Primeira-ministra do Reino Unido anuncia que deixará o cargo
Theresa May disse na manhã desta sexta-feira que deixará o comando do Partido Conservador no dia 7 de junho; ela seguirá como primeira-ministra durante a escolha do próximo líder da sigla, que consequentemente será o próximo premiê
A primeira ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciou na manhã desta sexta-feira que deixará o comando do Partido Conservador no dia 7 de junho. Ela disse que seguirá como primeira-ministra durante a escolha do próximo líder da sigla, que consequentemente será o próximo premiê.
"Agora está claro para mim que é melhor para o interesse do País que um novo primeiro-ministro conduza esse esforço. Então hoje estou anunciando que vou renunciar como líder do partido Conservador na sexta-feira, 7 de junho", disse.
Ela lembrou que foi a segunda premiê da história do Reino Unido ao chegar ao poder em julho de 2016. Antes dela, apenas a também conservadora Margaret Thatcher havia ocupado esse cargo, entre 1979 e 1990.
May vinha sofrendo pressões do Partido Conservador para dar lugar a um novo líder que pudesse comandar o impasse sobre o Brexit — a saída do Reino Unido da União Europeia. A população britânica decidiu em 2016, em um referendo, pela saída do bloco, mas o movimento não tem sido fácil no Parlamento. May vinha sofrendo sucessivas derrotas na Casa.
Na última terça-feira, May acenou para um segundo referendo e arranjos comerciais mais estreitos com a UE. A rejeição foi forte. Tanto parlamentares do governista Partido Conservador quanto do opositor Partido Trabalhista criticaram o Projeto de Lei do Acordo de Retirada, ou WAB, a legislação que implanta os termos do rompimento britânico – e alguns intensificaram os esforços para afastar a líder.
"A segunda leitura proposta do WAB está claramente destinada ao fracasso, então não faz sentido perder mais tempo com a esperança fútil de salvação da primeira-ministra. Ela tem que partir", disse Andrew Bridgen, um parlamentar conservador, naquela ocasião à Reuters.
*Com informações da Reuters.
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