Maia rebate Guedes, diz que Congresso blindou reforma das crises do governo e que R$ 900 bi “é muito para uma base tão pequena”
Declaração do presidente da Câmara foi dada a jornalistas após ele ter convocado uma coletiva de imprensa de última hora

Horas depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticar duramente o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) para a reforma da Previdência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rebateu as críticas e defendeu o texto, ressaltando que o Parlamento está blindado das crises que são geradas pelo poder Executivo, como a desta sexta-feira, 14. "O governo é uma usina de crises", disse.
E destacou: "Vamos aprovar a reforma da Previdência. Nós blindamos a reforma das crises que são geradas todos os dias pelo governo. Cada dia um ministério gerando uma crise. Hoje infelizmente foi meu amigo Paulo Guedes, numa crise desnecessária, num momento em que o Parlamento assumiu a responsabilidade pela reforma."
Maia disse que a Câmara quer garantir uma economia fiscal de R$ 900 bilhões em 10 anos.
A declaração de Maia foi dada a jornalistas após ele ter convocado uma coletiva de imprensa de última hora. O parlamentar deixou evento do qual participava em São Paulo para conversar com a imprensa.
Para o presidente da Câmara, o ministro Paulo Guedes não está sendo justo com o Parlamento, "que está comandando sozinho a articulação pela aprovação da reforma". "Se dependêssemos da articulação do governo, teríamos 50 votos, e não a possibilidade de ter 350, como temos hoje", afirmou.
Maia disse que é muito triste ver o ministro Paulo Guedes dando as declarações que deu hoje. "Na democracia, a coisa mais bonita é respeitar o adversário. E nisso o Guedes falhou", afirmou, lembrando que a sociedade elegeu 513 deputados. "Ali é a representação da sociedade", disse.
Leia Também
Fraude do INSS: oposição protocola pedido por CPI na Câmara; juiz manda quebrar sigilos
Mais do que você pode ter
Maia também afirmou que não concorda com a declaração dada por Guedes de que uma nova reforma terá de ser feita pelo próximo governo, em razão da redução da economia fiscal no relatório da comissão especial.
"Acho que ele (Guedes) está errado. R$ 900 bilhões é uma economia que está muito próxima de R$ 1 trilhão", disse. "R$ 900 bilhões é uma grande economia para um governo que não tem base", acrescentou.
E os militares, ein?
O presidente da Câmara rebateu também a crítica que Guedes fez à transição proposta para servidores no relatório de Samuel Moreira.
Maia ressaltou que quem atendeu a interesses de corporações foram o próprio Guedes e o presidente Jair Bolsonaro, quando elaboraram a transição para os militares. "A transição que Guedes propôs para militares é de 17%, além do tempo que falta. A nossa proposta é de 100% do tempo que falta. Então, quem fez transição que beneficiou corporações foram o ministro Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro", disse.
"A única pergunta que eu deixo aqui para ele é por que a transição dos militares (proposta pelo governo) é menor, é mais flexível, é mais leve do que a proposta pelo relator Samuel Moreira", disse. Maia fez as afirmações jornalistas após ter convocado uma coletiva de imprensa de última hora.
Aló, governadores
Rodrigo Maia disse que está mantida a projeção de votação da reforma da Previdência nos dois turnos do Plenário da Casa antes do recesso parlamentar, em julho. "Estou otimista", disse.
Segundo ele, o debate na comissão especial deve começar na terça-feira para que o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) seja votado até dia 26. "Há grande ambiente de aprovação da reforma, não vamos tirar o foco", disse.
A expectativa dele é que não haja mais desidratações. Segundo o deputado, ao contrário, a economia fiscal pode subir em R$ 350 bilhões se houver uma articulação "exitosa" para que os Estados sejam reinseridos na proposta. "Minha prioridade é garantir a economia fiscal de R$ 950 bilhões e trabalhar até o dia da votação para atrair os governadores", disse.
*Com Estadão Conteúdo.
Guido Mantega vai ficar de fora do conselho da Eletrobras (ELET3) e governo busca novo nome, diz jornal
Há cinco dias da assembleia que elegerá os membros do conselho da empresa, começa a circular a informação de que o governo procura outra opção para indicar para o posto
Eletrobras (ELET3) mantém presidente e diretoria executiva até 2027 em meio a disputa judicial
O processo de renovação do Conselho de Administração da Eletrobras faz parte do acordo que está em andamento com a União, devido a uma disputa judicial que corre desde 2023
Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Tabela progressiva do IR é atualizada para manter isento quem ganha até 2 salários mínimos; veja como fica e quando passa a valer
Governo editou Medida Provisória que aumenta limite de isenção para R$ 2.428,80 a partir de maio deste ano
Eletrobras (ELET3) convoca acionistas para aprovar acordo com governo federal e encerrar disputa
A União ingressou em 2023 com ação questionando dispositivo do estatuto da Eletrobras que limitou a 10% o poder de voto de qualquer acionista
Sai Durigan, entra Anelize: Banco do Brasil (BBAS3) convoca assembleia de acionistas para trocar 5 dos 8 membros do conselho; veja as indicações
Colegiado passará por mudanças depois de governo Lula ter manifestado a intenção de trocar liderança do conselho; reunião está marcada para 30 de abril do Banco do Brasil
Com eleições de 2026 no radar, governo Lula melhora avaliação positiva, mas popularidade do presidente segue baixa
O governo vem investindo pesado para aumentar a popularidade. A aposta para virar o jogo está focada principalmente na área econômica, porém a gestão de Lula tem outra carta na manga: Donald Trump
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Eleições 2026: Lula tem empate técnico com Bolsonaro e vence todos os demais no 2º turno, segundo pesquisa Genial/Quaest
Ainda segundo a pesquisa, 62% dos brasileiros acham que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026
A resposta de Lula às tarifas de Trump: Brasil pode pegar pesado e recorrer à OMC
O governo brasileiro estuda todas as opções para se defender das medidas do governo norte-americano e, embora prefira o diálogo, não descarta acionar os EUA na Organização Mundial do Comércio
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Brasil não aguarda tarifas de Trump de braços cruzados: o último passo do Congresso antes do Dia da Libertação dos EUA
Enquanto o Ibovespa andou com as próprias pernas, o Congresso preparava um projeto de lei para se defender de tarifas recíprocas
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
STF torna Bolsonaro réu por tentativa de golpe; o que acontece agora
Além de Bolsonaro, a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus sete aliados do ex-presidente
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil: o que muda para cada faixa de renda se proposta de Lula for aprovada
Além da isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, governo prevê redução de imposto para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil; já quem ganha acima de R$ 50 mil deve pagar mais
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Na presença de Tarcísio, Bolsonaro defende anistia e volta a questionar resultado das eleições e a atacar STF
Bolsonaro diz que, “mesmo preso ou morto”, continuará sendo “um problema” para o Supremo Tribunal Federal (STF)
Comissão confirma votação do Orçamento na próxima semana depois de suposto adiamento; entenda o que causou a confusão
Congresso vem sendo criticado pela demora na votação; normalmente, o orçamento de um ano é votado até dezembro do ano anterior