cinco mudanças trazidas pela pandemia de covid-19 ao mercado de imóveis residenciais e que podem se tornar permanentes, segundo esses especialistas. Eu listei essas tendências a seguir:

1. Casa própria retoma importância

Embora a compra da casa própria nunca tenha deixado de ser importante para os brasileiros, nos últimos anos, com uma inflação mais civilizada, alguns segmentos da população puderam começar a se dar ao luxo de morar de aluguel por opção.

Entre os jovens de classes mais altas, foi tomando corpo a tendência cultural de não querer mais ser dono das coisas - compartilhar bicicletas e carros em vez de comprar o seu próprio veículo; pagar por serviços de streaming em vez de adquirir discos ou filmes; aplicar o dinheiro e pagar o aluguel de um imóvel com os rendimentos em vez de pagar as parcelas de um financiamento imobiliário.

Não à toa, proliferaram nas grandes capitais empreendimentos compactos voltados para aluguel e com áreas comuns com serviços compartilhados, como lavanderia, compartilhamento de bicicletas, academia e escritório.

Mas depois de boa parte da população ter sido obrigada a ficar em casa para combater a disseminação do coronavírus, mesmo esse público passou a valorizar a casa própria.

“A casa passou a ser muito mais importante para todo mundo”, disse Rafael Menin, copresidente da construtora MRV, em entrevista recente para o Seu Dinheiro.

Lembra daquela história de que “millennials não compram imóvel”, referindo-se aos jovens nascidos nos anos 1980 e início da década de 1990? Pois é. Em um evento recente da rede de franquias imobiliárias multinacional RE/MAX, o CEO da regional italiana falou exatamente sobre isso: “millennials agora estão vendo a importância de ter a própria casa, com a própria cara”, disse ele.

Soma-se a isso a questão do juro baixo. Com a menor Selic da história, as aplicações de renda fixa estão rendendo tão pouco que muita gente pode preferir destinar suas economias à compra de um imóvel - e as taxas dos financiamentos estão atrativas.

“Passou a ficar patente que a casa própria é o grande refúgio do patrimônio, pois representa segurança”, me disse Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP, em entrevista recente.

2. Processo de compra mais digital

Comprar um imóvel pela internet pode parecer algo impensável, e de fato talvez seja uma loucura fechar negócio totalmente pela internet. Mas isso não significa que não haja espaço para a digitalização de boa parte do processo de compra.

Esse tem sido um dos grandes trunfos da MRV para continuar vendendo durante a crise. Antes, apenas metade do processo de compra de um imóvel da companhia era digital. Hoje, após um investimento de R$ 300 milhões em tecnologia, 80% do processo ocorre on-line. E se o comprador quiser fechar a compra digitalmente, ele pode.

Os corretores de imóveis também têm vivido essa nova realidade. Os CEOs das diversas regionais da RE/MAX relataram, no seu evento global, que algumas das práticas amplamente adotadas durante a quarentena pelas imobiliárias devem permanecer, como os encontros virtuais entre corretores e clientes, bem como as visitas virtuais aos imóveis.

As visitas virtuais funcionam como uma peneira para selecionar os compradores com mais potencial de fechar negócio. Em uma visita on-line, comentaram os executivos da RE/MAX, a maioria das pessoas já consegue ter uma boa noção se realmente pode querer comprar aquele imóvel ou não.

Como resultado, menos gente visita o imóvel presencialmente, reduzindo a circulação de pessoas no interior da propriedade.

3. Menos burocracia

Até a parte burocrática de comprar um imóvel está ficando mais simples, graças à digitalização por força da necessidade.

“Com a pandemia, a assinatura eletrônica passou a ser aceita, e é possível que em breve todo o processo de fechamento dos negócios possa se tornar digital”, disse Ján Repa, Vice-Presidente da RE/MAX Internacional, durante o evento global da empresa.

O fenômeno tem sido visto mesmo no Brasil. “Conseguimos até algo que parecia impossível: escrituras assinadas digitalmente. Essas questões cartoriais estão passando por uma modernização que é ótima para todos”, me disse Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP.

4. Busca por imóveis maiores e mudanças na arquitetura

Embora seja impossível que todo mundo passe a trabalhar de casa, o mercado aposta que a popularização do home office - processo que já vinha em curso - ganhe velocidade com a pandemia, e que mesmo após a completa reabertura da economia, mais gente passe a trabalhar remotamente, pelo menos alguns dias por semana.

Com isso, deve haver uma procura maior por imóveis mais amplos, e as pessoas tendem a preferir ter um cômodo extra justamente para montar um escritório.

Outro aspecto bastante citado pelo pessoal do mercado é a maior procura das pessoas por imóveis com algum tipo de área externa, como sacadas, quintal ou jardim.

5. Busca por imóveis mais afastados dos grandes centros

Os empregados de empresas que adotarem amplamente o home office e que precisarem ir com pouca frequência ao escritório podem preferir morar em bairros ou cidades mais afastadas do centro metropolitano, ou mesmo no interior.

Isso elevaria a procura por imóveis mais amplos e casas em áreas mais suburbanas e cidades-satélites.

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