Uma história de fábricas
O que isso tem a ver com a gente, com nosso modo de vida, de se organizar, com nossos dilemas políticos e sociais não sou eu quem vai dizer, mas o livro “Mastodontes – A história da fábrica e a construção do mundo moderno”
Se fosse para buscar um “saldão” de fábrica de celulares e computadores da Apple, aonde você iria?
A pergunta pode parecer sem razão de ser – embora eu e você tenhamos de admitir que a resposta mais sincera seria dizer que não sabemos. Mas o que há por trás dela é reflexo de uma das características da movimentação do mercado industrial e fabril.
O que isso tem a ver com a gente, com nosso modo de vida, de se organizar, com nossos dilemas políticos e sociais não sou eu quem vai dizer, mas o livro Mastodontes – A história da fábrica e a construção do mundo moderno.
Apesar de viver já há 10 anos em São Paulo, eu vivi toda a minha infância e adolescência, num total de 16 anos, em uma cidade no interior do Pará que sempre que tínhamos que explicar para os outros o que era, chamávamos de uma “company town”.
Sem pesquisar no Google, replico aqui o conceito da forma como ele me foi apresentado quando criança, sem me preocupar com rigor semântico: a estrutura da cidade, sua organização, e até mesmo sua manutenção, foram criadas e eram sustentadas em torno da fábrica.
Isso significa dizer que o prédio da única grande escola da cidade pertencia à empresa e era ela quem conduzia licitações para definir se no ano seguinte usaríamos apostilas do sistema Positivo ou qualquer outro. Quer dizer que as casas eram, em sua vasta maioria, da empresa e era ela quem definia onde cada funcionário moraria.
Leia Também
Durante anos, o principal evento de dias dos pais que eu frequentei foi a visita à fábrica – e eu adorava! Era quando, na medida dos limites da segurança, um bando de crianças andava por um lugar de proporções assustadoramente enormes para entender como o caulim passava por uma série de procedimentos para no fim das contas se tornar parte do papel que eu e você usamos todos os dias.
A fábrica, essencialmente, determinou muito da minha rotina e das minhas relações. Mas eu vivi isso de forma minimamente consciente. Ela estava lá e era visível. Para muitos dos leitores aqui, isso também deve ter sido verdade. Para outros, suspeito que não.
O que eu nunca tinha entendido era a fábrica como fenômeno histórico, social, político, econômico e, por que não?, psíquico.
Quem conseguiu materializar esse ponto essencial em palavras, como resultado de muito estudo e pesquisa – mas um tanto de sensibilidade também –, foi o Joshua B. Freeman, no seu livro que acaba de ser lançado no Brasil pela editora Todavia.
Embora possa parecer óbvio e irrelevante que as fábricas tenham sido importantes, Freeman mostra conexões e tendências globais que não necessariamente nós associamos às grandes fábricas. Ou, ao menos, não temos a chance de parar por algumas horas para pensar nelas.
Os grandes complexos industriais sumiram de vista? A indústria tomou outra forma ou simplesmente mudou de lugar?
Há um ponto de sua reflexão em Mastodontes que me incomoda. Ao trazer a discussão sobre para onde foi a produção, ele me parece demonizar o mercado financeiro como um ente por si só.
Como se sua desigualdade fosse algo intrínseco do mercado e não um sintoma de sua falta de democratização – abordagem que eu tendo a achar que afasta as pessoas que deveriam, na verdade, estar também ganhando dinheiro com boas estratégias de investimento.
Mas não precisamos achar tudo perfeito para recomendar uma leitura. Mastodontes é excelente.
O mercado financeiro, como lugar para onde eu gostaria de levar o maior número de pessoas enquanto investidoras pessoas físicas, não é uma função do mundo material.
Mas estar atento ao que te rodeia e entender relações econômicas, mesmo as globais, que podem (não necessariamente vão) impactá-lo, é um bônus que Freeman oferece e que eu fiz questão de trazer a esta coluna.
Admito que também é uma alegria para minha alma de historiadora não praticante.
David Beker, do Bank of America, mantém projeção otimista para os juros: corte de 0,50 p.p. em janeiro e Selic a 11,25% em 2026
Economista-chefe do BofA acredita que o Copom não precisa sinalizar no comunicado antes de fazer qualquer ajuste e mantém olhar otimista para a política monetária
Ficou sem luz? Veja quanto custa um gerador para sua casa
Com a falta de luz atingindo milhões, veja quanto custa investir em um gerador para manter sua casa funcionando durante apagões prolongados
Governo lança pacote “MEI em Ação” com novo app unificado, assistente virtual com IA e capacitações
O app Meu MEI Digital passa a reunir os serviços do Portal do Empreendedor com atalhos para formalização, alteração de dados e emissão de NF-e
Como comprar ingressos para Copa do Mundo 2026: nova fase abre hoje
Fifa abre nova fase de vendas da Copa do Mundo 2026; veja como se inscrever, participar do sorteio e garantir ingressos para acompanhar os jogos nos EUA, México e Canadá
Selic se mantém em 15% ao ano e Copom joga balde de água fria nos mercados ao não sinalizar corte nos juros
O Copom não entregou a sinalização que o mercado esperava e manteve o tom duro do comunicado, indicando que os cortes na Selic podem demorar ainda
Valor do novo salário-mínimo altera contribuição para MEI; veja quanto fica
O piso nacional será de R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026 e aumenta o valor da tributação dos microempreendedores individuais
Ceia de Natal 2025: veja os alimentos que mais tiveram alta nos preços
Com bacalhau, lombo e aves natalinas em alta, a ceia fica mais pesada no bolso; azeite e pernil registram queda
Aprenda com os bilionários: 5 hábitos financeiros de Elon Musk e Warren Buffett que podem te ajudar a construir patrimônio
Hábitos de bilionários como Warren Buffett, Elon Musk e Jeff Bezos mostram como visão de longo prazo, disciplina, diversificação e juros compostos podem impulsionar a construção de patrimônio
Este parque marcou uma geração, quase quebrou — e agora mira recuperar os tempos de ouro
Hopi Hari encerra recuperação judicial, reduz dívida e anuncia R$ 280 milhões em investimentos até 2028
Lei da água gratuita: as cidades e Estados onde bares e restaurantes são obrigados a oferecer água potável sem custo
Brasil vive um cenário fragmentado: leis estaduais caíram, outras sobreviveram, e um projeto nacional tenta unificar a regra
Por que o BTG espera que os lucros disparem até 17% no ano que vem — e que ações mais ganham com isso
Banco projeta lucro R$ 33,78 bilhões maior para empresas: parte dessa alta vem das empresas que vendem principalmente no mercado doméstico,pressionado com os juros altos
Penas menores para Bolsonaro e condenados pelo 8 de janeiro? Câmara dos Deputados aprova redução; confira o que acontece agora
O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados de tentativa de golpe de Estado, mas trecho foi retirado
Mega-Sena 2949 acumula e vai a R$ 38 milhões, enquanto Timemania salta para R$ 64 milhões; veja as loterias da Caixa
Hoje é dia de sorteios da +Milionária (R$ 11 milhões), da Quina (R$ 600 mil) e da Lotomania (R$ 1,6 milhão); amanhã entram em cena a Mega-Sena e a Timemania.
Câmara aprova regras mais rígidas contra devedor contumaz; texto vai para sanção de Lula
Quando a Fazenda identificar um possível devedor contumaz, deverá enviar notificação e conceder prazo de 30 dias para pagamento da dívida ou apresentação de defesa
O corte da Selic vem aí? Resposta do Copom estará nas entrelinhas do comunicado desta Super Quarta
Na última reunião do ano, mercado espera mudanças sutis no comunicado do comitê para consolidar apostas de cortes nos juros já em janeiro
Estes brinquedos já custam quase o mesmo que um smartphone da Samsung; veja a comparação
Modelos premium de Barbie, Lego e itens colecionáveis chegam ao varejo com preços que rivalizam com eletrônicos
Haddad crava: votação de projeto contra devedores contumazes deve acontecer nesta terça (9); ministro tenta destravar pauta fiscal
Haddad vê clima favorável na Câmara para avançar em medidas que reforçam a arrecadação e destravam o Orçamento de 2026
CNH sem autoescola aprovada: veja como será o novo processo e quanto você vai economizar
As novas regras da CNH sem autoescola, agora dentro do programa CNH do Brasil, reduzem custos, flexibilizam aulas e ampliam o acesso à habilitação
Com dividendos no radar, Prio (PRIO3) é a queridinha do BTG Pactual, mas preço-alvo cai
A atualização veio na esteira do Investor Day, quando a petroleira forneceu mais detalhes sobre o momentum operacional e as prioridades
Como vai funcionar a renovação automática da CNH para quem é bom motorista
Novas regras da CNH incluem renovação automática para bons condutores, provas mantidas, instrutores autônomos e queda de até 80% no custo da habilitação