A ByteDance, startup dona do app TikTok, ganhou os holofotes do mercado novamente após uma reportagem do Financial Times afirmar que a companhia planeja realizar um IPO (oferta pública inicial de ações). A empresa, no entanto, foi rápida em negar planos imediatos para abrir capital.
Não é a primeira vez que a ByteDance é alvo de boatos como esse. Com a empresa sendo considerada uma das startups mais valiosas do mundo, é natural que surjam especulações a respeito de quando um investidor comum poderá deter uma pequena fatia da companhia.
"Não há absolutamente nenhuma verdade nos rumores que planejamos listar em Hong Kong no primeiro trimestre", disse um porta-voz da empresa à agência Reuters.
Olho no números
No terceiro trimestre de 2019, o TikTok foi o segundo app mais baixo do mundo. Segundo a consultoria Sensor Tower, o aplicativo só ficou atrás do WhatsApp em downloads, sendo baixado 178 milhões de vezes.
A popularidade tem sido representada também nos balanços da dona do app. Na primeira metade deste ano, a ByteDance obteve uma receita melhor do que esperado por analistas, chegando a US$ 7 bilhões. A empresa também já foi avaliada em US$ 75 bilhões, no final do ano passado.
Segundo um ranking elaborado pela empresa de análise de companhias, a CB Insights, que considera iniciativas de capital fechado, a ByteDance é a startup que tem o maior valor de mercado do mundo - à frente de conhecidas por aqui como o Airbnb (US$ 29,3 bi) e a brasileira Nubank (US$ 10 bi).
Mas a startup está longe de ser uma unanimidade. No início de outubro, a companhia foi alvo de uma reportagem do The Guardian que afirmava que o aplicativo TikTok tinha diretrizes de moderação de conteúdo que flertavam com a censura, proibindo críticas ao governo chinês.