Ibovespa reduz alta em meio à oscilação em NY; juros fecham em alta e dólar tem leve queda
Principal índice da B3 opera de olho em sinais concretos de redução do risco fiscal brasileiro e acordo para novo pacote de estímulos nos EUA
O Ibovespa opera em leve alta, mais distante do patamar de 101 mil pontos neste momento. Por volta das 16h45, o índice avança 0,1%, para 100.626,95 pontos, em meio à oscilação das bolsas americanas.
Ontem, o principal índice da B3 fechou em alta de quase 2%, acima dos 100 mil pontos pela primeira vez desde 17 de setembro.
Ainda há dúvidas sobre a capacidade de o índice se manter acima da marca. Isto porque não há sinais concretos nem de redução do risco fiscal brasileiro, nem de acordo para novo pacote de estímulos nos Estados Unidos, principais riscos que o mercado segue monitorando.
"Há dois fatores principais hoje: o mercado externo, com essa expectativa de estímulos antes das eleições, e os resultados financeiros, com o mercado ajustando as expectativas ao realizado", diz Igor Cavaca, analista da Warren, sobre a alta do Ibovespa.
"O índice está ao bel-prazer do humor lá fora, esperando notícias sobre estímulos e também alguma novidade sobre vacina", diz Ari Santos operador de renda variável da Commcor.
"Se tanto Petrobras e bancos não sustentarem uma alta forte, dificilmente o índice consegue subir forte como foi ontem", afirma.
Hoje, as ações da estatal recuam no mínimo 0,9%, na esteira da baixa do preço do petróleo Brent. As ações de grandes bancos continuam a subir fortemente.
Top 5
As principais altas percentuais do dia são as ações de empresas do setor de shoppings. Os papéis ordinários (ON) de Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTA3) estão entre os cinco maiores ganhos do índice. Ações do BR Malls (BRML3) também sobem forte, 3%.
Os papéis da Qualicorp são a segunda maior alta percentual do índice. As ações da empresa de planos de saúde sobem 5% neste momento, com a intenção da Rede D'Or, hoje já a maior acionista da Qualicorp, comprar mais ações da companhia.
Enquanto isso, as ações ON da EZTEC (EZTC3) sobem mais de 3,5% em reação positiva às projeções da empresa para este ano e o próximo.
A briga pela Linx continua, com a Totvs estendendo o prazo da oferta pela empresa. A tendência é que haja uma disputa com a Stone até o fim. Ações da Totvs sobem 0,5% neste momento.
Veja as maiores altas do dia:
CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO | VARIAÇÃO |
BRKM5 | Braskem PNA | R$ 24,64 | 5,98% |
QUAL3 | Qualicorp ON | R$ 34,18 | 5,17% |
MULT3 | Multiplan ON | R$ 22,20 | 4,82% |
IGTA3 | Iguatemi ON | R$ 34,33 | 3,84% |
EZTC3 | EZTEC ON | R$ 40,80 | 3,55% |
Mais cedo, a Weg divulgou um balanço que surpreendeu o mercado positivamente, com alta de 54% no lucro trimestral ante o mesmo período do ano passado. No início do pregão, os papéis (WEGE3) chegaram a subir mais de 4,4%, mas agora têm queda de 4,7%, liderando as perdas do índice.
A Cielo também está entre as maiores perdas, após redução do preço-alvo da ação pelo Goldman Sachs.
Ações da Petrobras recuam 0,35% neste momento, reagindo à queda do preço do petróleo Brent. Confira as maiores quedas do índice agora:
CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO | VARIAÇÃO |
WEGE3 | Weg ON | R$ 79,91 | -4,36% |
CVCB3 | CVC ON | R$ 15,06 | -2,96% |
CIEL3 | Cielo ON | R$ 3,74 | -2,60% |
IRBR3 | IRB ON | R$ 6,92 | -2,54% |
LAME4 | Lojas Americanas PN | R$ 26,76 | -2,34% |
Lá fora
As bolsas de Nova York abriram hoje com sinais mistos e continuam de lado.
O Dow Jones tem perdas de 0,15%, o S&P 500 sobe 0,05% e o Nasdaq avança também 0,04%. Ainda há muita incerteza em torno da aprovação de um acordo para um novo pacote de estímulos fiscais.
A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, disse hoje que está otimista com o acerto de uma medida de resgate à economia após os efeitos da covid-19.
"Estou muito feliz", disse Pelosi à MSNBC. "Acho que temos perspectiva para um acordo."
No entanto, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell defendeu, em conversas reservadas com outros republicanos, que o pacote não fosse aprovado antes das eleições, segundo o New York Times.
Ontem, as bolsas americanas se animaram com a perspectiva de um acordo, com sinalização de Pelosi de que já estava otimista sobre um acerto entre democratas e a Casa Branca.
No mesmo dia, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, se disse otimista de que um acordo poderia sair nas próximas 48 horas.
Os mercados internacionais se mantêm de olho também na agenda de resultados corporativos do terceiro trimestre.
A Netflix divulgou os números ontem à noite, mas os resultados decepcionaram, com queda brusca de novos assinantes e lucro abaixo do esperado, o que levou as ações da companhia a caírem 6,5% no Nasdaq.
Ainda hoje, a fabricante de carros elétricos Tesla divulga os seus resultados, após o fechamento dos mercados.
Enquanto isso, na macroeconomia, o Federal Reserva, banco central americano, divulgou hoje o Livro Bege, relatórios sobre as condições econômicas dos EUA.
Segundo o relatório, a atividade do país continua a aumentar de nível, mas ainda em nível moderado. As perspectivas, no entanto, são otimistas, segundo contatos pelos distritos do país.
Dólar estável, juros fecham em alta
O dólar à vista opera em leve queda de 0,1%, cotado a R$ 5,6080 neste momento.
No exterior, a tendência é de desvalorização do dólar. O Dollar Index (DXY), índice que compara o dólar a uma cesta de divisas como euro, libra e iene, hoje apresenta mais um dia de recuo, em queda de 0,5%.
"Me parece uma estratégia do mercado em meio a essa expectativa para o acordo por estímulos", diz Alessandro Faganello, operador de câmbio da Advanced Corretora, sobre a pequena oscilação da moeda.
Frente a moedas pares emergentes do real, como rublo russo e rand sul-africano, o dólar apresenta baixa na sessão desta quarta — maiores do que em relação ao real.
No lado dos juros, o dia foi de flutuação, até as taxas terminarem a sessão em leve alta.
Tanto os juros futuros da ponta curta quanto da longa subiram. No entanto, o caminho foi tortuoso até o fechamento da sessão: durante a tarde as taxas chegaram a cair, enquanto, cedo da manhã, os juros subiam.
"O mercado deu uma animadinha com as declarações sobre o teto de Maia e Guedes, mas até eleições municipais, sem informações sobre o Renda Cidadã, não tem o que comemorar, tem muita incerteza", diz Paulo Petrassi, sócio-gestor da Leme Investimentos.
Segundo Petrassi, o movimento dos juros de alta espalhada entre vértices curtos e longos também esteve relacionado ao leilão de pré-fixados de amanhã, em que haverá oferecimento de títulos como LTN (Letras do Tesouro Nacional) e NTN-F (Notas do Tesouro Nacional série F).
O gestor também destaca o fato de o governo estar negociando a transferência de R$ 100 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para os cofres do Tesouro, a fim de arcar com os megavencimentos da dívida nos 4 primeiros meses de 2021, o que apenas ameniza uma situação fiscal dura, segundo ele.
Confira o desempenho dos principais vencimentos nesta manhã:
- Janeiro/2021: de 1,959% para 1,955%
- Janeiro/2022: de 3,24% para 3,25%
- Janeiro/2023: de 4,55% para 4,58%
- Janeiro/2025: de 6,36% para 6,39%
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