O presidente da Comissão Especial que analisa a Reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PR-AM) usou sua conta no “Twitter” para sugerir que o ministro da Justiça, Sergio Moro, se afaste do cargo em função do caso divulgado na noite de ontem sobre as conversas dele, quando juiz, com procuradores da Operação Lava Jato.
Ramos escreveu que: “O juiz Sérgio Moro certamente aconselharia o ministro Sérgio Moro a se afastar do cargo até que se concluam as investigações”.
Apesar de o deputado falar em “investigações” não há procedimento formal contra o ministro. O tuíte rendeu muitas manifestações pouco lisonjeiras para o deputado.
O juiz Sérgio Moro certamente aconselharia o ministro Sérgio Moro a se afastar do cargo até que se concluam as investigações.
— Marcelo Ramos (@marceloramosam) June 10, 2019
Mais cedo, Ramos tinha adotado uma postura mais construtiva, falando em responsabilidade de não deixar o caso contaminar o andamento da reforma da Previdência.
Os fatos envolvendo o ministro Moro, se confirmados, atentam contra o Estado Democrático de Direito, mas temos a responsabilidade de não deixar que contamine o andamento da Reforma da Previdência que seguirá o calendário definido pela Comissão.
— Marcelo Ramos (@marceloramosam) June 10, 2019
Na sexta-feira da semana passada, Ramos deu entrevista coletiva para fazer um balanço da primeira etapa dos trabalhos da comissão e disse que os prazos, agora, dependiam do tempo da política.
O evento que se aguarda para contagem de prazos regimentais é a apresentação do relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). A ideia original era apresentar na semana passada ou hoje. Com impasse sobre entrada ou não de Estados e municípios, o prazo tinha passado para amanhã, terça-feira, mas agora Moreira trabalha com quinta-feira.