Já deu o que tinha que dar

Caro leitor,
Quando a pandemia de coronavírus explodiu e os bancos centrais do mundo passaram a reduzir fortemente os juros, muitos economistas e analistas de mercado questionaram os limites da política monetária naquele caso.
Afinal, não se tratava de uma crise financeira, como foi a de 2008, nem de uma crise econômica comum. Estávamos diante de uma crise de oferta e demanda por um motivo de saúde, um vírus que obrigou as pessoas a se afastarem umas das outras para se protegerem.
Em outras palavras, empresas suspenderam atividades e muita gente deixou de trabalhar e de consumir não por falta de emprego, de renda ou de acesso ao crédito, nem por uma questão de preços, mas sim porque se colocaram em quarentena para não ficarem doentes e não espalharem uma doença mortal.
Tendo em vista essa motivação tão tangível e urgente, estava claro que simplesmente derrubar os juros não seria suficiente para reaquecer as economias. De que adiantaria crédito barato e abundante com as empresas fechadas e as pessoas trancadas dentro de casa?
Os bancos centrais do mundo fizeram o que estava dentro da sua alçada, o que de fato contribuiu para a recuperação das economias e elevou os preços dos ativos - vide a vertiginosa recuperação das bolsas. Mas em algum momento, a política monetária atingiria o seu limite, e parece que essa hora chegou.
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Nos últimos dias, as falas do presidente do Federal Reserve, o banco central americano, e o posicionamento do BC brasileiro têm abalado os mercados. Hoje, Jerome Powell testemunhou mais uma vez no Congresso americano, sinalizando que a política monetária já deu o que tinha que dar - e que o governo dos EUA precisa contribuir mais para estimular a economia.
Nos mercados, as maiores consequências foram vistas no dólar, que avançou globalmente, apresentando uma valorização de 2,15%, para R$ 5,58, perto das máximas do pregão. Já as bolsas amargaram fortes perdas. O Ricardo Gozzi conta como foi o dia nos mercados.
MERCADOS
• Vem dinheiro aí, investidor. A Cemig informou que pagará R$ 120 milhões em juros sobre capital próprio em duas parcelas. O montante total será equivalente a R$ 0,0790 por ação. Veja a partir de quando o valor será pago.
EMPRESAS
• A holding Itaúsa está de olho nas oportunidades de investimento no mercado. Mas também não tem pressa para achá-las. "Se não acharmos investimentos, distribuiremos mais dividendos", disse o presidente da empresa, Alfredo Setubal. Saiba mais com o Kaype Abreu.
• O mercado gostou do noivado entre Localiza e Unidas, anunciado na manhã de hoje. As ações das companhias dispararam, e os analistas avaliaram a combinação dos negócios como positiva. A Jasmine Olga conta mais detalhes.
• Falando em negócios, a Locaweb anunciou a compra da Social Miner, plataforma de serviços para varejistas, por R$ 22,2 milhões. E deve vir mais por aí, já que a empresa levantou R$ 400 milhões só para aquisições, como conta o Ivan Ryngelblum.
• A Minerva quer reduzir problemas com fornecedores indiretos de gado, testando um novo sistema de monitoramento. O objetivo é descobrir se os animais passaram por áreas desmatadas ilegalmente ou onde são empregadas práticas análogas à escravidão.
• A Latam anunciou que poderá demitir mais de 1,2 mil tripulantes, após ter despedido 2,7 mil pilotos e comissários de bordo no início de agosto. Antes, no entanto, a empresa negocia uma redução permanente dos salários desses funcionários.
ECONOMIA
• O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo estuda um "programa de substituição tributária". Guedes disse que para gerar emprego é preciso desonerar a folha, o que seria compensado com a criação de “tributos alternativos”.
• O investimento estrangeiro direto no Brasil somou US$ 1,430 bilhão em agosto, totalizando US$ 26,957 bilhões no acumulado do ano. Já a balança comercial encerrou o mês passado com saldo positivo de US$ 3,721 bilhões, melhor resultado para um mês de agosto da série histórica.
COLUNISTAS
• No cenário atual, está difícil encontrar uma ação na B3 capaz de dobrar de valor rapidamente. Mas o Felipe Miranda trouxe, na sua coluna de hoje, três sugestões de papéis que ele acredita ter esse potencial.
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