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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

Mercados hoje

Ibovespa e dólar ganham novo fôlego com sinalização do Copom sobre juro

Sinalização de manutenção de juros baixos por período prolongado sustenta o ânimo dos investidores, que relegam desemprego a segundo plano

Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O fôlego do mercado brasileiro de ações para seguir para o alto e avante parecia próximo, muito próximo de se esgotar. Mas o Banco Central apareceu na hora certa com seu respirador (artificial?) para dar ao Ibovespa um oxigênio a mais para continuar subindo.

Tanto o Ibovespa quanto o dólar fecharam em alta não apenas por causa da redução da taxa Selic a 2% ao ano, renovando o recorde de baixa da taxa básica de juro no Brasil, mas principalmente pelo fato de o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) ter deixado a porta aberta para um novo corte residual e sinalizado a manutenção de juros extremamente baixos para a realidade nacional por um período prolongado.

A sinalização do BCB prevaleceu ao longo de toda a sessão de hoje na B3, relegando a segundo plano os alarmantes do desemprego no País divulgados na manhã desta quinta-feira. Com isso, o Ibovespa fechou em alta de 1,29%, aos 104.125,64 pontos.

Os investidores iniciaram os negócios diante dos dados indigestos do desemprego no Brasil no segundo trimestre deste ano, com a economia nacional sob o impacto da pandemia do novo coronavírus.

A taxa de desemprego passou de 12,2% no primeiro trimestre para 13,3% no fim de junho. Ainda mais preocupantes são os dados mostrando redução recorde da população ocupada enquanto o número de desalentados atinge um novo pico e o fato de, pela primeira vez na série histórica, a força de trabalho potencial ter superado o número de desocupados.

Liquidez prevalece sobre dados ruins

Apesar dos dados ruins de desemprego, os investidores reagiram ao corte de juros e ao comunicado divulgado pelo Banco Central logo depois da decisão do Copom na expectativa de que, um dia, quem sabe, a liquidez jorrada nos mercados encontre algum suporte na realidade econômica.

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"Lendo a nota me passou a impressão que a diretoria do BCB não quer desligar a música de uma hora para outra. O baile da inflação dos ativos, notadamente a bolsa, tem que continuar por algum tempo mais até que encontre respaldo na realidade econômica de fato", observou o economista-chefe da Necton Corretora, André Perfeito.

Ele advertiu que, apesar de o BC ter deixado a porta aberta para novos cortes, isto dependeria de incógnitas como uma melhora na situação fiscal e avanços na reforma tributária, por exemplo. "Provavelmente não teremos mais nenhum corte uma vez que em meados de setembro, quando o colegiado irá se reunir mais uma vez, os dados fiscais estarão piores e a reforma tributária terá avançado pouco", concluiu.

Entre os papéis listados no Ibovespa, Totvs, BRF e as ações de shopping centers destacaram-se pelo bom desempenho nesta quinta-feira.

As ações do setor elétrico, por sua vez, subiram na esteira da aprovação do edital do leilão de transmissão a ser realizado em dezembro pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Confira a seguir as maiores altas e baixas do dia entre as ações listadas no Ibovespa.

MAIORES ALTAS

  • BR Malls ON (BRML3) +11,20%
  • Totvs ON (TOTS3) +10,85%
  • Cielo ON (CIEL3) +10,67%
  • Multiplan ON (MULT3) +7,66%
  • Azul PN (AZUL4) +6,40%

MAIORES QUEDAS

  • Gerdau PN (GGBR4) -2,48%
  • Gerdau Met PN (GOAU4) -2,46%
  • Via Varejo ON (VVAR3) -2,05%
  • Usiminas PN (USIM5) -2,00%
  • Pão de Açúcar ON (PCAR3) -1,92%

Dólar e juro

O dólar também fechou em alta em reação ao corte de 25 pontos-base na taxa Selic anunciado na véspera pelo Copom e à expectativa de manutenção de juros baixos por mais tempo.

Apesar de essa perspectiva ter dado impulso à moeda norte-americana hoje, Alessandro Faganello, consultor da Advanced Corretora para o mercado de câmbio, observa que se trata de uma peculiaridade local.

"Há diversas dinâmicas em andamento simultaneamente e o dólar sobe aqui, mas continua perdendo força lá fora", adverte.

A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,95%, cotada a R$ 5,34325 (+1,1%).

Enquanto isso, os contratos de juros futuros fecharam em queda acentuada tanto nos vencimentos mais curtos quanto nos mais longos por causa do corte na taxa Selic.

A redução da taxa básica de juro era mais do que esperada pelo mercado, mas o comunicado do Copom com sinais para os próximos passos faz com que os investidores recalibrem suas visões para a trajetória dos juros no mercado futuro.

Confira os vencimentos com mais liquidez:

  • Janeiro/2021: de 1,953% para 1,865%;
  • Janeiro/2022: de 2,772% para 2,570%;
  • Janeiro/2023: de 3,813% para 3,640%;
  • Janeiro/2025: de 5,373% para 5,250%.

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