Formação em finanças: muito investimento e pouco retorno? Ilusões e desilusões de quem tenta aprender a lidar com os mercados
O que você precisa para se tornar um expert em mercado financeiro? Faculdade de Economia? Um curso com um trader famoso? MBA em Finanças? Veja um depoimento sincero sobre os desafios de aprender a lidar com os mercados e virar um analista de investimentos.
Tenho certeza que não preciso gastar muitas linhas para te convencer da importância da educação financeira, e como ela muda a vida das pessoas. Sim, somente com conhecimento em finanças você terá uma independência financeira plena.
Mas onde adquirir esse conhecimento?
A seguir, eu compartilho com você como foi a minha trajetória. O que valeu a pena, e onde eu perdi o meu tempo no caminho. Também compartilho a experiência de vários amigos que trabalham com investimentos.
1. Faculdade
Os cursos de Economia, Administração e Contabilidade são imediatamente associados ao mercado financeiro.
Em teoria, se você fez algum deles, está preparado e financeiramente educado.
Tendo me formado em Economia na USP, eu posso te afirmar, pela minha experiência pessoal e de muitos amigos, que isso não é verdade.
Leia Também
Esse mito, inclusive, assusta e afasta muitas pessoas com outras formações (principalmente humanas e biológicas). Elas criam uma barreira de que “finanças não é pra mim”.
Nos meus cinco anos de faculdade, tive apenas duas matérias relacionadas ao mercado financeiro.
Em ambos os casos, meus dois professores, que eram excelentes - saudades do mestre Zeca e seu inesgotável cansaço - nunca tinham comprado uma ação na vida.
Eu só fui aprender realmente sobre investimentos depois de começar a trabalhar com isso.
Teoria e prática são como universos paralelos. Até a gravidade é diferente entre eles. Nenhuma sala de aula consegue reproduzir o pregão.
2. Certificação
Possuo o certificado CNPI, de analista de valores mobiliários com foco em análise fundamentalista.
Fiz duas provas para obter essa certificação, e tenho amigos com diversos outros títulos, do CPA-10 ao famoso CFA.
O que eu (e meus amigos) aprendemos de prático no processo para essas certificações?
Quase nada.
Novamente, são títulos importantes, exigidos de muitos profissionais, mas as provas são extremamente teóricas, gastam uma energia excessiva em regulação e conceitos teóricos.
Em momento nenhum você estudará algo “de verdade”, como uma empresa, no processo da sua certificação.
Por isso, se o seu objetivo é alcançar a independência financeira, eu te adianto: você até pode buscar uma certificação, mas esse não é o melhor caminho.
O relação de esforço vs retorno financeiro é muito baixa (exceto profissionalmente, pois como eu disse, muitas posições no mercado exigem tais certificações).
3. Cursos livres
Existem alguns cursos muito bons, sendo oferecidos por gente com muita experiência, que está mais interessada em compartilhar essa experiência do que em propriamente fazer dinheiro com isso.
Em geral, essas pessoas inclusive já fizeram dinheiro suficiente em suas carreiras.
Um curso livre precisa ser barato. E a grande maioria dos que são alardeados pela internet - como os cursos de day trade - fazem promessas malucas e cobram caro.
Você vai automaticamente se questionar: se esse cara é tão bom, se esse jatinho que ele está gravando é realmente dele, porque está vendendo cursos caros para me ensinar isso?
Confie no seu detector de mentiras, apesar de não ser perfeito, ele vai servir como um bom guia.
Isso não é uma propaganda, mas, por exemplo, o curso da Jornada Financeira da minha amiga Bettina custa R$ 5 por mês.
É óbvio que ela não ganha dinheiro fazendo isso, basicamente pagam-se os custos de produção (estúdio, edição e afins). Ainda sim, ela faz. E faz muito bem.
Mas tenho um “porém”. Tanto entre os cursos livres bons, como nos ruins, existe um denominador comum: eles são incompletos.
Todos esses cursos - pela sua baixa duração - vão te ensinar apenas o começo. Você vai ficar com uma lição de casa grande para fazer sozinho.
Em muitos casos, você não saberá como continuar e resolver essas lições pendentes.
Disso, chegamos no último ponto.
4. Pós-graduação em Finanças
A pós-graduação promete ser o guia definitivo da sua independência financeira.
Por ser um negócio nichado, com um foco bem definido, é sem dúvidas onde você vai aprender mais.
Mas aqui, voltamos ao primeiro problema: o excesso de teoria.
Tive amigos que pagaram mais de R$ 60 mil para fazerem seus MBAs em instituições como Insper, FGV, FIA e afins.
- Expectativa: se tornarem os mestres do mercado financeiro.
- Realidade: aulas de ética empresarial, gestão de projetos, controladoria… em termos práticos, muita encheção de linguiça.
Do fundo do coração (se esse for o seu caso, deixe um comentário), não tenho um único amigo que tenha terminado sua pós graduação e me dito: valeu o investimento.
Muitos realmente gostaram, mas por conta da encheção de linguiça, saíram com a sensação de pagaram muito mais do que o curso valia.
No final do dia, o investimento serviu para conhecer pessoas, fazer contatos, e tentar alavancar isso lá na frente, o famoso networking.
Mas, em tempos de pandemia, não dá para fazer networking num curso a distância.
No online, apenas o estudo e o conteúdo te diferenciam.
E agora, o que eu estou fazendo:
Nos últimos 12 meses, tenho trabalhado junto com o Felipe Miranda e o Rodolfo Amstalden, construindo a pós-graduação que todos nós gostaríamos de ter feito. Sem enrolação, com conteúdo prático e lições de quem está no mercado mesmo.
Ela custa menos de ⅓ desses preços ridículos que mencionei acima, quase todos os professores são profissionais em atividade no mercado financeiro, e alguns dos maiores executivos do Brasil estão no corpo de professores.
As inscrições foram encerradas na semana passada, mas nesta quarta-feira (18) foram liberadas vagas remanescentes. É a sua chance de entrar para a primeira turma
Estou com a expectativa muito alta e acredito que, se você também está interessado em aprofundar seus conhecimentos em finanças de uma vez por todas, seja para seus investimentos pessoais ou a sua carreira, você deveria se inscrever também (veja aqui mais informações).
Entre nossos próprios funcionários temos visto um engajamento imenso. Me arrisco a dizer que é uma oportunidade única, pois dificilmente esse preço se manterá em edições futuras.
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell