Os melhores e piores investimentos de maio: esse mês foi louco!
Bitcoin foi o melhor investimento do mês, com alta de mais de 60%; mas nos mercados tradicionais, títulos de renda fixa prefixados e atrelados à inflação foram os grandes vencedores de maio
Ufa! Maio finalmente terminou. Para quem olha o ranking dos melhores investimentos do mês, em que praticamente todos os ativos de mais risco - até as ações - se saíram bem, pode até parecer que o mês foi uma tranquila viagem de trem, quando na verdade esteve mais para uma montanha-russa muito emocionante.
Quem disparou mesmo na frente em maio foi o bitcoin, ativo muito pouco correlacionado como todos os altos e baixos que vimos durante o mês, tanto no cenário doméstico quanto internacional. A criptomoeda subiu mais de 60% no mês, acumulando uma alta de nada menos que 135% no ano.
Entre os investimentos mais tradicionais, os investidores de renda fixa têm muito a comemorar. Os títulos públicos prefixados e atrelados à inflação deram retornos formidáveis, entre 3% e 10%, mais ou menos. Destaque para os papéis de mais longo prazo.
Quem sobreviveu na bolsa venceu a “maldição de maio” e saiu com retornos positivos, ainda que modestos, tanto nos fundos imobiliários quanto nas ações. Foi a primeira vez que o Ibovespa teve um mês positivo no mês de maio desde 2009. Quem só vê a fotografia dos retornos dos ativos de risco no mês e no ano pode nem imaginar todos os ataques cardíacos que estiveram por trás deles.
A renda fixa mais conservadora (títulos atrelados à Selic) e a caderneta de poupança vêm nas últimas colocações do ranking, que é fechado pelo dólar. A moeda americana ultrapassou os R$ 4 no mês, mas fechou em queda, a R$ 3,94, segundo a cotação PTAX.
Os melhores investimentos de maio

Leia Também
Final da Copa do Brasil 2025: veja o horário e onde assistir a Corinthians x Vasco
Do tsunami ao céu azul
Maio já começou tenso, o que indicava que faria jus à sua fama de mês amaldiçoado dos mercados. O Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, manteve os juros e deu o tom de que não os baixaria no curto prazo, o que já derrubou a bolsa e pressionou dólar e juros (inclusive os de longo prazo). A primeira semana do mês também foi marcada pela estreia de uma nova carteira do Ibovespa, que passou a incluir os papéis da Azul e do IRB.
As duas semanas seguintes foram um verdadeiro mar de sangue. O recrudescimento da guerra comercial entre Estados Unidos e China abalou as bolsas americanas e contaminou os mercados globais.
Tudo começou com provocações do presidente americano Donald Trump aos chineses pelo Twitter e a elevação, pelos EUA, de tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, de 10% para 25%. A China, por sua vez, retaliou anunciando uma elevação de tarifas sobre US$ 60 bilhões em produtos americanos a partir de 1º de junho.
Na segunda semana do mês, o presidente Jair Bolsonaro também deu uma declaração enigmática de que, na semana seguinte, teríamos um tsunami - e ninguém sabia exatamente a que ele estava se referindo. Mas na semana de 13 a 17 de maio, a profecia se concretizou, e tivemos uma verdadeira tsunami nos mercados.
Embora Trump tenha anunciado a restrição de algumas empresas chinesas nos EUA, o tom da guerra comercial baixou e os mercados externos deram uma acalmada, inclusive reagindo positivamente a dados de robustez da economia americana.
Mas por aqui, a coisa azedou muito. Diversos acontecimentos ao longo da semana apontaram para uma fraqueza do governo Bolsonaro e uma falta de articulação política que poderia dificultar a aprovação da reforma da Previdência.
De um lado, troca de farpas entre integrantes do governo e congressistas, entre parlamentares da base ou mesmo fogo amigo destes em relação ao presidente. Do outro, novas denúncias contra o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, e protestos populares contra o contingenciamento dos gastos com educação, que levou à convocação do ministro Abraham Weintraub para prestar esclarecimentos no Congresso.
Somaram-se a isso novas revisões para baixo para as estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A semana foi coroada com Bolsonaro compartilhando um texto sobre ingovernabilidade no Whatsapp.
Nesse cenário de tsunami - ou seria de tempestade perfeita? - a bolsa despencou até chegar no patamar de 89 mil pontos, acumulando uma queda de 6% no mês.
Os investidores buscaram proteção no dólar, que já vinha em alta desde a semana anterior com o imbróglio da guerra comercial. A moeda americana fechou a semana em R$ 4,10 no mercado à vista. Quem precisou comprar dólar para viajar se deu mal. Tinha cotação em cartão pré-pago chegando a R$ 4,60 em São Paulo.
Nas duas últimas semanas do mês, no entanto, o clima virou completamente. Em Brasília, governo e Congresso começaram a dar sinais de maior sintonia. Medidas Provisórias que corriam risco de caducar, como a da reforma administrativa e a da abertura das companhias aéreas à entrada de capital estrangeiro, tiveram andamento.
Deputados e senadores começaram a dar sinais de maior disposição em relação às pautas econômicas do governo, o que reacendeu nos mercados a percepção de que a reforma da Previdência não vai sofrer maiores alterações na comissão especial da Câmara.
Esta última semana do mês começou com uma boa reação dos mercados locais aos protestos populares a favor de Bolsonaro e das pautas do governo no último final de semana, entendidos como sinal de força do presidente, porém sem desgastar mais ainda a relação do Executivo com o Congresso.
Com toda essa percepção positiva, a bolsa voltou a andar, e o dólar perdeu pressão. Os juros futuros, que subiram no início do mês com o aumento da aversão a risco, voltaram a cair. Na terça-feira (28), o Ibovespa finalmente zerou as perdas do mês, depois que Bolsonaro e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre, e do Supremo, Dias Toffoli, anunciaram que firmariam um “pacto pelo Brasil” para a retomada do crescimento.
O tom conciliador de Maia, na última semana, também ajudou no aumento do otimismo dos agentes financeiros. Ele disse que pediria ao relator da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, Samuel Moreira, que apresentasse seu parecer antes de 15 de junho, para que a proposta seja votada no plenário da Casa ainda no primeiro semestre.
Assim, apesar de os mercados externos terem continuado apreensivos com a indefinição quanto à guerra comercial - o que levou as bolsas americanas a fecharem o mês em queda e honrarem o ditado “Sell in May and go away” (“Venda em maio e vá embora”) -, por aqui predominou o otimismo, e o Ibovespa conseguiu fechar com leve alta de 0,70%.
Fortes emoções também na renda fixa
Os juros caíram um bocado na segunda quinzena, em razão não apenas do retorno do otimismo e da queda do dólar, mas também pelo aumento da percepção, por parte dos investidores, de que o Banco Central pode vir a cortar os juros no curto prazo, em razão da nossa cambaleante economia.
Afinal, durante o mês as expectativas para o crescimento do PIB neste ano continuaram sendo revisadas para baixo, e a divulgação do PIB do primeiro trimestre mostrou retração da economia, de 0,2%, nos três primeiros meses do ano.
O resultado foi um ganho formidável para os títulos de renda fixa que se beneficiam das perspectivas de queda de juros, os prefixados e os atrelados à inflação. Os ganhos foram maiores nos papéis de longo prazo, mais voláteis, que viram um sobe e desce digno de bolsa neste mês. Expectativa de queda de juros também beneficia os investimentos em ações e em fundos imobiliários.
E o bitcoin, hein?
Bem, a alta do bitcoin no mês não teve muito a ver com toda essa bagunça, já que a criptomoeda tem um desempenho um tanto descorrelacionado dos mercados tradicionais.
A valorização recente pode ter a ver com um fenômeno chamado halving, que ocorrerá no ano que vem e parece ter relação com a alta do bitcoin. O halving consiste na redução pela metade da recompensa dada aos mineradores de bitcoin, para controlar o suprimento do ativo, cuja oferta precisa ser limitada.
Quem brilhou entre as ações
A maior alta da bolsa no mês ficou por conta da Gol (GOLL4), que subiu 25,76%, beneficiada pela derrocada da Avianca e a aprovação da MP que libera a participação de capital estrangeiro nas companhias aéreas. Ambos os fatos beneficiaram também a Azul (AZUL4), que apareceu na oitava colocação do ranking das maiores altas.

Já a Suzano (SUZB3) lidera o ranking dos piores desempenhos, com queda de 21,41%, após divulgar resultados bem abaixo do esperado no primeiro trimestre. As perspectivas para o setor de celulose como um todo estão ruins, pois a demanda da China não se recuperou como esperado. Além disso, os estoques da Suzano permanecem altos. A queda do dólar também prejudicou a empresa, que é exportadora.

Renegados? Veja os números que menos saíram na Mega da Virada
Histórico da Mega da Virada mostra os números que menos saíram no sorteio especial da Caixa
Teimosia faz um novo milionário na Quina em dia de bola na trave na Lotofácil, na Mega-Sena e na Timemania
Quina foi a única loteria da Caixa a pagar um valor milionário ontem, mas os prêmios de consolação da Mega-Sena, da Timemania, da Lotofácil e da Dia de Sorte deixam pouca margem para reclamação
Bolsa Família paga parcela de dezembro hoje para NIS final 6; veja o calendário do programa
Depósito do bolsa família ajuda a reforçar o orçamento em um mês de despesas maiores.Veja quem recebe e como consultar o valor
Queda da Selic em janeiro e juros a 11,5% em 2026: Fábio Kanczuk, ex-BC, diz que Copom “tirou todas as amarras” para iniciar ciclo de cortes
Segundo ele, o afrouxamento deve acontecer em janeiro do ano que vem, momento no qual o dólar estará sendo negociado abaixo de R$ 5,40
O primeiro foguete comercial brasileiro vai para o espaço — enquanto cometa 3I/ATLAS se aproxima da Terra
Brasil abre janela para o lançamento do primeiro foguete comercial a partir de Alcântara, em meio à passagem do cometa 3I/ATLAS
O que a Inteligência Artificial (IA) e a transição energética têm em comum? Ambas estão levando este metal a atingir preços jamais vistos
Ambos os temas, que podem nem sempre entrar em intersecção, têm exercido uma pressão quase simultânea nos preços do cobre, que vêm renovando máximas históricas em 2025
Ata do Copom: BC diz que manutenção da Selic em nível ‘contracionista por período bastante prolongado’ é a estratégia correta
Os membros do comitê concluíram que “a estratégia em curso, de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado, é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta”
Lotofácil abre semana com um novo milionário; Mega-Sena corre hoje valendo R$ 52 milhões, mas pode ser superada pela Timemania
Ganhador ou ganhadora do concurso 3563 da Lotofácil efetuou sua aposta por meio dos canais eletrônicos da Caixa Econômica Federal
Bolsa família de dezembro é pago hoje para NIS final 5
O programa segue o calendário escalonado e é feito conforme o final do NIS; depósito é realizado automaticamente em contas da Caixa
Essa cidade brasileira tem mais apartamentos do que casas, fica no litoral e está entre as mais desenvolvidas
Dados do Censo 2022 mostram que mais de 60% da população de Santos vive em apartamentos, em um município que também se destaca em indicadores de desenvolvimento
Segunda parcela do décimo terceiro (13°) está chegando; veja até quando o valor deve cair na conta
Pagamento será antecipado porque o dia 20 cai em um sábado; é nessa etapa que entram os descontos de INSS e Imposto de Renda
Payroll, ata do Copom, IBC-BR e decisão de juros no Reino Unido, Zona do Euro e Japão dominam a agenda econômica na reta final de 2025
Os investidores ainda acompanham a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), a divulgação do IGP-10 e falas de dirigentes do Federal Reserve nos próximos dias
Bolsa Família libera pagamento para NIS final 4 nesta segunda-feira (15); veja calendário
NIS final 4 recebe hoje a parcela antecipada; programa movimenta R$ 12,74 bilhões em dezembro
Governo sobe o tom com a Enel e afirma que não vai tolerar falhas reiteradas e prolongadas
A pasta afirmou que, desde 2023, vem alertando formalmente a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) sobre problemas recorrentes na atuação da empresa
Ele vendeu a empresa por US$ 1 bilhão para a Amazon e tem um conselho para quem quer empreender
Em abril deste ano, ele retornou à Amazon como vice-presidente de Produto da empresa que fundou
Carga tributária do Brasil atinge o maior patamar em mais de 20 anos em 2024, segundo a Receita Federal
De acordo com o levantamento, os tributos atingiram 32,2% do Produto Interno Bruto, com alta de 1,98 ponto percentual em relação a 2023
Mega-Sena acumula, e prêmio sobe para R$ 52 milhões, mas outra loteria rouba a cena
A Lotofácil foi a única loteria a ter ganhadores na categoria principal, porém não fez nenhum novo milionário
São Martinho (SMTO3) lidera os ganhos do Ibovespa, e Vamos (VAMO3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da B3 acumulou valorização de 2,16% nos últimos cinco pregões, se recuperando das perdas da semana anterior
Por que os shoppings brasileiros devem se preocupar com a disputa entre Netflix e Paramount pela Warner
Representantes das redes brasileiras de cinema chegaram a criticar a venda da Warner para gigantes do streaming
Enel tem até 12 horas para restabelecer energia em SP, e Ricardo Nunes pede ajuda ao presidente Lula
Em caso de não cumprimento da decisão, a empresa será penalizada com uma multa de R$ 200 mil por hora
