Campos Neto: plano é tirar o governo de cena e colocar o setor privado no lugar
Queda do juro longo, reflexo da credibilidade da política econômica, permite fazer uma reinvenção do Estado brasileiro com dinheiro privado
Segundo o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, a queda das taxas de juros de longo prazo é o movimento mais importante da economia, pois agora temos a possibilidade de fazer uma reinvenção do Estado brasileiro com dinheiro privado.
O presidente participa de audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, onde explicou aos deputados que a taxa de retorno de projetos de infraestrutura gira entre 8,5% a 9%. Se a curva de juros de longo prazo está acima disso, não é possível financiar esses projetos com dinheiro privado.
Quando o juro longo era alto, disse ele, vivíamos em um ciclo negativo, com o governo tendo de financiar projetos, elevando a preocupação com a saúde fiscal, que resultava, novamente, em juro altos. Agora, esse ciclo foi quebrado.
Ainda de acordo com Campos Neto, estamos em um momento de crescimento mais lento, mas como ele tem e terá maior participação do setor privado, será um crescimento com melhor qualidade e maior eficiência.
Selic
Sobre a condução da política monetária, Campos Neto apenas repetiu a mensagem de que o cenário prescreve taxa de juros estimulativa e que a consolidação de um cenário benéfico para a inflação permitirá um ajuste adicional na Selic. Ampliando a transparência, disse ele, o Copom disse que esse ajuste deve ser de igual magnitude do corte anterior, de meio ponto percentual.
Sobre inflação, o presidente disse que ela está "baixa, controlada e rodando abaixo da meta". Além disso, as expectativas dos agentes de mercado estão todas ancoradas nas metas para os próximos anos.
Leia Também
Essa queda da inflação, reconheceu Campos Neto, é um fenômeno amplo no mundo e "isso nos permite fazer movimento de queda de juros mais eficiente"
Ainda de acordo com o presidente, a queda de juros está fazendo as pessoas a repensarem seus investimentos, com maior demanda por investimentos em bolsa e debêntures, por exemplo.
"Para o rentista, que vive de financiar o governo, está mais difícil", disse, complementando que a ideia é essa mesmo, reduzir cada vez mais a necessidade de financiar o governo, para que outros projetos tenham recursos.
Autonomia
Para defender o projeto de autonomia do Banco Central, Campos Neto apresentou um gráfico sobre o caso argentino e como a intervenção no BC de lá foi o “começo do fim”.

Perguntas e respostas
Campos Neto fez uma longa apresentação, de cerca de um hora. Nas perguntas, sem novidades, questionamentos sobre juros bancários, concentração, compulsórios (um deputado quer usar para construção civil) e reservas internacionais.
Sobre compulsórios, parcela de recursos que os bancos deixam depositadas no BC, Campos Neto explicou que não basta liberara esse recursos, temos de ter condições de mercado para que o dinheiro vire crédito.
No ano, o BC fez duas reduções que resultaram em R$ 20 bilhões liberados, mas apenas R$ 5 bilhões viram crédito, os R$ 15 bilhões estão em outras operações, como as compromissadas. Além disso, Campos Neto falou que o BC não pode, simplesmente pegar o dinheiro dos compulsórios, são recursos das instituições e seus correntistas.
No segundo bloco, Campos Neto fez um afago aos congressistas, dizendo que quem possibilitou juro abaixo de dois dígitos foram os deputados. "Se não tivesse votado teto de gastos e reforma da previdência não teria condições. Parabenizo a Casa bastante reformista", disse.
Na sequência, Campos Neto disse que quanto mais disciplinado fiscalmente, mais investimentos, mais credibilidade e mais fácil será essa reinvenção com o mundo privado.
"Ter tudo no mundo público nos custou muito caro. As empresas tinham uma agenda voltada a estar em Brasília, para ter negócios com o governo. O chefe das empresas deveria ser o consumidor", disse.
Ao comentar sobre câmbio, Campos Neto, explicou que para o BC o que importa é como a taxa de câmbio influencia o canal das expectativas. Neste ano, ressaltou o presidente, tivemos um fato praticamente inédito, com o dólar subindo e a inflação caindo. Além disso, tivemos queda no risco-país.
RIP, penny: Por que Donald Trump acabou com a moeda de um centavo de dólar nos EUA?
Mais de 250 bilhões de moedas de um centavo continuam em circulação, mas governo decidiu extinguir a fabricação do penny
Lotofácil 3538 tem 8 ganhadores, mas apenas 2 ficam milionários; Mega-Sena adiada corre hoje valendo R$ 100 milhões
Basta acumular por um sorteio para que a Lotofácil se transforme em uma “máquina de milionários”; Mega-Sena promete o maior prêmio da noite
Do passado glorioso ao futuro incerto: a reforma milionária que promete transformar estádio de tradicional clube brasileiro
Reforma do Caindé prevê R$ 700 milhões para modernizar o estádio da Portuguesa em São Paulo, mas impasse com a Prefeitura ameaça o projeto
Onde já é possível tirar a habilitação gratuitamente? Confira quais Estados já aderiram à CNH Social
Com a CNH Social em expansão, estados avançam em editais e inscrições para oferecer a habilitação gratuita a candidatos de baixa renda
Bolão paulistano fatura Quina e 16 pessoas ficam a meio caminho do primeiro milhão; Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões hoje
Prêmio principal da Quina acaba de sair pela terceira vez em novembro; Lotofácil acumulou apenas pela segunda vez este mês.
A família cresceu? Veja os carros com melhor custo-benefício do mercado no segmento familiar
Conheça os melhores carros para família em 2025, com modelos que atendem desde quem busca mais espaço até aqueles que preferem luxo e alta performance
Batata frita surge como ‘vilã’ da inflação de outubro; entenda como o preço mais salgado do petisco impediu o IPCA de desacelerar ainda mais
Mesmo com o grupo de alimentos em estabilidade, o petisco que sempre está entre as favoritas dos brasileiros ficou mais cara no mês de outubro
“O Banco Central não está dando sinais sobre o futuro”, diz Galípolo diante do ânimo do mercado sobre o corte de juros
Em participação no fórum de investimentos da Bradesco Asset, o presidente do BC reafirmou que a autarquia ainda depende de dados e persegue a meta de inflação
Governo Lula repete os passos da era Dilma, diz ex-BC Alexandre Schwartsman: “gestão atual não tem condição de fazer reformas estruturais”
Para “arrumar a casa” e reduzir a taxa de juros, Schwartsman indica que o governo precisa promover reformas estruturais que ataquem a raiz do problema fiscal
Bradesco (BBDC4) realiza leilão de imóveis onde funcionavam antigas agências
Cinco propriedades para uso imediato estão disponíveis para arremate 100% online até 1º de dezembro; lance mínimo é de R$ 420 mil
Maioria dos fundos sustentáveis rendeu mais que o CDI, bolsa bate novos recordes, e mercado está de olho em falas do presidente do Banco Central
Levantamento feito a pedido do Seu Dinheiro mostra que 77% dos Fundos IS superou o CDI no ano; entenda por que essa categoria de investimento, ainda pequena em relação ao total da indústria, está crescendo no gosto de investidores e empresas
Lotofácil 3536 faz o único milionário da noite; Mega-Sena encalha e prêmio acumulado chega a R$ 100 milhões
Lotofácil continua brilhando sozinha. A loteria “menos difícil” da Caixa foi a única a pagar um prêmio milionário na noite de terça-feira (11).
ESG não é caridade: é possível investir em sustentabilidade sem abrir mão da rentabilidade
Fundos IS e que integram questões ESG superaram o CDI no acumulado do ano e ganham cada vez mais espaço na indústria — e entre investidores que buscam retorno financeiro
O carro mais econômico do mercado brasileiro é híbrido e faz 17,5 km/l na cidade
Estudo do Inmetro mostra que o Toyota Corolla híbrido lidera o ranking de eficiência no Brasil, com consumo de 17,5 km/l na cidade
Mesmo com recordes, bolsa brasileira ainda está barata, diz head da Itaú Corretora — saiba onde está o ouro na B3
O Ibovespa segue fazendo história e renovando máximas, mas, ainda assim, a bolsa se mantém abaixo da média histórica na relação entre o preço das ações das empresas e o lucro esperado, segundo Márcio Kimura
A ‘porta dourada’ para quem quer morar na Europa: por que Portugal está louco para atrair (alguns) brasileiros
Em evento promovido pela Fundação Luso-Brasileira na cidade de São Paulo, especialistas falam sobre o “golden visa” e explicam por que este pode ser um “momento único” para investir no país
“O Agente Secreto” lidera bilheteria, mas não supera “Ainda Estou Aqui” no primeiro fim de semana nos cinemas
Filme supera estreias internacionais e segue trajetória semelhante à de “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles
Destino apontado como uma das principais tendências de viagem para 2026 no Brasil é conhecido por seus queijos deliciosos
Destino em alta para 2026, a Serra da Canastra é um paraíso de ecoturismo com cachoeiras, fauna rica e o tradicional queijo canastra
‘FLOP30’? Ausência de líderes na COP30 vira piada nas redes sociais; criação de fundo é celebrada
28 líderes de países estiveram na Cúpula dos Chefes de Estado da COP30. O número é menos da metade do que foi registrado em 2024
A bolha da IA vai estourar? Nada disso. Especialista do Itaú explica por que a inteligência artificial segue como aposta promissora
Durante o evento nesta terça-feira (11), Martin Iglesias, líder em recomendação de investimentos do banco, avaliou que a nova era digital está sustentada por sólidos pilares
