Dólar cai ao menor nível desde junho com Copom ‘hawkish’ e juros sobem antecipando alta da Selic
Moeda americana caminha para fechar no menor nível desde 12 de junho, quando terminou cotada aos R$ 5,04, também refletindo leilão extraordinário de swap; taxas futuras de médio prazo avançam com mercado antecipando chances de alta da Selic
O dólar tem mais um dia de alívio frente ao real nesta quinta-feira (10), em uma sessão de forte alta do Ibovespa descolado da cautela das bolsas americanas. Você pode conferir a cobertura completa de mercados do Seu Dinheiro nesta matéria.
A moeda americana registra queda de 2,3% por volta das 15h30, cotada aos R$ 5,0541, e caminha para fechar no menor patamar desde 12 de junho, quando encerrou a sessão cotada a R$ 5,04.
O desempenho do dólar é explicado pela postura do Banco Central (BC) dura sobre o atual estado da inflação, uma orientação "hawkish" no jargão da política monetária, o que indica a possibilidade de alta de juros para conter a alta dos preços.
Uma alta de juros atrairia mais capitais estrangeiros para a renda fixa do Brasil, por isso impactando agora o dólar e o depreciando, em um mundo de juros reais negativos no qual os bancos centrais afrouxaram ao máximo as suas políticas para resgatar as suas economias dos impactos do coronavírus.
No Copom de ontem, o BC retirou a menção a um espaço remanescente pequeno para mais cortes de juros, fechando a porta para novas flexibilizações.
Mais importante, a autoridade monetária disse que monitora com "especial atenção" as medidas de núcleo de inflação, a chamada inflação subjacente, que procura captar tendências de preços sem considerar distúrbios provenientes de choques temporários (como os de oferta).
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Desta forma, essa inflação subjacente acompanha alterações fundamentais nos preços em função de pressões de demanda, choques permanentes nos preços relativos ou mudança nas expectativas inflacionárias.
Outra informação nova no comunicado do Copom foi a estipulação de retirada do forward guidance.
Nesse sentido, o BC repara que as expectativas de inflação para 2022, ano que ganhará importância no seu horizonte relevante daqui em diante, estão atualmente em 3,5%, exatamente no centro da meta estabelecida para o ano.
"A manutenção desse cenário de convergência da inflação sugere que, em breve, as condições para a manutenção do forward guidance podem não mais ser satisfeitas", disse o BC, ressalvando, porém, que o fim desse guidance não significa necessariamente alta de juros.
Além disso, operadores afirmam que o fluxo de investidores estrangeiros na bolsa brasileira continua em curso, diminuindo a procura por dólar internamente, sem falar no leilão extraordinário de swap (venda de dólar no mercado futuro) por parte do BC pela manhã, que vendeu US$ 800 milhões.
O mercado de todo modo hoje reage na direção de que uma alta de juros poderá vir antes do esperado.
Os juros futuros intermediários dos depósitos interbancários avançam, com altas de 8 pontos-base (0,08 ponto percentual) nas taxas para os contratos de depósitos interbancários para janeiro/2022 e janeiro/2023, antecipando uma alta de juros para um prazo menor.
Os juros mais longos, por sua vez, têm apenas um viés de alta — caso das taxas para janeiro/2025, que avançam 2 pontos-base.
Confira as taxas dos principais vencimentos:
- Janeiro/2021: de 1,910% para 1,906%
- Janeiro/2022: de 3,00% para 3,08%
- Janeiro/2023: de 4,39% para 4,48%
- Janeiro/2025: de 6,05% para 6,07%
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A combinação entre desaceleração da atividade e arrefecimento da inflação cria o ambiente necessário para o início do ciclo de afrouxamento monetário ainda este ano.
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