As duas TEDs que fiz do Itaú para…
A atual guerra quente entre o banco e a XP apenas nos mostrou uma coisa: que precisamos de uma alternativa além dos grandes bancos e da própria XP
Deixa eu lhe mostrar uma coisa:


Desculpe pelas imagens aparentemente repetidas. São duas transferências mesmo. Há um limite de movimentação pelo meu app do Itaú e, por isso, para evitar ter de ir na agência (confesso que eu ia até antes da pandemia), dividi em duas parcelas.
Não publiquei as TEDs para exigir meus coletinhos, fique claro. Nada contra também. Sou um liberal/liberal. Torcedor fanático do time de Adam Smith, David Ricardo, John Locke, Stuart Mill, Milton Friedman, Friedrich Hayek — é tanto craque que precisaríamos chamar o Zagallo para escalar todo mundo, como naquela Seleção de 1970, embora a Faria Lima já conviva com vários de seus próprios velhos lobos.
Cada um se veste como quiser. Só não é a minha, como também não é embarcar no “maior empreendimento de todos os tempos”. Por favor, se algum dia eu entrar numa loucura dessas, me tragam para o chão. Defendam-me de mim mesmo. Deixo isso para as pirâmides do Egito, a Torre Eiffel, a muralha da China, o Coliseu, sei lá. Não há qualquer trip egoica em postar essas duas imagens, fique claro.
Hoje, a Vitreo deu forma e publicidade ao Carteira Universa Previdenciária, que era um sonho antigo meu e um pedido de vários assinantes nossos — a questão aparecia em qualquer live nossa, levantada pelos próprios investidores; as lives estão disponíveis para quem quiser ver. Como talvez os três leitores já sabem, as alocações da família Universa se apoiam na nossa publicação Carteira Empiricus.
A inserção das imagens com os dois aportes é feita nesse contexto. Fiz questão de publicá-las por algumas razões:
Leia Também
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
- Transparência. Esse é um valor caro para mim. Sempre que posso, divido com os assinantes meus próprios investimentos. Acho que isso nos deixa alinhados e mostra meu compromisso com aquilo que eu mesmo defendo: colocar a minha pele em jogo e ser beneficiado, caso minhas recomendações deem certo, ou prejudicado, caso elas deem errado. Estamos literalmente no mesmo barco financeiro. E, como diria Taleb, “captains should go down with the ship” (os capitães devem afundar com o navio).
- A necessidade de se ter uma boa previdência. Se você for atendimento num private banking sério, no high net worth ou numa grande gestora de fortunas, possivelmente haverá uma sugestão de distribuir seu patrimônio financeiro em quatro grandes blocos. O primeiro se refere ao colchão de liquidez, ao caixa, a algum dinheiro separado para alguma emergência. O segundo se liga a alocações internacionais. O terceiro se destina a uma abordagem local, como se você fosse o seu próprio hedge fund, respeitado seu perfil, seu horizonte temporal, sua tolerância a risco. E o quarto é justamente a previdência, que tradicionalmente recebe algo como 10% do capital como percentual sugerido. Os benefícios tributários e sucessórios da previdência são gigantescos e ainda pouco difundidos no Brasil. Ter um (bom, e o tópico abaixo fala disso) plano de previdência não é uma possibilidade apenas, é simplesmente uma escolha racional, principalmente se você faz declaração completa de IR e tem renda tributável. É esse mundo do private banking e das grandes gestoras de fortunas que quero levar aos nossos assinantes. Essa foi a motivação para fundarmos a Empiricus.
- A visão e a alocação erradas sobre a previdência. Existe uma percepção estereotipada no Brasil de que previdência privada é um mau negócio, só há planos ruins e isso não compensa — claro que há uma parcela dos investidores que já entendeu seus benefícios e esse mercado vem crescendo, mas, infelizmente, isso é uma minoria, a fronteira dos mais bem-informados. É verdade que, historicamente, a maior parte dos planos de previdência brasileiros era ruim. Como também é verdade (essa talvez seja a parte mais triste da história) que a maior parte do dinheiro nesse nicho ainda esteja em planos ruins, com taxas muito altas e excesso de alocação em renda fixa conservadora, o que muito possivelmente não vai preservar o poder de compra do investidor, algo desejável para uma aposentadoria mais tranquila. Contudo, a indústria mudou muito nos últimos anos. As regras da Susep avançaram sobremaneira, dando mais flexibilidade e permitindo estratégias mais rentáveis ao gestor (ainda há um caminho a percorrer, evidentemente, mas já melhoramos muito). Desde que se permitiu a cobrança de taxa de performance nos fundos, vários bons gestores foram atraídos para o segmento. Eu e meus filhos temos fundos de previdência na Vitreo. Até por uma questão de coerência, pois eles se baseiam em carteiras montadas pela equipe da Empiricus , são obviamente meus favoritos na indústria. Mas há vários outros bons fundos de previdência por aí. Não caia no mito pseudointeligente de que a previdência privada no Brasil não presta. Essa informação é um mapa errado. Mais uma vez citando Taleb, o problema do mundo não está nas pessoas que não sabem, mas naquelas que não sabem o suficiente (e já se julgam capazes de opinar).
- O mundo falsamente bipolar. A atual guerra quente entre Itaú e XP apenas nos mostrou uma coisa: que precisamos de uma alternativa além dos grandes bancos e da própria XP, que hoje, em termos práticos, representa um monopólio fora deles. Cuidado com aquilo que você deseja: saímos de um oligopólio para um monopólio! Quando falo “precisamos”, não é a Empiricus , eu ou você. É o próprio mercado, o próprio investidor como um todo. Precisamos sair do mundo da poupança, dos consórcios, dos PICs e dos títulos de capitalização sem cair na armadilha dos conflitos de interesse e dos falsos heróis. Não há heróis: todos nós estamos tentando conviver com nossos graves defeitos, buscando encontrar um jeito de ser e estar no mundo.
Hoje é um dia bastante importante e feliz. Não porque representa mais um avanço relevante em nossa parceria com a Vitreo ou a materialização de um desejo pessoal antigo. Mas porque temos a certeza de caminharmos na direção de fazer aquilo que é certo. Há um Felipe dentro de mim — e isso é 100% verdadeiro — que vibra a cada novo passo no caminho da virtude. Ele está contente nesta quarta-feira. Seja muito bem-vindo ao Carteira Universa Previdência, mais um avanço em prol daquilo que temos chamado de “indústria financeira 3.0”, por mais transparência e menos conflito de interesse. Quem ganha é o investidor.
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional