Empresas devem esperar Previdência para retomar ofertas de ações (IPOs) na bolsa, diz Anbima
Para a associação que representa as instituições que atuam no mercado de capitais, há um potencial para algo entre 20 e 30 operações, em um cenário de aprovação da reforma

Se você acha que o mercado de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) anda meio devagar neste começo de ano, não se trata apenas de impressão. A maior parte das empresas deve aguardar uma maior definição sobre a aprovação da reforma da Previdência antes de retomar os planos de captar recursos com a venda de suas ações a investidores.
A avaliação foi feita por executivos da Anbima, associação que representa as instituições que atuam no mercado de capitais, durante um almoço promovido hoje com a imprensa.
Enquanto a reforma da Previdência não sai, algumas empresas podem aproveitar alguma janela de oportunidade e tentar algo antes. Mas o grande salto só deve acontecer quando a aprovação da nova Previdência estiver consolidada, segundo Sergio Goldstein, presidente do comitê de finanças corporativas da Anbima e executivo do Itaú BBA.
"Já começamos a ver as empresas se movimentando e o pipeline [negócios em andamento] dos bancos é robusto, comparado com os bons anos do mercado", disse.
Apesar do bom momento vivido pela bolsa neste início de ano, apenas a rede de varejo esportivo Centauro entrou com pedido de registro de IPO até o momento.
Goldstein afirmou que é difícil estimar um número de ofertas que podem acontecer neste ano, mas disse que há um potencial para algo entre 20 e 30 operações, em um cenário de aprovação da Previdência.
Leia Também
Para o presidente da associação, Carlos Ambrósio, um passo importante para melhorar a regulação das ofertas públicas, incluindo IPOs, foi dado nesta semana pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A xerife do mercado de capitais soltou uma deliberação que permite às empresas pedir a confidencialidade do pedido de registro das operações e também a possibilidade de realização de ofertas no período imediatamente anterior à divulgação de balanços pelas companhias.
Renda fixa
Enquanto as ofertas de ações ainda patinam, o mercado de renda fixa privada tomou a dianteira nos últimos anos, e não deve ser diferente em 2019, de acordo com a Anbima.
As emissões de títulos de dívida como debêntures ganharam corpo com a redução da taxa básica de juros (Selic), que força os investidores a buscarem aplicações mais rentáveis, e a redução do tamanho do BNDES.
"Se pensarmos que o volume total de emissões foi de R$ 200 bilhões no ano passado, sendo R$ 40 bilhões em debêntures de infraestrutura, em relação ao total de crédito, ainda temos muito a avançar", afirmou José Eduardo Laloni, vice-presidente da Anbima.
Fundos de investimento têm captação líquida recorde no 1º semestre, no valor de R$ 206 bilhões
Desempenho da indústria de fundos no primeiro semestre de 2021 mostra que crise do coronavírus ficou para trás no setor; fundos de renda fixa e multimercados lideram a captação
Brasil vive ‘boom’ de gestoras de recursos
De janeiro a março, Anbima registrou 27 novas gestoras
Ainda tímido, investimento no exterior ganha espaço nas carteiras dos fundos no 1º tri
Alta do dólar levou investimentos no exterior a crescerem 45% nas carteiras dos fundos até fevereiro; multimercados investimento no exterior tiveram, no trimestre, melhor retorno dos últimos dois anos
Brasileiro arriscou e diversificou mais os investimentos em 2020
Poupança seguiu soberana no ano passado, mas ganhou impulso por causa do auxílio emergencial, segundo dados da Anbima
Aplicações de pequenos investidores têm alta recorde no acumulado do ano
Volume investido pelo segmento de varejo tradicional viu crescimento de quase 16% em 2020 até o final de setembro; valor aplicado pelas pessoas físicas chegou a R$ 1,12 trilhão
Volume de IPOs em outubro é o maior do ano em termos absolutos, diz Anbima
Ao todo, 16 companhias abriram o capital no período, além de cinco com ofertas precificadas mas não encerradas até o mês passado.
Fundos perdem a preferência do investidor pessoa física na crise
Enquanto a bolsa e até a poupança batem recordes, os fundos registraram resgates líquidos de R$ 27,5 bilhões de pessoas físicas no acumulado de 2020 até agosto, de acordo com dados da Anbima
Apesar da pandemia, volume de ofertas de ações e número de IPOs apresentam crescimento em 2020
Nos três primeiros trimestres, volume de ofertas de ações cresceu 20% ante o mesmo período do ano passado; queda na captação de empresas se deu pelo lado da renda fixa
Gestora Atmos passa a deter 6,68% das ações preferenciais do Inter
Fundo passou a deter cerca de 25,3 milhões de papéis PN do Inter
Poupança ganhou espaço na carteira do investidor de varejo no 1º semestre – e a culpada é a pandemia
Pagamento do auxílio-emergencial e busca de um porto seguro na crise acabaram fazendo a poupança avançar no semestre, mesmo em um cenário de juros baixos e cadentes
Investidores locais têm perda de R$ 170 bilhões em março em meio à pandemia
A maior queda no volume financeiro dos investidores do varejo tradicional ocorreu nos fundos de investimento, passando de R$ 151,1 bilhões para R$ 143,4 bilhões
Investidor resgata R$ 405 milhões de fundos de ações na semana
Com o resultado, os fundos de ações passaram a acumular resgate líquido de R$ 11 milhões em abril, ou R$ 1,2 bilhão incluindo os fundos de índice (ETF)
Fundos imobiliários e de ações voltam a aumentar presença no varejo em 2019; já os de renda fixa seguem caminho inverso
Na avaliação do presidente da Anbima, José Rocha Neto, a tendência é que o movimento de migração para a renda variável continue, por conta dos indicadores internos macroeconômicos
Ações de pequenas empresas têm melhor resultado
Em um cenário de juros baixos e com sinais de recuperação da economia, o mercado de ações toma a dianteira entre os investimentos com melhor rendimento
Fundos de investimento podem abrir as portas de uma festa para a qual não te convidaram
Ofertas públicas de ações, debêntures e outros ativos estão bombando, mas boa parte delas não é aberta às pessoas físicas. Mas você pode conseguir pegar carona num fundo de investimento…
Fundos imobiliários e ações já têm captação recorde em 2019
Volumes captados por fundos imobiliários e ofertas de ações até novembro deste ano já são os maiores das suas séries históricas, segundo dados da Anbima
Captação em mercado das empresas atinge recorde de R$440 bilhões, diz Anbima
A renda variável foi destaque, com R$ 78,3 bilhões em captações realizadas por meio de follow on e IPOs, de janeiro a novembro, contra R$ 11,3 bilhões no mesmo período de 2018
Indústria de fundos levanta R$ 228,1 bilhões até novembro e encosta no recorde de 2017
Fundos de ações chegaram a uma captação líquida de R$ 67,5 bilhões, quase três vezes ante o mesmo intervalo de 2018 e se destacaram como a classe que mais atraiu recursos até novembro
Mercado financia 34% do investimento no país. Maior fatia desde 2010
Operações como emissões de ações e debêntures somam R$ 282 bilhões entre janeiro e setembro e expectativa é de crescimento
Multimercados turbinam os fundos de investimento no ano
Entre as categorias de multimercados, a que teve mais captação foi a livre, responsável por R$ 32,3 bilhões até o último mês