Bolsa é poupança popular: o mercado está se tornando acessível
Os mercados costumam se sofisticar muito mais rápido do que a capacidade de compreensão das pessoas, isso é normal. Esse GAP, no entanto, é que explica o estágio de maturidade de cada mercado.
Nas próximas linhas, Felipe Paletta mostrará a você como a bolsa é para todos, de iniciantes a experientes, e como desconfiar de recomendações duvidosas.
J: Li na internet que o FGTS vai render mais do que a poupança e o Tesouro Selic, é verdade?
F: Pois é, essa é a nova realidade. Já que o FGTS rende pelo menos 3% ao ano e a taxa de juros caiu para 2,25%, as pessoas estão tendo que buscar alternativas…
J: Então, estava até pensando em sacar o FGTS, mas agora já não sei mais o que faço. Como proceder?
F: Sou suspeito para falar. Sempre vou defender que tenha pelo menos um pequeno pedaço do seu patrimônio em ações, pensando no longo prazo.
J: Aliás, estou vendo muita gente começando a investir na bolsa, minha amiga que acabou de se aposentar está fazendo um curso, será que vale a pena?
Leia Também
F: Comece devagar, estude bastante e vá avançando conforme o tempo passa. Ao contrário do que muita gente diz por aí, bolsa é, sim, poupança popular de longo prazo.
J: Ué, como assim poupança? Sei que a poupança rende quase nada, mas pelo menos não tenho risco de perder nadinha.
F: Bom, na realidade tem sim. O preço das coisas na economia não fica parado, logo, o que a poupança rende não te garante nem a proteção do seu poder de compra.
F: Como a poupança rende 70% da Selic, se os juros ficassem no patamar atual, seu retorno anual seria de aproximadamente 1,6%. Imaginando que a inflação nos próximos 12 meses seja perto de 2%, fica claro como seu patrimônio vai sendo corroído.
J: Ok, entendi, mas a confusão aumentou agora. Bom, de qualquer forma eu não invisto em ações porque tem muito risco. Investi lá em 2007 e quebrei a cara.
F: Bolsa, com certeza, tem mais risco. É preciso que tenha ciência disso, logo, minha sugestão é colocar ali só o que você pode esperar mais de 1, 2 ou 3 anos.
F: E, claro, em uma proporção que não te dê dor de barriga e calafrios caso despenque mais de 40% em duas semanas como aconteceu lá em março.
F: Bom, mas precisamos falar mais sobre risco. Muitas pessoas costumam confundir risco com aquilo que desconhecem…
Independente do seu nível de conhecimento, caro leitor, se está mais para o “F” do que para a “J: ”, esse diálogo deve lhe soar familiar.
Quantas vezes repeti esse discurso não está escrito…
Educação financeira é parte essencial (não apenas importante) do processo de desenvolvimento de qualquer mercado de capitais. E o que vimos nos últimos dois ou três anos no Brasil é impressionante.
Dá uma olhada nessa representação:

Os mercados costumam se sofisticar muito mais rápido do que a capacidade de compreensão das pessoas, isso é normal. Esse GAP, no entanto, é que explica o estágio de maturidade de cada mercado.
Como educação financeira de base é algo que inexiste por aqui, precisamos ver os juros caírem para patamares inimagináveis para promover um fechamento forçado deste GAP.
Sem dúvida alguma, o volume de conteúdo à disposição das pessoas através de plataformas de investimento e casas independentes, como a Inversa, foram fundamentais para que as 500 mil pessoas que investiam em 2017 se transformassem nos atuais 2,5 milhões.
É ainda muito pouco perto do que é a realidade da população bancarizada do país, eu sei, mas dá um gigantesco orgulho saber que fazemos parte disso.
- Leia Mais: Como garantir que seu dinheiro aumente mês após mês? Dara Chapman: O Plano da Sua Vida. Veja aqui o vídeo 3 (último dia).
E não pense que isso é um problema de país em desenvolvimento…
A maior parte da população dos EUA só começou a investir efetivamente em bolsa depois que os juros caíram para patamares similares ao que temos agora, durante a era Paul Volcker (ex-presidente do Banco Central dos EUA).
A pequena diferença é que isso aconteceu a 40 anos atrás (risos).
Recomendações com propósito, sem interesse
Mais interessante ainda, é ver como o perfil de quem investe na bolsa está mudando.
Está deixando de ser “afortunados acima de 60 anos” para jovens de até 40 anos, que buscam alternativas para multiplicação e proteção patrimonial.
Segundo a B3, a bolsa brasileira, é bastante expressivo o número de novos investidores que começam aplicando R$ 1 mil, o que significa que o mercado também está se tornando mais acessível.
Para quem não está no mercado há algum tempo, vale lembrar que há três ou quatro anos atrás as corretoras cobravam taxas operacionais altíssimas, expelindo o pequeno investidor.
Hoje, no entanto, o mercado financeiro percebeu que se concentrar em quem faz volume não é a solução para crescer no longo prazo. E que nem sempre quem tem mais dinheiro sabe o que está fazendo.
O mercado amadureceu e este é um processo irreversível.
Por isso, procure se informar. Mas prese também pela qualidade do que você consome.
Tem corretora que manda no seu e-mail sugestões completas de ações e fundos imobiliários. Algumas de qualidade melhor, outras nem tanto.
De qualquer forma: estude um pouco e verá os interesses por trás.
Aposto com você que, pelo menos metade dos ativos, são geridos pela própria instituição ou guardam alguma relação comercial com tal corretora ou banco.
Nem tudo que reluz é ouro, caro leitor.
Como minha vó Carmen costuma dizer: “quando a esmola é demais, o santo desconfia”.
Nós fazemos diferente.
Fazemos o que fazemos por propósito e missão e entendemos que este é o caminho para que você atinja seus objetivos pessoais com maior segurança.
É um prazer enorme poder te ajudar sem sofrer nenhum tipo de pressão para sugerir um ou outro investimento.
Vamos fechar esse GAP juntos!
Somente neste link, você pode ter acesso a todas recomendações de investimento da Inversa, para a vida toda, todos os dias no seu-mail. Indico essa oferta exclusiva para caminhar ao meu lado e todo um time de elite do mercado financeiro do Brasil.
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell