Não temos quase nada de Brasil na carteira, diz Evandro Buccini, da Rio Bravo
Economista-chefe da gestora mudaria de opinião e de posição se visse um governo mais pragmático na sua relação com o Congresso
Com uma montanha de R$ 13 bilhões sob gestão e quase 20 anos de experiência no mercado, a Rio Bravo está com posições pequenas em Brasil e não acredita que o Ibovespa e o dólar escapem muito do ranges atuais de negociação. Mas um fator poderia levar a uma reavaliação de posições: o governo ser mais pragmático na sua relação com o Congresso - e isso não quer dizer voltar às práticas do passado.
Quem me conta essa história é o economista-chefe da gestora, Evandro Buccini, que sob o comando do ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco traça os cenários que ajudam os gestores a montar suas estratégias de investimentos em fundos imobiliários, de crédito, multimercados, quantitativo e ações, que estão no portfólio da Rio Bravo.
De forma resumida, o economista avalia que a casa está um pouco mais otimista que a média no curto prazo, mas que para o médio e longo prazos não haveria espaço para ficar "extremamente otimista".
Assim, a avaliação é de que o Ibovespa não deve fugir muito do range de 90 mil a 100 mil pontos e o mesmo vale para o dólar e sua recente banda de variação.
Com isso, Buccini afirma que está “pequeno” em Brasil, “quase nada” comprado em bolsa, mas com proteção, e que há uma posição “dada” em juro, caso a Selic volte a cair. Também há uma carteira específica de ações trabalhando as probabilidades de privatização. No mercado externo, as posições estão vendidas no S&P 500 e outros mercados desenvolvidos.
Entendendo o cenário
Buccini explica que começou o ano otimista com o quadro doméstico, mas nem tanto como os pares de mercado. Havia uma postura mais cautelosa de não comprar a ideia de que as propostas do governo seriam aprovadas com facilidade.
Leia Também
Essa postura de mais cautela se mostrou acertada de fevereiro em diante, com as estratégias dando resultado, depois de ficarem devendo em comparação com a indústria na abertura do ano.
Apesar dessa dificuldade na relação do Executivo com o Legislativo, Buccini avalia que a reforma da Previdência deve ser aprovada, preservando uma economia de R$ 700 bilhões a R$ 800 bilhões ao longo de dez anos. Quanto aos prazos: texto final só no finalzinho do ano com a aprovação na Câmara entre julho e agosto.
No entanto, o economista não acredita que a reforma seja a “bala de prata” que vá resolver todos os problemas no lado econômico. A reforma é condição necessária, mas não suficiente.
Para Buccini, há outros campos onde o governo pode ter alguma chance de se destacar, se conseguir organizar sua relação com o Parlamento, como privatizações, abertura econômica e algum tipo de reforma tributária, como a unificação dos impostos federais.
Para o economista, se o propósito de Jair Bolsonaro é manter o PT longe do poder, seria mais interessante abandonar um pouco do “purismo” e buscar mostrar resultados para a população.
Para Buccini, se as coisas não funcionarem no lado econômico, Bolsonaro entregará de bandeja o governo para a oposição em 2022.
Se o presidente seguir com essa relação de aproximação e afastamento com o Congresso, o economista avalia que entraremos em terreno desconhecido, com um quadro de quase parlamentarismo, com a Câmara e Rodrigo Maia atuando dentro de seu próprio campo.
“Fico preocupado por esse ineditismo. Esse jogo legislativo é mais difícil de ler”, afirma.
Economia
Depois da grande decepção com o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2018, o economista acredita que a lenta recuperação deste começo de 2019 ainda é reflexo dos choques que tivemos no ano passado, como greve dos caminheiros, piora de ambiente para emergentes e incerteza eleitoral.
A impressão de Buccini é que esses choques vão deixar de atuar em alguns meses e poderemos observar uma recuperação um pouco mais firme, mas nada exuberante, puxada por fatores cíclicos e não estruturais.
Por isso que a casa está um pouco mais otimista que a média, mas tal quadro pode vir a ser reavaliado com a divulgação do PIB do primeiro trimestre, na quinta-feira. Resultado muito abaixo do consenso poderia contaminar as expectativas para o restante do ano.
“Mas mesmo que haja aceleração da economia, não acho que mude muita coisa. A ociosidade segue enorme e a inflação, apesar da surpresa como itens como alimentação, segue comportada”, diz.
No lado do consumo, o economista explica que ele “cresce por si só”, pois alguns fundamentos estão melhores, como crédito e nível de renda, apesar do ainda elevado desemprego.
O investimento “é a grande chave”, mas como a ociosidade dos fatores é elevada, não se acredita que teremos um ciclo liderado pelo investimento.
“Tem que ter uma clareza para o empresário de que a demanda vai acelerar. A reforma da Previdência é só um ponto”, explica.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Selic
Buccini acredita que a pressão por eventual corte de juros vai aumentar muito no caso de aprovação da reforma da Previdência pela Câmara. O cenário base continua sendo de manutenção em 6,5% ao ano, mas há um cenário alternativo de corte, por isso da posição no mercado de juros.
Para o economista, os debates sobre redução da Selic são válidos, “mas não é 50 pontos a menos de juro que vai resolver a questão no Brasil”.
Fundo quant
Também falamos brevemente sobre o fundo quantitativo da casa, o Rio Bravo Pandas, que opera comprado e vendido tendo como base parâmetros técnicos de mercado como a relação preço/lucro. Segundo Buccini, por não ter comportamento humano envolvido ou ler os mesmos jornais e relatórios, o computador toma decisões livre de viés.
No ano até março, o Pandas entregava 249% do CDI, negociando 100 diferentes ações brasileiras, com rebalanceamento de compras e vendas uma vez por mês. A ideia é manter uma volatilidade entre 4% e 5%, com movimento descorrelacionado de outros mercados.
Estes brinquedos já custam quase o mesmo que um smartphone da Samsung; veja a comparação
Modelos premium de Barbie, Lego e itens colecionáveis chegam ao varejo com preços que rivalizam com eletrônicos
Haddad crava: votação de projeto contra devedores contumazes deve acontecer nesta terça (9); ministro tenta destravar pauta fiscal
Haddad vê clima favorável na Câmara para avançar em medidas que reforçam a arrecadação e destravam o Orçamento de 2026
CNH sem autoescola aprovada: veja como será o novo processo e quanto você vai economizar
As novas regras da CNH sem autoescola, agora dentro do programa CNH do Brasil, reduzem custos, flexibilizam aulas e ampliam o acesso à habilitação
Com dividendos no radar, Prio (PRIO3) é a queridinha do BTG Pactual, mas preço-alvo cai
A atualização veio na esteira do Investor Day, quando a petroleira forneceu mais detalhes sobre o momentum operacional e as prioridades
Como vai funcionar a renovação automática da CNH para quem é bom motorista
Novas regras da CNH incluem renovação automática para bons condutores, provas mantidas, instrutores autônomos e queda de até 80% no custo da habilitação
'Não devemos ficar em berço esplêndido, temos de fazer um esforço fiscal maior', diz Alckmin
“Nós estamos num momento importante, com 5,4% de desemprego, o menor da série histórica, e com 4,4% de inflação, caindo, isso é raro”, afirmou o vice-presidente
Mega-Sena 2949 distribui R$ 20 milhões hoje, mas Timemania rouba a cena e dispara para R$ 61 milhões; veja os prêmios das loterias da Caixa
Confira os valores oferecidos pela Mega-Sena, Timemania, +Milionária, Lotofácil e demais modalidades da Caixa nos sorteios desta terça (9) e quarta-feira (10)
A nova compra do Itaú (ITUB4), que envolve cartões de Casas Bahia (BHIA3), GPA (PCAR3) e Assaí (ASAI3)
O maior banco privado do país adquiriu as participações de três varejistas na Financeira Itaú CBD; entenda a operação
O ano dos bilionários: nunca houve tantos super-ricos quanto em 2025, e eles nunca foram tão endinheirados
Os quase 3 mil bilionários do planeta concentram fortunas de US$ 15,8 trilhões; alta é decorrente do crescimento das empresas ligadas à inteligência artificial
Loterias da Caixa: Quina sorteia R$ 7,5 milhões nesta segunda; Timemania, com R$ 61 milhões, lidera premiações da semana
Com dezembro avançando e a Mega da Virada no horizonte, prêmios se acumulam e movimentam apostadores de todo o país
Super Quarta no radar: EUA e Brasil decidem juros em semana de IPCA; confira a agenda econômica dos próximos dias
O calendário também conta com publicação de dados dos Estados Unidos de meses anteriores, já que a paralisação do governo norte-americano interrompeu a divulgação de indicadores importantes
Representante dos EUA diz que compromissos comerciais da China estão ‘indo na direção certa’
O fluxo entre os dois países já caiu cerca de 25%, afirma o representante comercial dos EUAZ. “Provavelmente precisa ser menor para que não sejamos tão dependentes uns dos outros”
Mega-Sena: Ninguém acerta as seis dezenas e prêmio vai a R$ 20 milhões
Quarenta e dois apostadores acertaram a quina e vão receber, cada um, R$ 42.694,24
Renda da população deve continuar subindo no curto prazo: isso é bom ou ruim para a economia? Veja qual o impacto na inflação e nos juros
Mesmo com desaceleração da atividade econômica, renda deve continuar em alta; no entanto, isso não preocupa tanto os economistas
XP vê início dos cortes da Selic em março, mas não descarta começo mais cedo: sinais são positivos, e um dado atrapalha
Com a desaceleração da inflação e valorização do câmbio, BC pode começar ciclo de cortes da Selic, mas gastos do governo ainda preocupam
Ao Cade, entidades se posicionam contra fusão Petz (PETZ3) e Cobasi, que criaria gigante de R$ 7 bilhões
Além disso, alegam que a fusão Petz-Cobasi eleva em 35% o risco de fechamento de pet shops de bairro
Relator de PL sobre fim da escala 6×1 apresenta novo texto, com jornada de no máximo 40 horas semanais
Prates também colocou um dispositivo que dá a possibilidade de regime de trabalho na escala 4×3, com limite máximo de 10 horas diárias
Metrô de SP testa operação 24 horas, mas só aos finais de semana e não em todas as linhas; veja os detalhes
Metrô de SP amplia operação aos fins de semana e avalia se medida tem viabilidade técnica e financeira
Salário mínimo de 2026 será menor do que o projetado; veja valor estimado
Revisão das projeções de inflação reduz o salário mínimo em R$ 3 a estimativa do piso nacional para 2026, que agora deve ficar em R$ 1.627
A nova elite mundial: em 2025, 196 bilionários surgiram sem herdar nada de ninguém — e há uma brasileira entre eles
Relatório da UBS revela que 196 bilionários construíram fortuna sem herança em 2025, incluindo uma brasileira que virou a bilionária self-made mais jovem do mundo
