A catedral e a incorporadora
A construção da catedral de Notre Dame levou quase dois séculos e ficou pronta no ano de 1345. Desde então a edificação rodeada pelo rio Sena atravessou revoluções e guerras. De seus sinos soaram as badaladas que marcaram a libertação de Paris do domínio nazista em 1944.
Nem toda essa história foi capaz de evitar o incêndio de grandes proporções que consumiu praticamente toda a estrutura da catedral, na tarde de hoje. Trata-se de mais um exemplo de que todos estamos sujeitos a intempéries, seja pela força da natureza ou da imprudência do ser humano.
No mundo dos investimentos, talvez o único ativo cuja solidez possa ser comparada com a da catedral de Notre Dame são os títulos do governo americano. Mas até mesmo a credibilidade dos Treasuries já foi questionada em 2011, quando a agência de risco S&P tomou a inédita decisão de rebaixar a classificação de risco dos EUA.
Aqui no Brasil são vários os casos de ativos sólidos que se desmancharam ou tiveram a solidez questionada. Basta lembrar a perda de R$ 32 bilhões em valor de mercado da Petrobras na última sexta-feira.
Outro exemplo que acompanhamos de perto aqui no Seu Dinheiro é o da Gafisa. Não faz muito tempo que a incorporadora era apontada como uma das mais tradicionais do mercado.
A empresa sofreu durante a grave crise no setor imobiliário, mas vinha tentando se recuperar quando a gestora GWI, do investidor Mu Hak You, assumiu o comando, em setembro passado. Após uma série de decisões atabalhoadas (e que agora serão investigadas), o gestor perdeu o controle da companhia, cujas ações despencaram na bolsa.
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Eu estive hoje na coletiva de imprensa com o novo presidente da Gafisa, que falou sobre os próximos passos para tentar tirar a empresa do buraco. Eles incluem a entrada de uma injeção de mais dinheiro por parte dos acionistas e a entrada de outro investidor polêmico, como eu te mostro nesta reportagem.
À espera de Brasília
Sem grandes novidades vindas da capital federal, os investidores na bolsa decidiram vestir a camisa da cautela nesse começo de semana. A bolsa fechou hoje sem saber o resultado da reunião entre Bolsonaro e Paulo Guedes para decidir o futuro da política de preços da Petrobras. No Congresso, o impasse sobre as pautas da CCJ da Câmara ainda reinava, deixando o pessoal do mercado na defensiva. O Victor Aguiar conta mais sobre esse dia de espera nos mercados.
A bomba mora ao lado
Engana-se quem pensa que a relação do governo Bolsonaro com o Congresso está pacificada. Na esteira do projeto que engessa ainda mais o Orçamento, a Câmara pode votar amanhã um requerimento de urgência de mais uma pauta-bomba. Se for aprovado, o projeto pode custar R$ 3,4 bilhões por ano aos cofres públicos. Saiba nesta matéria quem será beneficiado pelo projeto que os deputados correm para aprovar.
Tesouro na bolsa
Está pronta para ser concretizada uma das demandas mais antigas dos investidores no mercado brasileiro. O primeiro ETF (fundo de índice com cotas negociadas na bolsa) que replica uma carteira de títulos do Tesouro Nacional já foi lançado e está com cotas disponíveis para reserva até o fim deste mês. O ETF vai seguir o índice de papéis atrelados à inflação e estreia com a expectativa de levantar R$ 2 bilhões no mercado. Se você se interessou, não deixe de conferir os detalhes lá no Seu Dinheiro.
Um novo mínimo
O Ministério da Economia divulgou hoje à tarde o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020. Trata-se de um esboço do Orçamento oficial da União para o ano que vem, mas já trouxe algumas informações relevantes para a economia brasileira. A principal delas sem dúvida é o reajuste do salário mínimo. Confira os novos valores que o governo propõe para o ano que vem.
A hora e a vez da Amazon e Disney
Peço licença ao lendário Guimarães Rosa e seu título Sagarana para parafrasear o título de uma de suas histórias e contar dois “causos” que estão mexendo (e muito) com as bolsas lá fora. Amazon e Disney chegaram com o pé na porta do universo dos streamings, uma anunciando um serviço que concorrerá com a Netflix; e a outra ameaçando entrar no quintal do Spotify. Além das novas opções de entretenimento, vale a pena observar os impactos da concorrência nas ações das gigantes nas bolsas.
Pelo caminho das pedras
A intervenção de Bolsonaro na política de preços da Petrobras na sexta-feira acendeu um alerta e deixou uma pulga atrás da orelha sobre as reais intenções liberais do governo. Ainda é cedo para afirmar se foi ou não um gesto isolado. Mas o que fazer com os seus investimentos quando a dúvida é quem fala mais alto? O nosso colunista Felipe Miranda segue no time dos otimistas, mas trilha o caminho das pedras para quem não quer ser pego no contrapé. Recomendo a leitura!
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