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Kaype Abreu

Kaype Abreu

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.

efeito pandemia

Crise longe do fim? 6 pontos para entender o PIB do terceiro trimestre

Economia cresceu 7,7% no período, segundo o IBGE, abaixo do esperado pelo mercado financeiro – que ignora o resultado no pregão desta quinta

Kaype Abreu
Kaype Abreu
3 de dezembro de 2020
11:39 - atualizado às 18:11
Imagem: Shutterstock

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,7% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desta quinta-feira (3).

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Aguardado pelo mercado - que falava em uma alta de 8,8% - , o resultado pode indicar caminhos para a recuperação da economia brasileira. Veja abaixo seis pontos para entender o desempenho no período.

1. Não teve recuperação em 'V'

Falar que a economia cresceu 7,7% pode dar uma falsa impressão de uma retomada em "V", como preconiza o ministro da Economia, Paulo Guedes. Mas a alta do período reflete a base de comparação muito baixa do trimestre anterior.

Entre abril e junho, a economia brasileira teve um tombo de 9,6%. Foi o período mais afetado pela pandemia de covid-19, quando houve restrição à circulação de pessoas para conter a doença e receio da população em consumir diante do cenário de incerteza.

No primeiro trimestre, parcialmente afetado pela doença, o PIB retraiu 1,5%. Com isso, no acumulado do ano a economia brasileira tem baixa de 5%. O terceiro trimestre, quando comparado com o mesmo período do ano passado, o PIB teve queda de 3,9%.

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No terceiro trimestre deste ano, o desempenho do Brasil equivale ao de países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que tiveram alta de 9% da economia.

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Segundo o pesquisador associado do FGV IBRE Claudio Considera, esse é um desempenho esperado, diante do tombo provocado pela pandemia.

"Se não crescesse esse 7%, seria um desastre. O número não significa uma recuperação em 'V'."

Claudio Considera, pesquisador associado do FGV IBRE

2. Serviços ainda apanham

O setor de serviços tem recuperação mais lenta. Houve uma alta de 6,3% no terceiro trimestre, depois de um tombo de 9,4% nos três meses anteriores, ainda segundo o IBGE

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O dado é especialmente importante porque o setor de serviços tem peso de cerca de 75% na economia brasileira. O crescimento aqui está divido da seguinte forma:

  • Comércio (15,9%);
  • Transporte, armazenagem e correio (12,5%);
  • Outras atividades de serviços (7,8%);
  • Informação e comunicação (3,1%);
  • Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (2,5%);
  • Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%);
  • Atividades imobiliárias (1,1%).

"Mesmo tendo sido retiradas as restrições de funcionamento, as pessoas ainda ficam receosas para consumir, principalmente os serviços prestados às famílias, como alojamento, alimentação, cinemas, academias e salões de beleza”

Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE

3. Influência do auxílio emergencial

Diante da pandemia, governo e Congresso articularam o pagamento de um auxílio emergencial a 67,7 milhões de pessoas, desembolsando R$ 875,5 bilhões dos cofres públicos.

O dinheiro, em um primeiro momento em parcelas mensais de R$ 600 e agora de R$ 300, teve influência direta no consumo das famílias, diante da redução da oferta no mercado trabalho.

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O consumo das famílias aumentou 7,6% no terceiro trimestre contra o trimestre anterior. No entanto, quando comparado ao mesmo período do ano passado, o indicador recuou 6%, mostram os dados do IBGE.

Para Luka Barbosa, economista do Itaú Unibanco, a alta na comparação trimestral ainda foi bastante influenciada pelo dinheiro repassado pela União às famílias e pela retomada da economia, que diminuiu o medo das pessoas em gastar.

Ele pondera que dificilmente os recursos continuarão sendo distribuídos no ano que vem, citando os riscos para a sustentabilidade fiscal e a inflação. Ainda que possa reduzir o consumo das famílias em 2021, o fim do auxílio emergencial não deve derrubar a demanda, porque as condições previstas para a economia são positivas – juros baixos e queda da taxa de poupança (que cresceu ao longo do ano).

"Quando junta tudo isso, o efeito líquido desses fatores ainda é positivo para o consumo", disse Barbosa em encontro com jornalistas.

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Em nota, o Ministério da Economia disse que "a forte recuperação" da atividade, do emprego formal e do crédito neste semestre pavimentam o caminho para que a economia brasileira "continue avançando no primeiro semestre de 2021 sem a necessidade de auxílios governamentais".

4. Desemprego vai aumentar

Especialistas ainda falam que a economia vai ter de lidar com uma continuação do aumento do desemprego - a taxa pode chegar a 17%. Pela metodologia internacional, seguida pelo IBGE, só é considerada desocupada a pessoa que tomou alguma atitude para buscar trabalho.

Com a redução do isolamento social e o fim do auxílio emergencial no ano que vem, é natural que cada vez mais trabalhadores voltem a procurar trabalho. Quem não encontra, é considerado desocupado. A taxa de desemprego em outubro já era 14,1%, segundo o IBGE.

5. Dólar também pesa

O dólar, que neste ano disparou mais de 30% e é usado pelos investidores como proteção em um cenário de incerteza, teve influência negativa na linha de setor externo do PIB.

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As exportações de bens e serviços tiveram queda de 2,1%, ainda conforme o IBGE. Importações de bens e serviços caíram 9,6% em relação ao segundo trimestre de 2020.

Segundo Palis, do IBGE, um dos fatores que explicam esse desempenho é o câmbio. “A importação cai devido à baixa atividade econômica e ao câmbio desvalorizado", diz.

"Por outro lado, a exportação não cresceu devido aos problemas de parceiros comerciais, além das quedas na importação e exportação de serviços como viagens internacionais, que despencaram, assim como transporte aéreo de passageiros”.

Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE

6. Impacto no mercado financeiro

Assim como em momentos anteriores, a divulgação do resultado do PIB não tem influência imediata no mercado financeiro. Em primeiro lugar, porque o desempenho da economia é monitorada mês a mês por outros indicadores setoriais - como a produção industrial - e por outras metodologias de análise, como o monitor do PIB da FGV.

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Em segundo lugar, as negociações locais em grande parte são guiadas por perspectivas fiscais do Brasil e por questões externas. Com isso, o Ibovespa subiu nesta quinta-feira, ainda repercutindo a notícia de que o governo desistiu do programa de renda básica que substituiria o Bolsa Família e com o avanço de estímulos fiscais nos Estados Unidos.

Considera, da FGV, lembra que quando se fala em crescimento econômico, o mercado teme "qualquer coisa" que não seja o ajuste fiscal e as reformas estruturais. A indicação de responsabilidade fiscal recente, apesar do PIB, acaba sendo positiva para a bolsa.

Em nota, o governo destacou que, além de consolidar o lado fiscal, busca corrigir "a má alocação de recursos", para aumentar a produtividade e incentivar a expansão do setor privado.

*Colaborou Ivan Ryngelblum

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