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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Seu Dinheiro no Domingo

Não teve FGTS, mas teve queijo artesanal e cenas explícitas de política

Presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, fez questão de comparecer à comemoração de 200 dias de governo para estender a mão ao presidente, mas gesto não teve resposta

Eduardo Campos
Eduardo Campos
21 de julho de 2019
11:07 - atualizado às 10:30
bolsonaro queijo
Degustação de queijos após Solenidade Alusiva aos 200 Dias de Governo Bolsonaro - Imagem: Alan Santos/PR

Antes mesmo da festa, já sabia que a atração principal estava cancelada. O esperado anúncio da liberação das contas ativas e inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não aconteceria mais na cerimônia para comemorar os 200 dias de governo Jair Bolsonaro. Ainda assim, vesti o terno e fui ao Palácio do Planalto na tarde de quinta-feira.

No fim das contas, sem afagos à população, a estrela do evento foi o queijo artesanal, alvo de um corrida à degustação ao fim do evento, e pude assistir a cenas explícitas de política entre os Poderes Executivo e Legislativo.

Além do queijo, quem roubou a cena foi o senador Davi Alcolumbre, alvo de um bem-humorado Bolsonaro, falando que o senador era seu amigo, apesar da gravata cor-de-rosa.

Política também se faz com gestos, e Alcolumbre não foi discreto nos seus. Ele lembrou que o Congresso está em recesso, mas que fazia questão de estar ali em nome dos 513 deputados e 81 senadores como demonstração de respeito e participação do Parlamento, tão criticado pelo presidente e sua base mais aguerrida durante boa parte desses 200 dias.

Bolsonaro e Alcolumbre
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto - Imagem: Alan Santos/PR

Alcolumbre foi lá para marcar presença e fazer a prestação de contas do Poder que preside, falando que Senado e Câmara tiveram a maior produção legislativa dos últimos 25 anos e destacar a importância do diálogo, do entendimento e da conciliação para ultrapassar as barreiras entre o Legislativo e o Executivo.

Para Alcolumbre, o Congresso está conciliado com o povo brasileiro, com a vontade do povo que elegeu Bolsonaro e o vice, general Mourão. A votação da reforma da Previdência na Câmara seria um sinal disso.

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Alcolumbre também foi lá para falar que não há caminho para um país melhor fora das avenidas da política. Ele clamou, novamente, por entendimento, por diálogo e pela busca de consensos. Pois só a política e os políticos têm as ferramentas para dar as respostas que 210 milhões de brasileiros estão esperando.

“Quero, no meu gesto de humildade, cumprimentar vossa excelência, que busca mais acertar que errar, e dizer que tem no Congresso o esteio da democracia. Só o fortalecimento das instituições, Judiciário, Executivo e Legislativo. Só com essas instituições fortes, poderemos dizer que vivemos em uma democracia consolidada e que estamos cumprindo nosso papel”, disse, reforçando um ponto já abordado por Rodrigo Maia no dia da votação da Previdência.

No fim, o emissário do Legislativo levantou a bandeira branca: “Minha presença aqui é para estender a mão ao Executivo e deixar claro que não tem vaidade entre o Parlamento e o Executivo, mas união de homens e mulheres de bem, de mão dadas trabalhando para os brasileiros.”

Mas Bolsonaro não estendeu a mão de volta. O presidente optou por falar de si, de como andou sozinho pelo país e de como é um super-homem sentado em uma cadeira de criptonita.

O presidente preferiu seguir falando apenas para o seus, comemorando o fim de um vestibular exclusivo para transgêneros e que não se pode dar dinheiro público para filmes como o da Bruna Surfistinha.

Correto, mas limitado. Ainda mais para quem já se lançou candidato à reeleição, com 200 dias do primeiro mandato. É uma boa estratégia manter sua base de apoio mais aguerrida sempre próxima e pronta para o ataque. Mas apenas esse eleitorado não vai garantir mais quatro anos no Planalto, como não garantiu os primeiros quatro.

O anti-petismo formou um arco mais amplo de gente na eleição passada e esse sentimento de que basta ser contra os vermelhos começa a se diluir diante da própria incapacidade dos petistas e demais siglas de oposição de evoluírem. O inimigo não é mais vermelho, esses estão afogados na própria burrice. Os 379 votos na Previdência mostraram isso.

Mas o presidente não parece disposto a capitalizar essa guinada do pêndulo da história para a centro-direita. Ele vem se esquecendo de falar ao centro, que é maioria na sociedade e, não por acaso, no Parlamento.

O Congresso e suas lideranças parecem ter entendido esse movimento. Já abraçaram a Previdência e ditaram a agenda de reformas para o restante dos anos.

O Congresso foi até o Palácio do Planalto estender a mão ao presidente. Seria de bom tom ele retribuir o gesto se não quiser virar uma rainha da Inglaterra, como já disse temer.

Os donos do dinheiro também já entenderam isso. Não por acaso fazem mais esforço para ter uma reunião com Maia e Alcolumbre do que com o próprio presidente.

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