Mercado prevê tombo de 4,11% do PIB e Selic a 2,5% neste ano
Segundo o Focus, do BC, a estimativa é de que a inflação termine o ano a 1,76%, em meio à crise do coronavírus
O mercado financeiro reduziu as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB), taxa básica de juros e inflação em 2020, segundo o boletim Focus, do BC, divulgado nesta segunda-feira (11). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
A expectativa é de que a economia brasileira registre uma queda de 4,11% neste ano, de acordo com a publicação. O número é mais pessimista em relação a edição da semana da passada, de recuo de 3,76% do PIB, mas ainda é mais otimista que a estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, que fala em uma baixa de 5,3%.
Segundo o Focus, a Selic deve terminar o ano a 2,5%. A redução em relação a estimativa de 2,75% da segunda-feira passada é apresentada após o Banco Central reduzir a taxa básica de juros para 3% ao ano, no último dia 6. Para o fim de 2021, a expectativa do mercado caiu de 3,75% para 3,50% ao ano.
O corte da Selic aconteceu por causa da crise do novo coronavírus, que derrubou a demanda e a oferta. A pandemia também mexeu com a inflação, que em abril recuou 0,31%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O mercado prevê que a inflação termine o ano a 1,76%, segundo o Focus. A expectativa, anteriormente em 1,97%, continua abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, de 2,5% neste ano.
A estimativa é que em 2021 a inflação fique em 3,25%, ainda segundo o Focus, que apresentou uma manutenção da estimativa para o dólar neste ano, em R$ 5, mas aumentou para 2021, de R$ 4,75 para R$ 4,83.
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