Guedes diz que Brasil está “bem atrasado” nas possibilidades de comércio com a Índia
Ministro também qualificou como “especial” o fato de a China e a Índia serem, atualmente, os países indutores do crescimento global
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, 13, que o Brasil está "bem atrasado" nas possibilidades de comércio com a Índia. Segundo ele, o fluxo comercial brasileiro com o país gira em torno de US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões, o que "é muito pouco".
"É o que era com a China 20 anos atrás. Estamos conversando sobre isso, (sobre) como aumentar este fluxo de comércio", afirmou Guedes. "A maior possibilidade de integração de comércio agora é com a Índia."
O ministro também qualificou como "especial" o fato de a China e a Índia serem, atualmente, os países indutores do crescimento global. Ao mesmo tempo, ele lembrou que o Brasil ficou "isolado por 40 anos", o que prejudicou o País.
"Estamos agora em uma estrada para a prosperidade", disse Guedes no início de sua fala em evento em Brasília. "A globalização nos últimos 20 ou 30 anos tem sido um fenômeno grandioso. Isso explica a maioria das incertezas e também da prosperidade", defendeu.
Guedes afirmou que a indução do crescimento global pela China e pela Índia faz com que haja uma mudança do "mundo ocidental" para o "mundo oriental". "Um dia, essas economias já foram fechadas, e agora elas estão se abrindo para o mundo, aumentando o padrão de vida de forma fantástica. O PIB da China cresceu muito. Há 20 anos, o PIB do Brasil e da China era quase o mesmo" exemplificou.
Em seu discurso, Guedes também pontuou que a China "não teve medo" de entrar no comércio global. O ministro citou ainda a África que, segundo ele, se transformou em um "continente de esperança" e cresce mais que a América Latina.
Leia Também
Integração global
O ministro da Economia defendeu que um dos erros do Brasil nos últimos anos foi ficar "de costas para a integração global". Durante evento do Banco dos Brics em Brasília, Guedes afirmou que uma das consequências é a piora do padrão de vida dos brasileiros.
"Nosso padrão de vida está piorando, enquanto o outro lado do mundo sobe", disse o ministro.
Durante seu discurso, Guedes destacou principalmente o avanço econômico verificado na China e na Índia - dois dos cinco integrantes dos Brics. "Uma das coisas que fazemos errado é ficarmos de costas para a integração global."
Guedes afirmou que o Brasil quer se integrar com o restante do mundo e citou conversas com a China sobre a possibilidade de uma área de livre comércio. Ao mesmo tempo, ele não descartou acordos com outros países ou blocos. "Se pudermos passar para a área de livre comércio com outras áreas do mundo, também queremos", afirmou. "Queremos nos integrar. Vamos fazer 40 anos em quatro", acrescentou.
O ministro participou nesta quarta do seminário "O NDB e o Brasil: Parceira Estratégica para o Desenvolvimento Sustentável", promovido em Brasília. O evento ocorreu por ocasião da XI Cúpula dos Brics, que reúne os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês) é também conhecido como o "Banco dos Brics".
Maior fluxo de investimentos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, 13, que o governo busca um maior fluxo de investimentos para o País. "Nos preocupamos se o Brasil está ficando para trás", disse Guedes, durante evento do Banco dos Brics, em Brasília.
Em sua fala, o ministro citou oportunidades de investimentos em diferentes áreas no Brasil, como as de portos, ferrovias, rodovias e aeroportos. Segundo ele, o Programa de Parceiras de Investimentos (PPI) é uma excelente landing place (área de pouso) para investimentos estrangeiros. "Temos à frente a revolução da energia barata, o gás natural", citou Guedes.
Além de defender mais investimentos no País, Guedes citou em vários momentos do discurso a importância de o Brasil aumentar sua integração no mercado internacional. "O comércio internacional está tirando a população global da miséria. Está todo mundo melhorando o padrão de vida quando entra na integração", disse.
Pagamentos a órgãos internacionais
O ministro da Economia sinalizou que o Brasil cumprirá com os pagamentos devidos a órgãos internacionais. Durante evento do Banco dos Brics, ele afirmou que, "por um tempo", o Brasil fingiu que pagava suas obrigações no banco, enquanto o banco fingiu que emprestava recursos ao País.
De acordo com o ministro, nos últimos anos o Brasil tem recebido menos dinheiro do banco que outros países que fazem parte do grupo dos Brics, como a África do Sul. "Estamos conversando sobre isso. Temos que estar mais presentes."
O ministro afirmou ainda que a participação do Banco dos Brics no País não se resume ao financiamento, incluindo também a experiência com projetos de infraestrutura. "As portas estão abertas para que o Banco dos Brics traga inteligência no design de projetos", comentou.
Novas tecnologias
Guedes afirmou que o terceiro nível de integração do Brasil com os países dos Brics está ligado às novas tecnologias. "O Brasil perdeu alguns estágios das revoluções industriais. Mas curiosamente o País é um dos três ou quatro maiores mercados digitais do mundo", disse.
Destacou que esta característica poderá trazer negócios e parcerias para o Brasil no mundo digital. "Há muito o que aprender, cooperar, nesta terceira dimensão também", disse. Além da dimensão digital, Guedes havia citado em sua apresentação a dimensão do comércio e a dimensão do investimento.
O investimento é, segundo ele, a questão mais importante atualmente para o Brasil. "O que nós mais precisamos hoje? Investimento, investimento, investimento", repetiu.
Custo da energia
O ministro da Economia afirmou que a intenção do governo é derrubar o custo da energia no Brasil "em 30% ou 40% nos próximos dois anos". Ele defendeu ainda a adoção de marcos regulatórios mais eficientes, para atrair investimentos para o Brasil.
"A cessão onerosa não é um bom marco institucional. Teremos que mudar", citou Guedes, lembrando que no leilão promovido no início de novembro diversas companhias internacionais ficaram de fora da disputa pela cessão onerosa.
"Do que adianta US$ 3 bilhões para operar um porto, se depois não sobram recursos para investir?", exemplificou Guedes, ao tratar da regulação brasileira de maneira geral. "O objetivo não deve ser maximizar a arrecadação e minimizar o investimento futuro", acrescentou. "Vamos para marcos regulatórios mais eficientes."
'Dançar com todos'
O ministro afirmou ainda que todos os investidores são bem vindos ao Brasil. Alternando seu discurso com frases em português e inglês, em função da plateia, Guedes afirmou que o País está "em festa". "Vamos dançar com todos. Estamos abertos a negócios", disse.
Guedes destacou que um dos objetivos do governo é elevar o padrão de vida e o poder de compra da população. Segundo ele, hoje o Brasil tem fontes de energia baratas que, no entanto, chegam a preços elevados às empresas e aos consumidores. "A energia chega cara ao consumidor por conta de ineficiência do governo", avaliou.
O ministro afirmou ainda que a participação do Banco dos Brics no País não se resume ao financiamento, incluindo também a experiência com projetos de infraestrutura. "As portas estão abertas para que o Banco dos Brics traga inteligência no design de projetos", afirmou.
Paulo Guedes participou do seminário "O NDB e o Brasil: Parceira Estratégica para o Desenvolvimento Sustentável", promovido em Brasília. O evento ocorreu por ocasião da XI Cúpula dos Brics.
O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês) é também conhecido como o "Banco dos Brics".
*Com Estadão Conteúdo.
Caso Master: Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central vão depor frente a frente no STF
O objetivo é esclarecer as diferentes versões dos envolvidos na tentativa de compra do Banco Master pelo BRB
Das 4 praias mais limpas do Brasil, as 3 primeiras ficam em ilhas — e uma delas no sudeste
Entre as praias mais limpas do Brasil, três estão em ilhas e apenas uma fica no Sudeste, com critérios rigorosos de preservação ambiental
ACSP aciona Justiça Federal para garantir isenção de Imposto de Renda sobre dividendos de micro e pequenas empresas
A medida é uma reação às mudanças trazidas pela Lei nº 15.270, que alterou as regras do IR
Primeiro foguete comercial lançado pelo Brasil explode no céu; ações de empresa sul-coreana derretem
Após uma série de adiamentos, o Hanbit-Nano explodiu logo após a decolagem no Centro de Lançamento de Alcântara e derrubou as ações da fabricante Innospace
Bancos funcionam no Natal e no Ano Novo? Veja o que abre e o que fecha
Bancos, B3, Correios e transporte público adotam horários especiais nas vésperas e nos feriados; veja o que abre, o que fecha e quando os serviços voltam ao normal
Com atenção voltada para prêmio bilionário da Mega da Virada, Lotofácil abre semana fazendo um novo milionário
Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores ontem; prêmio principal da Super Sete foi dividido por dois apostadores
Ano eleitoral, juros menores e Ibovespa em alta: o que esperar da economia brasileira em 2026
Cenário global favorável para mercados emergentes deve ajudar o Brasil, e trade eleitoral será vetor importante para guiar os investimentos no próximo ano
Só 1 em cada 10 praias de São Paulo está imprópria para banho no início do verão; veja onde
Levantamento da Cetesb mostra melhora em relação ao ano passado e aponta que apenas 1 em cada 10 praias paulistas tem restrição para banho
Brasil tem hoje a última chance de lançar primeiro foguete comercial
Após quatro adiamentos por falhas técnicas, clima e problemas em solo, o Hanbit-Nano, primeiro foguete brasileiro comercial tem nesta segunda-feira a última janela para decolar do Centro de Lançamento de Alcântara
Mega-Sena interrompida: agora toda aposta vale apenas para o bilionário sorteio da Mega da Virada
Mega da Virada vai sortear pela primeira vez na história um prêmio de R$ 1 bilhão; sorteio está marcado para a noite de 31 de dezembro
Final da Copa do Brasil: veja o horário e onde assistir a Corinthians x Vasco
Após empate sem gols no jogo de ida, Corinthians e Vasco decidem o título da Copa do Brasil neste domingo, no Maracanã, com premiação milionária em jogo
“Nossos países não têm mais 10 anos a perder”: para Milei, lentidão do Mercosul é o que está travando acordos com a UE
Na cúpula do Mercosul, presidente argentino acusa o bloco de travar o comércio com burocracia, diz que acordos não avançam e defende mais liberdade para negociações individuais
Mega da Virada em R$ 1 bilhão: prêmio estimado bate os oito dígitos pela primeira vez
Ninguém levou o prêmio de R$ 62 milhões do último sorteio da Mega Sena neste ano, no concurso 2953, que foi a jogo ontem (20). Prêmio acumulou para Mega da Virada
Enquanto União Europeia ‘enrola’ Mercosul vai atrás do próximos na fila para acordos comercias; veja
Enquanto acordo com a UE segue emperrado, bloco aposta em Emirados Árabes, Ásia e Américas para avançar na agenda comercial
Último sorteio da Mega-Sena: R$ 62 milhões vão a jogo hoje no concurso 2.954. Depois, só a Mega da Virada
O concurso 2.954 da Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (20) prêmio estimado de R$ 62 milhões. A partir de amanhã as apostas se concentram na Mega da Virada
Com R$ 1,82 trilhão só para pagar juros da dívida e R$ 61 bilhões para emendas, veja os detalhes do Orçamento para 2026
Texto aprovado pelo Congresso prevê despesas de R$ 6,5 trilhões, meta de superávit e destina quase um terço do orçamento fiscal ao pagamento de juros da dívida pública
Silvio Santos vira nome de rodovia em São Paulo — e o trecho escolhido não foi por acaso
Lei sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas rebatiza trecho da Rodovia Anhanguera, entre São Paulo e Jundiaí, em homenagem ao comunicador e empresário
Banco Central se precipitou com a liquidação do Banco Master? TCU dá 72 horas para o regulador se explicar
O Tribunal de Contas da União requer esclarecimentos do Banco Central sobre a decisão de liquidar o Banco Master; entenda
Inflação da ceia de Natal 2025 surpreende e reforça a importância de pesquisar preços
Estudo da FGV aponta variação quase nula nos itens natalinos em 12 meses; alimentos básicos recuam, proteínas seguem em alta e presentes voltam a encarecer após dois anos de alívio
Prazo para quitar a segunda parcela do décimo terceiro (13º) termina hoje; saiba como calcular
Data limite se encerra nesta sexta-feira (19); empresas que atrasarem podem ser multadas; valor é depositado com descontos de INSS e Imposto de Renda