A maior mudança no mercado financeiro mundial está incrivelmente próxima
A tecnologia Blockchain pode revolucionar o sistema financeiro como conhecemos. Você está preparado

O que vou contar hoje provavelmente vai chocar muita gente. É uma das coisas que mais me encantaram na proposta de tecnologias em Blockchain, por um lado. Por outro, é uma das principais causas até hoje de um sentimento misto de medo e descrença no tradicional mercado financeiro.
De antemão, peço desculpas pela assertividade com que digo isso. Minha intenção não é parecer arrogante nem desmerecer o trabalho de ninguém. Mas o mercado financeiro como conhecemos vai acabar.
Isso vale para bancos, corretoras, seguradoras e todos os players e modelos de negócio do sistema financeiro mundial como é desenhado hoje. Essa mudança, além de drástica, será rápida. E está incrivelmente próxima.
Sei que isso soa um pouco como teoria da conspiração. Da mesma forma, imaginar uma quase-guerra mundial biológica sem armas também parecia há alguns meses.
Portanto, dê algum crédito: estamos falando de uma possibilidade real e tenho algum conhecimento de causa sobre tudo isso.
Para explicar, preciso primeiro dissertar sobre dois princípios básicos.
Leia Também
O primeiro deles, é uma das definições que “poder” que pesquisei ao longo dos últimos anos. De maneira rápida, a definição de poder para fazer qualquer coisa, por mais genérica que seja, requer três características básicas reunidas conjuntamente em uma mesma pessoa/empresa/entidade: (1) a vontade, definida exclusivamente pelos interesses e valores, incluindo éticos e morais; (2) a capacidade, ou seja, a habilidade que esses agentes têm de exercer sua vontade; e (3) a oportunidade, entendida como a “circunstância oportuna, favorável para a realização de algo”.
Logo, quando dizemos que alguém tem o poder para realizar algo, estamos dizendo que essa pessoa possui, ao mesmo tempo, vontade, capacidade e oportunidade de fazê-lo, seja isso algo bom/correto/moralmente aceito (como organizar uma campanha contra a fome na África) ou não (cometer atos de corrupção, por exemplo).
O segundo, diz respeito à forma de funcionamento do mundo capitalista atual: existem atualmente indústrias inteiras que contam com inúmeros intermediários para garantir confiabilidade em seus negócios.
Esses intermediários é o que chamamos de “terceiros de confiança” (third trusted parties) e ao longo da formação do mundo contemporâneo têm sido cada vez mais utilizados como forma de “embutir” certa reputação aos negócios pois, no fim do dia, são empresas terceiras geralmente com o papel de supervisionar, fiscalizar e/ou mitigar o risco de uma empresa, por exemplo.
Atualmente, existem mercados inteiros desses terceiros de confiança: auditorias independentes, custodiantes, seguradoras, entre outros. Até o consultor financeiro de corretoras é um terceiro de confiança.
Todos eles a princípio teriam a função de, por serem várias partes independentes dentro de um mesmo processo, garantirem a reputação daquilo que se está analisando – por exemplo, um potencial investimento em uma ação específica.
- Leia Mais: O melhor curso de Criptomoedas e Bitcoin. Curso prático te ensina a lucrar com este mercado...
Ocorre que esses terceiros não são totalmente independentes. Seja pela necessidade de garantir o contrato de prestação de serviços para os anos seguintes ou para atingir metas de produtividade, bônus, entre outras: todos eles, sem exceção, têm inúmeros interesses que vão muito além de atuarem de fato como partes isentas.
E é exatamente aí que mora o problema.
Sistema conflituoso
Quando temos sistemas inteiros formados por inúmeros intermediários que possuem vontade, capacidade e oportunidade de atender a seus próprios interesses, estamos atribuindo a tal confiança a agentes que têm o poder de fazer algo errado.
Exemplos são incontáveis: Enrol, Arthur Andersen, OGX, Petrobras. Aliás, um caso bem recente é o do IRB, que teve suas demonstrações de resultados auditadas por DUAS auditorias independentes SEM RESSALVAS e agora se depara com um escândalo por suposta distribuição indevida de mais de R$ 60 milhões a seus antigos executivos.
Entenderam?
A premissa está errada. Depositar todo esse poder nas mãos de poucos não foi uma boa ideia. Esse inclusive é um dos pilares que fundamenta há anos a expectativa de muitos criptoentusiastas a respeito de uma crise econômica global. E, ao que tudo indica, esse dia chegou.
Então, qual foi a grande sacada quando iniciaram as tecnologias em Blockchain? Bem resumidamente, a revolução vem de usar os chamados contratos inteligentes – ou seja, um contrato programado, autoexecutável e imutável – para praticamente eliminar a necessidade de todos esses terceiros de confiança.
Esses contratos são armazenados e processados em bases de dados descentralizadas, públicas e imutáveis (Blockchains), que conferem total transparência ao processo.
Um exemplo prático disso: sabem aquele seguro-fiança locatício, que custa um mês de aluguel por ano? Ele pode facilmente ser substituído por um contrato inteligente com esse mesmo valor depositado como caução. Caso o aluguel seja atrasado, a caução pode ser automaticamente liberada ao proprietário e o contrato de locação rescindido.
E lá se vai uma das linhas de negócio de uma seguradora.
Querem outro exemplo? Os chamados empréstimos P2P (Peer-to-Peer), ou seja, de pessoa para pessoa, podem ser inteiramente gerenciados e remunerados por contratos inteligentes, com garantia colateral depositada no próprio contrato.
O devedor não pagou? Executa-se o colateral. Tudo isso a juros muito menores para o devedor e como investimento atrativo para quem empresta.
E lá se vão algumas linhas de receita de bancos e corretoras de investimento.
Esse movimento todo de criação de aplicações de finanças descentralizadas é conhecido como DeFi (Descentralized Finance) e previsto desde a conceituação do Bitcoin.
Nos últimos tempos, especialmente em função de novos desenvolvimentos de tecnologias que servem como infraestrutura para criação dessas aplicações (Ethereum, Chainlink, 0x, dentre outros), têm surgido uma série de aplicações nesse sentido e esse é o assunto do momento no criptomercado.
Algumas iniciativas já tiveram valorizações expressivas nos últimos meses: Compound (COMP) saiu da casa dos $80 em dezembro/2019 e chegou a atingir mais de $420 recentemente; Aave (LEND) tem valorização acumulada superior a 500% apenas nesse ano. Exemplos não faltam.
As iniciativas de DeFi, sem dúvida, estão no core das potenciais aplicações em Blockchain e vieram para ficar.
Contudo, é bom ter cuidado e lembrar de um passado não muito distante: da mesma maneira que a febre de ICOs entre 2016 e 2017 levou a ganhos incríveis, muitas iniciativas se provaram verdadeiros scams para captar dinheiro fácil e rápido.
O resultado disso foi uma quantidade incalculável de pessoas lesadas que perderam dinheiro por não fazerem ideia do que estavam comprando.
Ser o seu próprio branco é uma realidade cada vez mais próxima, porém exige responsabilidade. E, em ambientes descentralizados, não existe nenhum call center ou “reclame aqui” para se recorrer em caso de más decisões.
Portanto, tenha cautela para poder aproveitar ao máximo essa que aparenta ser a próxima hype das criptomoedas.
Não fique de fora desta inovação, você pode ter acesso a todas as criptomoedas que eu indico neste link.
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed
O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso
Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda
Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard
O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução
Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)
No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas
Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?
Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores
A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)
Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos
Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento
Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar
As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)
No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro
Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses
Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível
Um ano de corrida eleitoral e como isso afeta a bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta quarta-feira (1)
Primeiro dia de outubro tem shutdown nos EUA, feriadão na China e reunião da Opep
Tão longe, tão perto: as eleições de 2026 e o caos fiscal logo ali, e o que mexe com os mercados nesta terça-feira (30)
Por aqui, mercado aguarda balança orçamentária e desemprego do IBGE; nos EUA, todos de olho nos riscos de uma paralisação do governo e no relatório Jolts
Eleições de 2026 e o nó fiscal: sem oposição organizada, Brasil enfrenta o risco de um orçamento engessado
A frente fiscal permanece como vetor central de risco, mas, no final, 2026 estará dominado pela lógica das urnas, deixando qualquer ajuste estrutural para 2027
Tony Volpon: O Fed e as duas economias americanas
Um ressurgimento de pressões inflacionárias ou uma fraqueza inesperada no mercado de trabalho dos EUA podem levar a autarquia norte-americana a abortar ou acelerar o ciclo de queda de juros
B3 deitada em berço esplêndido — mas não eternamente — e o que mexe com os mercados neste segunda-feira (29)
Por aqui, investidores aguardam IGP-M e Caged de agosto; nos EUA, Donald Trump negocia para evitar paralisação do governo