Mais um “pibinho”: indicador tem contração de 0,2% no primeiro trimestre, algo que não era visto desde 2016
O resultado ruim foi impulsionado pelo desempenho ruim da agropecuária e da indústria, mas especialmente da indústria extrativa com o desastre de Brumadinho
Depois de muitas revisões para baixo nas projeções de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB), o resultado divulgado hoje (30) apenas confirmou o que já era esperado pelos analistas do mercado. Segundo os dados divulgados pelo IBGE, o PIB teve contração de 0,2% na comparação com os três meses anteriores, na série com ajuste sazonal.
A última queda do indicador tinha ocorrido no quarto trimestre de 2016 e tinha sido de 0,6%. Já na comparação com o primeiro trimestre de 2018, o PIB cresceu 0,5%. Em valores correntes, o principal indicador da economia brasileira totalizou R$ 1,714 trilhão.
O resultado ruim foi puxado em grande parte pelos recuos da indústria (-0,7%) e da agropecuária (-0,5%). No caso da indústria, as quedas estão intimamente atreladas a indústria extrativa (-6,3%) e, especialmente ao desastre de Brumadinho.
“O incidente de Brumadinho e o consequente estado de alerta de outros sítios de mineração afetaram todo o setor”, explica a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Claudia Dionísio.

Leia Também
Pilar do indicador
Por outro lado, a despesa de consumo das famílias foi o que sustentou o indicador. De acordo com Dionísio, "o consumo das famílias foi o pilar que sustentou o indicador no período. Poderia estar melhor, mas ainda temos uma taxa de desocupação alta e uma inflação que, mesmo controlada, ainda está num patamar mais alto”.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2018, a despesa de consumo das famílias cresceu 1,3% e o resultado foi impulsionado pelo bom comportamento do crédito para pessoa física e e da massa salarial, além de taxas de juros mais baixas do que as encontradas no começo do ano passado.
De olho no PIB
- A agropecuária teve queda de 0,5% na comparação com o quarto trimestre de 2016;
- A indústria, por sua vez, recuou 0,7%;
- O destaque um pouco mais positivo ficou com o setor de serviços que teve alta de 0,2%. O único do lado da oferta;
- Os investimentos tiveram queda de 1,7%;
- O consumo do governo com folha de pagamento e despesas com saúde, educação e segurança tiveram alta de 0,4%;
- O consumo das famílias obteve alta de 0,3%;
- As exportações de bens e serviços caíram 1,9% e as importações cresceram 0,5% em relação ao trimestre anterior.
Além da indústria extrativa, as indústrias de construção (-2,0%) e de transformação (-0,5%) também tiveram quedas. Já as atividades de eletricidade e gás, além de água, esgoto, atividades de gestão de resíduos cresceram 1,4%.
O setor de serviços, por sua vez, apresentou um resultado mais positivo, o resultado um pouco mais positivo veio de outro serviços (0,4%), intermediação financeira e seguros, com 0,4% de alta, administração, saúde e educação pública (0,3%), informação e comunicação (0,3%) e atividades imobiliárias (0,2%). Já as quedas foram em transporte, armazenagem e correio (-0,6%) e comércio (-0,1%).
O PIB é soma dos bens e serviços finais produzidos em um país e serve para mostrar a evolução da economia ao longo de um período, no caso de três meses.
Atenção para a demanda!
Um dos pontos que devem chamar a atenção dos investidores é justamente o lado da demanda. Segundo os dados divulgados pelo IBGE, os investimentos públicos e privados tiveram queda de 1,7%, o que é preocupante já que a poupança interna de um país depende dos investimentos domésticos e de investimentos externos.
E o Brasil está mal na fita. Ao analisar a taxa de investimento divulgada pelo IBGE hoje, o valor percentual foi de 15,5% do PIB. O valor está acima da observado no mesmo período de 2018 (15,2%).
Mas está bem abaixo do que foi observado entre 2010 e 2014 quando a taxa média de investimento foi de 21,5% do PIB, de acordo com um estudo divulgado neste mês pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Mercado já tinha previsto
Assim como já tinha sido mostrado pelo Boletim Focus nas últimas semanas, a expectativa do mercado era de retração do PIB. Na última segunda-feira, por exemplo, o Focus trouxe a 13ª queda no indicador em 2019.
Na opinião dos analistas consultados, a estimativa de crescimento para o PIB neste ano era de 1,23%, ante 1,24% da semana passada. Há um mês a estimativa de crescimento era de 1,70%.
Da mesma forma, em evento realizado na última terça-feira (28), o economista-chefe do Itaú, Mário Mesquita alertou sobre a possibilidade de uma contração maior do PIB.
Segundo ele, a fraca produção e os dados ruins em termos de crédito e confiança do empresário dos meses de março e abril trazem sinais de alerta. Dos últimos dados divulgados, o único que veio mais positivo são os do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e que mostraram a criação de quase 130 mil vagas.
Além da baixa produção, outro fator preocupante é o baixo investimento público e privado. Na visão de Mesquita, alguns dos potenciais fatores para o declínio estão relacionados ao ambiente global de desaceleração. E isso já tem tido consequências no âmbitos dos negócios.
Para Mesquita, a fusão recente da Fiat Chrysler com a Renault é um exemplo claro de uma tentativa de superar a falta de investimento e alavancar a produção.
Queda da Selic em janeiro e juros a 11,5% em 2026: Fábio Kanczuk, ex-BC, diz que Copom “tirou todas as amarras” para iniciar ciclo de cortes
Segundo ele, o afrouxamento deve acontecer em janeiro do ano que vem, momento no qual o dólar estará sendo negociado abaixo de R$ 5,40
O primeiro foguete comercial brasileiro vai para o espaço — enquanto cometa 3I/ATLAS se aproxima da Terra
Brasil abre janela para o lançamento do primeiro foguete comercial a partir de Alcântara, em meio à passagem do cometa 3I/ATLAS
O que a Inteligência Artificial (IA) e a transição energética têm em comum? Ambas estão levando este metal a atingir preços jamais vistos
Ambos os temas, que podem nem sempre entrar em intersecção, têm exercido uma pressão quase simultânea nos preços do cobre, que vêm renovando máximas históricas em 2025
Ata do Copom: BC diz que manutenção da Selic em nível ‘contracionista por período bastante prolongado’ é a estratégia correta
Os membros do comitê concluíram que “a estratégia em curso, de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado, é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta”
Lotofácil abre semana com um novo milionário; Mega-Sena corre hoje valendo R$ 52 milhões, mas pode ser superada pela Timemania
Ganhador ou ganhadora do concurso 3563 da Lotofácil efetuou sua aposta por meio dos canais eletrônicos da Caixa Econômica Federal
Bolsa família de dezembro é pago hoje para NIS final 5
O programa segue o calendário escalonado e é feito conforme o final do NIS; depósito é realizado automaticamente em contas da Caixa
Essa cidade brasileira tem mais apartamentos do que casas, fica no litoral e está entre as mais desenvolvidas
Dados do Censo 2022 mostram que mais de 60% da população de Santos vive em apartamentos, em um município que também se destaca em indicadores de desenvolvimento
Segunda parcela do décimo terceiro (13°) está chegando; veja até quando o valor deve cair na conta
Pagamento será antecipado porque o dia 20 cai em um sábado; é nessa etapa que entram os descontos de INSS e Imposto de Renda
Payroll, ata do Copom, IBC-BR e decisão de juros no Reino Unido, Zona do Euro e Japão dominam a agenda econômica na reta final de 2025
Os investidores ainda acompanham a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), a divulgação do IGP-10 e falas de dirigentes do Federal Reserve nos próximos dias
Bolsa Família libera pagamento para NIS final 4 nesta segunda-feira (15); veja calendário
NIS final 4 recebe hoje a parcela antecipada; programa movimenta R$ 12,74 bilhões em dezembro
Governo sobe o tom com a Enel e afirma que não vai tolerar falhas reiteradas e prolongadas
A pasta afirmou que, desde 2023, vem alertando formalmente a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) sobre problemas recorrentes na atuação da empresa
Ele vendeu a empresa por US$ 1 bilhão para a Amazon e tem um conselho para quem quer empreender
Em abril deste ano, ele retornou à Amazon como vice-presidente de Produto da empresa que fundou
Carga tributária do Brasil atinge o maior patamar em mais de 20 anos em 2024, segundo a Receita Federal
De acordo com o levantamento, os tributos atingiram 32,2% do Produto Interno Bruto, com alta de 1,98 ponto percentual em relação a 2023
Mega-Sena acumula, e prêmio sobe para R$ 52 milhões, mas outra loteria rouba a cena
A Lotofácil foi a única loteria a ter ganhadores na categoria principal, porém não fez nenhum novo milionário
São Martinho (SMTO3) lidera os ganhos do Ibovespa, e Vamos (VAMO3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da B3 acumulou valorização de 2,16% nos últimos cinco pregões, se recuperando das perdas da semana anterior
Por que os shoppings brasileiros devem se preocupar com a disputa entre Netflix e Paramount pela Warner
Representantes das redes brasileiras de cinema chegaram a criticar a venda da Warner para gigantes do streaming
Enel tem até 12 horas para restabelecer energia em SP, e Ricardo Nunes pede ajuda ao presidente Lula
Em caso de não cumprimento da decisão, a empresa será penalizada com uma multa de R$ 200 mil por hora
Daniel Vorcaro na CPI do INSS: Toffoli impede colegiado de acessar dados bancários e fiscais do dono do Banco Master
A CPI do INSS havia aprovado a quebra de sigilos e a convocação de Vorcaro para esclarecer a atuação do Banco Master com produtos financeiros
Mega-Sena sorteia R$ 44 milhões hoje, e Lotofácil 3561 faz um novo milionário; confira as loterias deste fim de semana
Embora a Mega-Sena seja o carro-chefe das loterias da Caixa, um outro sorteio rouba a cena hoje
Cidade que fica a apenas 103km de São Paulo é uma das melhores do Brasil para morar
A 103 km da capital paulista, Indaiatuba se destaca no Índice de Progresso Social por segurança, infraestrutura, serviços públicos e qualidade de vida acima da média
