Um buraco na estrada do céu

Uma súbita perda de altitude, seguida por uma forte turbulência, me pegou durante um voo com a família para a Europa, em 2015. Eu já havia passado por instabilidades do tipo antes, mas essa foi a primeira sem o aviso prévio do piloto.
Éramos 20 pessoas entre adultos e crianças que partiam para celebrar as bodas de ouro dos meus sogros. No breve e ao mesmo tempo interminável período em que a aeronave sacolejou, eu só conseguia imaginar as manchetes que os jornais estampariam no caso de uma tragédia.
Depois do incidente, a comissária de bordo percorreu os corredores para tranquilizar os passageiros. Ao notar minha sobrinha um tanto assustada, ela parou para explicar que os aviões, tal como os carros, voam por “estradas” no céu. E que às vezes essas estradas têm buracos, nem sempre visíveis ao piloto.
Em dias de queda mais forte da bolsa como hoje, também me sinto na obrigação de fazer o papel de comissário de bordo. Estamos, sim, atravessando uma área de instabilidade, provocada pelas incertezas no campo político aqui e nos países vizinhos.
Fenômenos do tipo fazem parte do plano de voo da bolsa, um clássico investimento de risco. A diferença é que as turbulências são pouco previsíveis e provocam uma rápida perda de altitude.
Com a queda de hoje, o Ibovespa passou a operar no vermelho no acumulado de novembro. Mas não vejo nada, por enquanto, que mude a perspectiva positiva da bolsa, ainda que novos buracos possam surgir pela rota no curto prazo.
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