Discursos na Marcha dos Prefeitos focam em Previdência e recuperação da economia dos Estados e municípios
Participam da abertura do evento em Brasília Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e o ministro Paulo Guedes
Os discursos oficiais da abertura da 12ª Marcha dos Prefeitos, que acontece nesta terça-feira, 9, em Brasília foram marcados por defesas e promessas com relação ao resgate financeiro de Estados e municípios do País e a reforma da Previdências.
Em um breve fala, de cerca de 10 minutos, o presidente da República, Jair Bolsonaro, citou três vezes o nome do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o "uso racional da Amazônia", os valores da família e também a Nova Previdência.
Em uma das citações ao deputado do DEM, Bolsonaro se referiu a ele como "prezado irmão". Esse foi o primeiro evento público em que Bolsonaro e Maia se encontraram após a troca de farpas protagonizada pelos dois ao longo do mês de março.
"Sobre a Previdência, temos uma encruzilhada pela frente. Como disse Maia aqui, quem gostaria de fazer a reforma? Nós somos obrigados a fazer. Pelas minhas andanças pelo mundo, aguardam uma sinalização nossa de que queremos equilibrar nossas contas, que temos responsabilidade", disse Bolsonaro durante a abertura 12ª Marcha dos Prefeitos em Brasília.
Bolsonaro ressaltou a necessidade de se investir em educação e tecnologia e disse que a economia brasileira não pode continuar dependendo de commodities. Nessa área, ele elogiou a atuação do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, a quem chamou de "orgulho da nação" e afirmou que Pontes está em busca de parcerias pelo mundo para suas áreas.
Em relação à educação, Bolsonaro afirmou que "temos de formar profissionais e não militantes". "Temos a função das nossas escolas, que é formar bons profissionais", disse. "Queremos homens e mulheres, nossos filhos melhores do que nós. E nós faremos nossos filhos melhores do que nós", disse antes de citar que "nossos valores" foram desgastados nos últimos anos.
Leia Também
"Vamos trabalhar para isso. Eu, Maia, (Davi) Alcolumbre (presidente do Senado) podemos fazer. E o povo vai estar do nosso lado. O povo deve dizer para onde devemos ir e não o contrário", disse.
O presidente disse ainda ser um defensor do Bolsa Família. "Tanto é que vamos apresentar amanhã o 13º", disse.
Ele afirmou ainda que fará viagens para China, para os países árabes e novamente para os Estados Unidos. Na sequência, o presidente emendou que pretende explorar racionalmente a Amazônia. "Queremos o índio do nosso lado. Ele é nosso irmão", disse. "Não podemos criar impedimentos", disse.
O presidente fez ainda um pedido de união entre os brasileiros e confessou que acabou abandonando o script de seu discurso, levado pela emoção de se dirigir a uma plateia a qual ele classificou como "seleta, patriota e temente a Deus".
"Meus amigos, meus irmãos, disseram Maia e Alcolumbre aqui, temos pouco realmente (orçamento da União), mas queremos dividir o pouco com vocês com o pacto federativo", afirmou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também foi citado. Bolsonaro disse que teve o sinal verde do chefe da equipe econômica ontem para "majorar fundo de participação dos municípios". "Na busca do mesmo objetivo que é o bem-estar da população brasileira. O Brasil é nosso!". Bolsonaro deixou o evento sob aplausos e gritos de "mito".
Maia promete ajuda a municípios
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou durante a abertura do evento com prefeitos que vai instalar a comissão que analisará a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que destina mais 1% das receitas obtidas com Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A PEC, já aprovada no Senado, daria uma injeção adicional de R$ 5,2 bilhões anuais ao final de um período de transição.
No mesmo evento, Bolsonaro já havia falado sobre um "sinal verde" do ministro da Economia, Paulo Guedes, para majorar o FPM.
Depois do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Gladimir Aroldi, cobrar o Congresso, Maia falou que vai instalar a "comissão do 1%" e que está trabalhando com o "brilhante" ministro Guedes, mas pediu o apoio dos prefeitos para a aprovação da reforma da Previdência.
"Vamos instalar a comissão do 1%. Estamos trabalhando com o brilhante ministro Guedes sobre Lei Kandir, sobre cessão onerosa e tantos outros temas. Mas vim aqui pedir o apoio de vocês. A reforma da Previdência não é para o governo federal, estadual ou municípios, e sim para a gente mudar essa curva de recessão que prejudica a vida dos brasileiros."
Guedes põe a culpa no sistema
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que a situação financeira apertada dos entes federativos é "algo sistêmico". "
Se fosse um prefeito apertado e um governador apertado, você diria que seria um caso de má gestão. Mas estão todos apertados", afirmou Guedes. "Se Estados e municípios estão muito apertados financeiramente, é porque há algo sistêmico", disse.
Guedes voltou a defender a ideia de que a concentração de recursos no governo federal corrompeu a política e estagnou a economia. Segundo ele, os orçamentos podem até ser formulados em Brasília, mas a execução tem que ser descentralizada. "Execução é com governadores e prefeitos", afirmou.
O ministrou exemplificou ainda que, em países mais avançados, municípios geralmente cuidam de assuntos ligados à saúde e à educação, enquanto Estados tratam de rodovias. No caso da área de defesa, a responsabilidade é federal. "Tudo que o município pode fazer, ele faz", afirmou.
Guedes defendeu ainda que nenhum presidente da República pode ter tanto poder. "O poder tem que ser limitado e descentralizado", disse.
No início de sua fala, Guedes citou o slogan "Mais Brasil, menos Brasília", que fez parte da campanha do presidente Jair Bolsonaro. Guedes foi aplaudido pelos prefeitos. Ao mesmo tempo, o ministro alertou que iria para São Paulo encontrar um grupo de "10 ou 20 artistas" que querem apoiar a reforma da Previdência.
Alcolumbre: mais propaganda do governo
E por falar em "menos Brasília", a fala do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi marcada pela defesa do chamado pacto federativo.
Em apoio à pauta municipalista, Alcolumbre afirmou que o Senado "não irá se abster de responsabilidade como Casa da Federação".
Para ele, há uma "abusiva centralidade fiscal" em Brasília e, por causa disso, prefeitos passam por "situação de mendicância". "Vemos prefeitos tendo que implorar recursos para ministros e parlamentares. Isso não pode mais continuar", declarou.
Também disse que "tem certeza que o Congresso encontrará caminho para que tenhamos mais agilidade na destinação de recursos" para os municípios. "Essa marcha resume toda a luta municipalista do nosso País e traz em evidência as dificuldades dos prefeitos do Brasil afora. Esse convite vai ao encontro de meu histórico posicionamento de defesa de uma profunda rediscussão do pacto federativo e a formatação de um novo modelo."
Alcolumbre também defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do orçamento impositivo, aprovado na semana passada, que reduz a autonomia do governo federal.
"Podem argumentar que retira autonomia do governo federal, mas creio que ajude na descentralização (do orçamento)", avaliou.
"Brasília tem testemunhado grande renovação seja no Executivo, seja no Legislativo. De um lado mostra democracia forte, mas e outro lembra que povo tem fiscalizado cada vez mais. Não podemos falhar, não podemos permitir que municípios continuem a caminhar para total insolvência. Temos que rediscutir o tão sonhado pacto federativo."
Mattar e a maior fatia do bolo
Em seu discurso, o secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, Salim Mattar, defendeu que os municípios recebam a maior parte dos impostos arrecadados no País.
"O mais lógico seria que municípios tivessem a maior parte dos impostos", afirmou à plateia de prefeitos.
De acordo com Mattar, cada vez mais os prefeitos são "reféns" dos governos estaduais e federal. Ao mesmo tempo, ele defendeu que os municípios são o "maior poder do País".
O secretário defendeu ainda a reforma da Previdência e pontuou que o governo precisa que ela garanta R$ 1 trilhão de economia. "O governo federal não deve fazer o que Estado é capaz de fazer", citou Mattar. "As demandas estão nos municípios. No mínimo 40% de toda arrecadação tem que ir para municípios", acrescentou.
Na visão dele, os prefeitos devem parar de vir a Brasília "com o pires na mão", para solicitar recursos. "E o fim disso é a aprovação da nova Previdência, com R$ 1 trilhão", afirmou.
*Com Estadão Conteúdo.
Lendário carro da primeira vitória de Ayrton Senna no Brasil pode ser seu: McLaren MP4/6 é colocada em leilão; só que o lance inicial é um pouco salgado
Carro da primeira vitória de Ayrton Senna no Brasil, pela Fórmula 1, guardado por quase 30 anos, será leiloado em Dubai por até R$ 80 milhões
Lotofácil 3531 tem 34 ganhadores, mas só 4 ficam milionários; Mega-Sena e Timemania podem pagar mais de R$ 40 milhões hoje
Dois ganhadores da Lotofácil vão embolsar R$ 2 milhões. Outros dois ficarão com pouco mais de R$ 1 milhão. Os demais terão direito a valores mais baixos, mas nem por isso desprezíveis.
Senado aprova isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil; texto segue para sanção de Lula
Compensação por meio da taxação de dividendos e dos “super-ricos” também passou, junto com alterações feitas na Câmara
Copom mantém Selic em 15% ao ano e não dá sinais de corte no curto prazo
Trata-se da terceira decisão de manutenção da taxa básica de juros e reforça expectativa do mercado de que o primeiro corte deve ficar para 2026
Primeiro piloto brasileiro a correr F1 em Interlagos desde Massa é ‘filho do dono’ e ganha quase R$ 1 milhão por mês para fazer o que gosta
Gabriel Bortoleto estreia no GP de São Paulo e quebra um jejum de oito anos sem pilotos brasileiros nesta etapa da Fórmula 1
Belém será a sétima capital do Brasil — e de uma delas é provável que você nunca tenha ouvido falar
A Constituição permite a transferência temporária da sede do governo; Belém será a próxima a ocupar o posto.
‘Torre de Babel’ saudita? Construção do ‘The Line’ é paralisada justamente pelo que buscava eliminar
Projetada para ser livre de combustíveis fósseis, a construção da cidade futurística, na Arábia Saudita, foi interrompida por não “compreender a língua” do preço do petróleo
Selic em 15% ao ano ainda vai longe, acredita Roberto Padovani, economista-chefe do BV
Para o economista, tem um indicador em específico que está no radar do BC e esse dado deve definir o destino dos juros básicos nos próximos meses
Lotofácil atola junto com Mega-Sena, Quina e outras loterias, mas hoje pode pagar mais até que a +Milionária
Prêmio acumulado na Mega-Sena vai a R$ 48 milhões, mas ela só volta à cena amanhã; Lotofácil pode pagar R$ 10 milhões nesta quarta-feira (5).
Na próxima reunião, o Copom corta: gestora projeta Selic em 14,5% ao fim deste ano e espera queda brusca em 2026
Gestora avalia que números da economia sustentam um primeiro corte e que política restritiva pode diminuir aos poucos e ainda levar inflação à meta
Gás do Povo já está valendo: veja como funciona o programa que substituiu o vale-gás
Gás do Povo, programa do governo federal que substitui o vale-gás, promete atender 15,5 milhões de famílias de baixa renda com distribuição gratuita de botijões
Banco do Brasil (BBAS3) oferece até 70% de desconto na compra de imóveis em todo o país
A nova campanha reúne mais de 150 imóveis urbanos disponíveis para leilão e venda direta, com condições especiais até 15 de dezembro
Curiosos ou compradores? Mansão de Robinho, à venda por R$ 11 milhões, ‘viraliza’ em site de imobiliária; confira a cobertura
No mercado há pelo menos seis meses, o imóvel é negociado por um valor acima da média, mas tem um motivo
Este banco pode devolver R$ 7 milhões a 100 mil aposentados por erros no empréstimo consignado do INSS
Depois de identificar falhas e cobranças irregulares em operações de consignado, o INSS apertou o cerco contra as instituições financeiras; entenda
A decisão da Aneel que vai manter sua conta de luz mais cara em novembro
Com o nível dos reservatórios das hidrelétricas abaixo da média, a Aneel decidiu manter o custo extra de R$ 4,46 por 100 kWh, mas pequenas mudanças de hábito podem aliviar o impacto no bolso
Cosan (CSAN3) levanta R$ 9 bilhões em 1ª oferta de ações e já tem nova emissão no radar
Em paralelo, a companhia anunciou que fará uma segunda oferta de ações, com potencial de captar até R$ 1,44 bilhão
Lotofácil 3529 tem 16 ganhadores, mas só um deles fica mais perto do primeiro milhão
A Lotofácil tem sorteios diários e volta à cena nesta terça-feira (4) com um prêmio maior do que de costume. Isso porque o sorteio de hoje tem final zero, para o qual é feita uma reserva especial.
Laika vai para o espaço: a verdadeira história da ‘astronauta caramelo’
Há exatos 68 anos, a cadela Laika fazia história ao ser o primeiro ser vivo a deixar a órbita do planeta Terra rumo ao espaço
Serasa inicia o Feirão Limpa Nome 2025 com descontos de até 99% e dívidas parceladas por menos de R$ 10
Mutirão do Serasa reúne mais de 1.600 empresas e oferece condições especiais para quem quer encerrar o ano com o nome limpo
Convocação da seleção brasileira: última lista de Ancelotti em 2025 derruba valor da equipe canarinho
A última convocação da seleção brasileira de Ancelotti em 2025 trouxe novidades como Luciano Juba e Vitor Roque, mas fez o valor de mercado da equipe cair