Na indústria, só três setores voltaram ao nível pré-crise
Apenas dois de 15 segmentos avaliados, o farmacêutico e o de papel e celulose, usaram a capacidade de produção de suas fábricas em níveis considerados elevados
A indústria de transformação brasileira começou o ano em um nível de ociosidade alarmante. No primeiro trimestre, a maioria dos segmentos industriais trabalhou ocupando uma parcela do potencial produtivo das fábricas abaixo da média histórica.
Apenas dois de 15 segmentos avaliados, o farmacêutico e o de papel e celulose, usaram a capacidade de produção de suas fábricas em níveis considerados elevados, isto é, acima da média histórica, enquanto a indústria do vestuário registrou ocupação em níveis considerados normais.
Os resultados estão num levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, para saber como anda a ociosidade por segmento. Ou seja, quanto os fabricantes estão desperdiçando do seu capital gasto na compra de máquinas, equipamentos e até para erguer galpões industriais que estão subaproveitados.
"Continuamos com muita ociosidade, o que retrata o ritmo lento da economia. Por isso a indústria não tem necessidade de investir", diz Aloísio Campelo, responsável pelo levantamento.
O estudo mostra que a indústria de transformação usou, no primeiro trimestre, 74,6% do seu potencial. Essa marca está abaixo da média histórica, de 81%. Quando se avalia a ocupação da indústria por categorias de uso, todas utilizaram, no período analisado, uma fatia menor da capacidade produtiva de suas fábricas do que no passado.
A maior diferença entre o nível de utilização da capacidade atual e a média histórica, descontadas as variações sazonais, ocorre nos fabricantes de bens de capital, que no primeiro trimestre estava 10,1 pontos abaixo da média histórica. Em seguida aparecem os bens intermediários (-6,1 pontos) e os bens duráveis (- 4,7 pontos).
Leia Também
Hora de investir na China: Nord Investimento indica dois ETFs para você se expor às empresas do país asiático
O que você precisa saber sobre a licença menstrual aprovada pela Câmara
Na saída da recessão em 2017, quando o produto interno bruto (PIB) voltou a ser positivo, a indústria teve uma retomada mais rápida, comparada a outros setores. Entre os fatores que alavancaram a retomada estavam o aumento das exportações para a Argentina, a liberação de recursos do FGTS - que foram direcionados para a compra de bens duráveis - e o crescimento do agronegócio, que demandou mais máquinas e impulsionou a indústria do setor.
A partir do segundo trimestre de 2018, porém, o quadro mudou. A greve dos caminhoneiros, a recessão argentina e a incerteza eleitoral tiraram fôlego da recuperação. Campelo acrescenta a esse quadro o enfraquecimento da demanda interna.
Sem arranque
"A atividade produtiva está andando de lado, principalmente na indústria, desde julho do ano passado. A economia está sem dinâmica", afirma o gerente de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. Recentemente, a CNI cortou a projeção de crescimento do PIB industrial para este ano de 3,3% para 1,1%. Em 2018, o PIB industrial cresceu 0,6%, depois de ter caído 0,5% no ano anterior.
Para Castelo Branco, a economia brasileira saiu da recessão, mas mergulhou num ciclo de semi estagnação por conta do desemprego elevado e das condições financeiras dos brasileiros, que afetaram as vendas e o faturamento das indústrias. "Com isso, hoje as indústrias não precisam ampliar o uso da capacidade instalada", diz.
Essa folga na capacidade que dispensa investimentos é, na opinião de Castelo Branco, outro fator limitante ao arranque da economia. Isso porque os investimentos em novas fábricas geram contratações e gastos que impulsionam a atividade.
A expectativa, diz ele, era que a atividade começasse o ano em ritmo mais acelerado por causa das reformas previstas. Mas esse processo está mais complexo e demorado. "O tempo político não consegue ter a urgência do tempo econômico."
Nichos
O levantamento da FGV mostra que apenas as indústrias de papel e celulose e farmacêutica estão com ocupação da capacidade acima da média. O primeiro está sendo puxado pela celulose, que é exportada e tem competitividade no mercado internacional.
"As fábricas estão trabalhando a plena carga e tendo ótimos resultados", afirma o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), José Ricardo Roriz Coelho. No caso do setor farmacêutico, o consumo resiste, pois remédio é um produto básico pouco afetado pelo ritmo da economia.
Outro impacto da ociosidade elevada recai sobre o capital de giro das empresas, observa Roriz Coelho. Quando as indústrias estão com ociosidade elevada, as margens de ganho ficam comprimidas porque as empresas não estão remunerando seus ativos fixos (máquinas, por exemplo). "Descapitalizadas, as indústrias vão ter problemas de capital de giro quando o mercado retomar", diz.
Saber quando a atividade da indústria voltará a acelerar é a grande incógnita para os empresários do setor. Para o vice-presidente da Fiesp, não há nenhum indicativo de que o mercado vá melhorar nos próximos seis meses. Ele argumenta que os produtos brasileiros têm problemas de competitividade no mercado externo. "A Apex (agência de promoção às exportações) foi desmontada", diz.
Do ponto de vista do mercado interno, o recuo do desemprego depende da aprovação das reformas, acrescenta. "Sem a diminuição do desemprego não tem alta do consumo nem melhora da ocupação das fábricas. É um nó difícil de desatar."
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.
Mega-Sena volta à fase de acumulação e Quina pode pagar quatro vezes mais do que ela hoje
A Mega-Sena é o carro-chefe das loterias da Caixa, mas outras modalidades estão oferecendo prêmios maiores no momento
Bola dividida na Lotofácil 3524 deixa 7 apostadores no meio do caminho rumo ao primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quarta-feira (29) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3525
Como será o novo RG e o que você precisa fazer para tirar a nova carteira de identidade
Novo RG com CPF como único número de identificação começa a ser emitido; saiba como atualizar e quais são os custos
Combate a contas fraudulentas e bets irregulares: entenda o que muda, os prazos e quem tem que cumprir as novas regras
Novas diretrizes exigem que instituições financeiras bloqueiem transações suspeitas e comuniquem operações ilícitas ao Banco Central
Não é só a Liberdade? Outro bairro de São Paulo é eleito um dos melhores do mundo para se visitar em 2026
Rico, em cultura, gastronomia, história e lazer, bairro de São Paulo entrou no ranking da Time Out como um dos melhores do mundo para visitar em 2026
Acordo sobre terras raras, crítica ao Fed, investimentos bilionários: como está a visita de Trump à Ásia
Depois da Malásia, Trump chegou ao Japão, onde firmou acordos sobre terras raras e anunciou investimentos bilionários do Japão nos EUA; agora, parte para a Coreia do Sul
Maracanã à venda? Por que os deputados do Rio de Janeiro querem privatizar um dos maiores palcos do futebol mundial
Governo do Rio de Janeiro planeja privatizar o Maracanã para reduzir a dívida estadual de mais de R$ 190 bilhões com a União
Alta dos preços de imóveis comerciais começa a esfriar e desacelera em setembro, mostra FipeZAP
Entre as 10 localidades monitoradas, Curitiba e Salvador lideraram as altas nos preços de venda de imóveis
Lotofácil vacila e Dupla Sena rouba a cena na primeira noite de sorteios da semana nas loterias da Caixa
Enquanto a Dupla Sena brilhou sozinha na segunda-feira (27), hoje uma loteria promete prêmio mais de 10 vezes maior que o da Mega-Sena
Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS final 7
Valor mínimo é de R$ 600, mas adicionais do Bolsa Família elevam o benefício médio para R$ 683,42
O município brasileiro com maior número de etnias indígenas é uma selva… de pedra
Censo 2022 do IBGE revela qual é a cidade com a maior diversidade de povos indígenas em todo o Brasil
Do tarifaço ao feliz aniversário: como um breve encontro entre Lula e Trump desviou Brasil de rota de colisão com os EUA
Em julho, a Casa Branca aplicou um tarifaço de até 50% e elevou a tensão ao rotular o processo contra Bolsonaro de “caça às bruxas”. Três meses depois, um cumprimento relâmpago, e um “parabéns”, abriu uma fresta para um acerto comercial
Como saber se você teve sua senha do Gmail vazada em ataque a mais de 183 milhões de contas — e o que fazer
Um dos maiores vazamentos de dados da história expôs mais de 183 milhões de contas de e-mail, incluindo endereços do Gmail; veja como saber se a sua senha foi comprometida e o que fazer.
Depois de conversa entre Lula e Trump, tarifaço se mantém, e negociações entre Brasil e EUA ainda podem levar semanas
Presidentes do Brasil e dos EUA saíram otimistas de encontro no domingo, mas tarifaço foi mantido, e acordo deve demorar semanas para sair
Decisões de juros dominam a agenda econômica em semana de balanços e de Pnad no Brasil
Os bancos centrais dos EUA, Japão e da Zona do Euro vão decidir sobre a política monetária nos países. Além disso, bancos, big techs norte-americanas e a Vale são destaques da temporada de balanços nesta semana
É dia de pagamento: Caixa libera Bolsa Família de outubro para NIS final 6
Programa do governo federal alcança 18,9 milhões de famílias em outubro, com desembolso de R$ 12,88 bilhões
Embraer (EMBR3) sente o peso do tarifaço de Trump e vê riscos de atrasos e cancelamentos entrarem no radar
O CEO da fabricante de aeronaves afirmou que nenhum cancelamento ocorreu até o momento, mas, no atual cenário, pode ocorrer no médio prazo
Empresa de saída da B3, Tesouro IPCA+ com taxa de 8% e Oi (OIBR3) de cara com a falência: veja o que bombou no Seu Dinheiro esta semana
Entenda as matérias de maior audiência de segunda-feira passada (20) para cá e fique por dentro dos principais assuntos da semana
Fim do tarifaço contra o Brasil? Lula se reúne com Trump, que fala em ‘negociação rápida’; equipes econômicas vão debater soluções ainda hoje
Além do tarifaço, Lula também discutiu sobre crise na Venezuela e sanções contra autoridades brasileiras
João Fonseca na final do ATP 500 da Basileia: veja o horário e onde assistir
João Fonseca derrotou o espanhol Jaume Munar neste sábado (25) na semifinal do ATP 500 da Basileia e agora enfrenta Alejandro Davidovich Fokina na disputa pelo título