Banco Central mantém Selic em 2% ao ano e continua a indicar juros parados no futuro
Apesar de deterioração do ambiente de reformas e alta da inflação no curto prazo, BC ainda não avalia necessidade de alta de juros. Um novo corte, no entanto, é difícil. Enquanto isso, mensagem sobre risco fiscal ganha força, segundo economista
O Banco Central (BC) confirmou a ampla expectativa do mercado e, por unanimidade, manteve a taxa básica de juros (Selic) em 2% ao ano nesta quarta-feira (28).
Foi a segunda vez consecutiva que a autoridade monetária optou pela manutenção da taxa.
Na última reunião, em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) já havia decidido por conservar os juros parados. Antes daquela ocasião, haviam ocorrido nove cortes seguidos da taxa básica, atualmente na mínima histórica.
De lá para cá, porém, os temores sobre a inflação e a trajetória fiscal se elevaram — e o comunicado da decisão de hoje trouxe a avaliação do comitê sobre esses fatores de preocupação para os investidores.
Segundo o comunicado do Copom, o atual patamar de juros é adequado neste momento e não há a percepção de que será necessária uma alta de juros desde que alguns requisitos sejam cumpridos — conforme o chamado "forward guidance" do comitê apontou no último encontro.
"O Copom avalia que essas condições seguem satisfeitas: as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, encontram-se significativamente abaixo da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária", diz o documento.
Leia Também
Só 1 em cada 10 praias de São Paulo está imprópria para banho no início do verão; veja onde
Brasil tem hoje a última chance de lançar primeiro foguete comercial
O comitê também avalia que o "regime fiscal não foi alterado" e que "as expectativas de inflação de longo prazo permanecem ancoradas", o que sustenta a manutenção da taxa.
"Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que esse choque é temporário, mas monitora sua evolução com atenção", afirma.
"Mercado esperava que o BC desenhasse um cenário ruim para a inflação, mas na verdade fica claro que ele vê as projeções de inflação ancoradas", diz Camila Abdelmalack, economista da Veedha Investimentos.
"O BC vê economia desaquecida, e, apesar do choque de alimentos, avalia que o setor de serviços ajuda a manter a inflação menor", afirma ela.
Ainda assim, o comitê ressalta que "o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno" — ou seja, novos cortes são difíceis.
"Vejo isso como um seguro para o Copom", diz Mauricio Oreng, superintendente de pesquisas econômicas do Santander Brasil, em teleconferência, mencionando que o fato de o comitê não fechar totalmente a porta é para preservar a liberdade da política monetária.
Oreng imagina, por exemplo, um cenário hipotético em que haveria choque contracionista devido ao aumento de covid-19 no exterior — e, com a inflação ainda ancorada, poderia haver um novo corte da Selic.
Ainda assim, isto é apenas hipotético. O Santander não espera atualmente uma nova queda da Selic — mas também não vê espaço para uma alta de juros no ano que vem. Segundo Oreng, os juros básicos devem ficar parados no médio prazo e voltam a subir somente em 2022.
Questão fiscal
O maior receio do mercado continua a ser fiscal. A perspectiva de um estouro do teto de gastos públicos, no caso de um aumento das despesas, adotado para conter os efeitos da pandemia do coronavírus na economia, aflige os investidores.
Nesse sentido, a incerteza da origem do financiamento do programa social do governo, o Renda Cidadã, continua a inspirar cautela.
"O risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária", disse o Copom.
O comitê voltou a observar também que a frustração nas reformas e políticas durante a pandemia que piorem o fiscal devem elevar os prêmios de risco sobre os ativos locais.
"Me parece, na verdade, que a porta para novos cortes foi fechada um pouco mais pelas dúvidas manifestada com o fiscal, ainda que o BC veja um choque transitório na inflação", diz Vladimir Vale, estrategista-chefe do Crédit Agricole Brasil.
"Essa mensagem sobre o fiscal ganha mais força pela deterioração atual das condições para realizar reformas", diz Vale.
Segundo Abdelmalack, a autoridade monetária adota um "modo espera" sobre o teto.
"BC manifestou preocupação com fiscal, mas disse que o Brasil ainda não abandonou o regime fiscal. Isto significa: 'Não temos veredito para 2021, então estamos aguardando'", diz ela. "A depender de como o governo enquadrar Renda Cidadã no orçamento, o Copom pode subir juros mais cedo, ainda no primeiro semestre."
Mega da Virada em R$ 1 bilhão: prêmio estimado bate os oito dígitos pela primeira vez
Ninguém levou o prêmio de R$ 62 milhões do último sorteio da Mega Sena neste ano, no concurso 2953, que foi a jogo ontem (20). Prêmio acumulou para Mega da Virada
Enquanto União Europeia ‘enrola’ Mercosul vai atrás do próximos na fila para acordos comercias; veja
Enquanto acordo com a UE segue emperrado, bloco aposta em Emirados Árabes, Ásia e Américas para avançar na agenda comercial
Último sorteio da Mega-Sena: R$ 62 milhões vão a jogo hoje no concurso 2.954. Depois, só a Mega da Virada
O concurso 2.954 da Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (20) prêmio estimado de R$ 62 milhões. A partir de amanhã as apostas se concentram na Mega da Virada
Com R$ 1,82 trilhão só para pagar juros da dívida e R$ 61 bilhões para emendas, veja os detalhes do Orçamento para 2026
Texto aprovado pelo Congresso prevê despesas de R$ 6,5 trilhões, meta de superávit e destina quase um terço do orçamento fiscal ao pagamento de juros da dívida pública
Silvio Santos vira nome de rodovia em São Paulo — e o trecho escolhido não foi por acaso
Lei sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas rebatiza trecho da Rodovia Anhanguera, entre São Paulo e Jundiaí, em homenagem ao comunicador e empresário
Banco Central se precipitou com a liquidação do Banco Master? TCU dá 72 horas para o regulador se explicar
O Tribunal de Contas da União requer esclarecimentos do Banco Central sobre a decisão de liquidar o Banco Master; entenda
Inflação da ceia de Natal 2025 surpreende e reforça a importância de pesquisar preços
Estudo da FGV aponta variação quase nula nos itens natalinos em 12 meses; alimentos básicos recuam, proteínas seguem em alta e presentes voltam a encarecer após dois anos de alívio
Prazo para quitar a segunda parcela do décimo terceiro (13º) termina hoje; saiba como calcular
Data limite se encerra nesta sexta-feira (19); empresas que atrasarem podem ser multadas; valor é depositado com descontos de INSS e Imposto de Renda
Loterias da Caixa batem na trave às vésperas da Mega da Virada e prêmios sobem ainda mais
A noite de quinta-feira (18) foi movimentada no Espaço da Sorte, com sorteios da Lotofácil, da Mega-Sena, da Quina, da Timemania e da Dia de Sorte
Bolsa Família: Caixa paga benefício para NIS final 8 nesta sexta (19)
Pagamento segue o calendário de dezembro e beneficiários do Bolsa Família podem movimentar valor pelo Caixa Tem ou sacar nos canais da Caixa
À medida que Banco Central recolhe cédulas clássicas de R$ 2 a R$ 100, as mais raras podem alcançar mais de R$ 5 mil no mercado
Enquanto o Banco Central recolhe as cédulas da primeira família do real, a escassez transforma notas antigas em itens disputados por colecionadores, com preços que já ultrapassam R$ 5 mil
MEI: ultrapassou o limite de faturamento em 2025? Veja o que fazer para se manter regularizado
Microempreendedores individuais podem ter uma receita anual de até R$ 81 mil
Entre o relógio e as malas: o que dizem as novas regras de check-in e check-out em hotéis
Portaria do Ministério do Turismo já está em vigor; norma fixa tempo mínimo de estadia, critérios de limpeza e exige clareza nos horários
Esses números nunca deram as caras na Mega da Virada; veja quais são
Histórico da Mega da Virada revela números que não apareceram em nenhuma edição do concurso especial da Caixa
Bola dividida na Lotofácil termina com 4 novos milionários; Mega-Sena e Timemania disputam quem paga mais
Prêmio principal da Lotofácil será dividido entre 4 apostadores; Timemania e Mega-Sena sorteiam nesta quinta-feira R$ 68 milhões e R$ 58 milhões, respectivamente
Caixa libera Bolsa Família para NIS final 7 nesta quinta-feira (18)
Benefício cai na conta hoje para milhões de famílias; valor pode ser movimentado pelo Caixa Tem sem necessidade de saque
Trabalhadores dos Correios entram em greve em 9 estados; entenda os motivos da paralisação
Após acordos prorrogados e negociações travadas, trabalhadores dos Correios entram em greve; Correios dizem que agências seguem abertas
Final da Copa do Brasil 2025: veja o horário e onde assistir a Corinthians x Vasco
Corinthians x Vasco iniciam nesta quarta-feira (17) a decisão da Copa do Brasil 2025, em duelo que vale uma das maiores premiações do futebol sul-americano
Fim da patente do Ozempic: quando as canetas emagrecedoras vão ficar mais baratas?
Decisão do STJ abre caminho para concorrentes do Ozempic, mas especialistas dizem que a queda de preços das canetas emagrecedoras deve ser gradual
Enel fora de São Paulo? Empresa pode ter ‘carta na manga’ contra as acusações após Ministério pedir fim da concessão; veja
Segundo o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a concessionária não tem mais condições de operar no estado depois de diversas crises, mas processo de encerramento do contrato ainda demora
