Estratégia de comprar e manter ações é válida, mas para sempre? Se o relacionamento estiver ruim, separe-se.
Não case com suas ações. André Barros explica o momento certo de se desfazer delas
Esta semana quero trazer a você um ponto interessante relacionado à uma das estratégias de investimentos em ações.
Talvez seja a mais tradicional, e aquela que gera bons resultados para quem a implementa de forma correta.
Estou falando do “Buy and Hold” ou, em língua portuguesa, “Compre e Mantenha”.
É uma estratégia que busca empresas com boa relação de preço e valor e, preferencialmente, que sejam pagadoras de dividendos.
A partir disso, constrói-se um portfólio em que o tempo seja seu principal aliado, levando as ações ao longo do tempo e fazendo aportes neste período que você mantém a carteira.
De fato: se você olhar o histórico da maioria dos mercados acionários verá que, ao longo de anos e décadas, a evolução ocorre.
Leia Também
Eu costumo dizer que não é uma linha reta, existe uma volatilidade natural, mas o longo prazo premia aqueles detentores de paciência.
O ponto que gostaria de chamar atenção do “Buy and Hold” está ligado às simplificações que nós fazemos.
Quando eu vejo o nome da estratégia, a minha primeira tradução literal é “compro, espero e vou carregar as posições pelo resto da vida”.
Ou, pelo menos, por muitas décadas ou muitos anos. No entanto, existe uma armadilha aí…
A armadilha da manutenção
Tomemos como exemplo um grande investidor, Warren Buffett. Se você acompanhar o seu portfólio de ações, excluindo as seguradoras da holding, existe movimentação.
Em outras palavras, tirando ações que permanecem por décadas, como as da Coca-Cola, ele mantém as posições enquanto estão atrativas e interessantes.
Recentemente, vimos Buffett sair das posições de companhias aéreas e, se formos analisar em uma perspectiva temporal, foi uma presença curta.
Fato análogo ocorreu com as ações de bancos que Buffett havia comprado na época da crise de 2008.
Isso nos chama a atenção para o ponto de “comprar e esperar para sempre”: o longo prazo é para os pacientes, não para os que ficam parados.
A melhor banda de todos os tempos da última semana
Lembro agora de um outro fato interessante, exemplo que uso nos treinamentos e cursos que faço.
Neste link explico melhor as 3 Regras para fazer Trades Rápidos com Ações Alpha. Este método é fundamental para qualquer nível de investidor da Bolsa.
Foi feito um comparativo com as 500 maiores empresas dos EUA, em uma pesquisa realizada pela revista americana Fortune.
O pesquisador comparou a lista de 1955 com a classificação que saiu em 2015, 60 anos depois. O que ele percebeu é surpreendente: 90% das empresas saíram do grupo das 500 maiores.
O que aconteceu com elas? Grande parte simplesmente perdeu relevância, algumas foram compradas e outras deixaram de existir.
Não precisamos ir muito longe: aqui no Brasil mesmo você provavelmente deve lembrar de uma série de empresas que eram líderes de mercado e que, muitas vezes, nem a marca prevalece mais.
Outras foram incorporadas, como a Sadia, que hoje faz parte do grupo BRF.
A mensagem central é: nossas posições precisam ser revisadas com o tempo.
As empresas mudam, o cenário econômico se altera, tudo está em constante transformação.
Mesmo se você seguir uma estratégia de se manter posicionado ao longo do tempo fazendo aportes adicionais, lembre-se de sempre revisar essa lista de ações.
Vou encerrar com a frase de Vinícius de Moraes: “que o amor seja eterno enquanto dure”.
É assim que você deveria encarar suas posições: eternas enquanto o valor estiver presente.
Esta é a importância de revisarmos sempre nossa carteira.
E eu estou aqui para ajudar você com isso.
Vamos juntos?
Aproveito para convidar você a participar de uma reorganização financeira de perder o fôlego com a Dara Chapman. O link para inscrição é este (gratuito).
Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?
No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais
Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício
Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito
Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje
Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados
Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas
Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região