Dólar à vista termina o ano em R$ 4,01, alta de 3,63%; veja o que mexeu com a moeda americana em 2019
Moeda americana tem queda de 0,95% no último pregão do ano, acumulando desvalorização de 5,40% no mês
Neste último pregão do ano (30), o dólar à vista terminou o dia cotado em R$ 4,01, uma queda de 0,95% no dia e de nada menos que 5,40% no mês. Mas, no acumulado do ano, a moeda americana teve alta de 3,63%, pouco se lembrarmos de todos os fortes altos e baixos pelos quais a cotação passou ao longo de 2019.
Começamos o ano com rumores de que os Estados Unidos estavam crescendo abaixo do esperado, de que o banco central americano (Fed) poderia desistir de subir os juros (o que levaria mais capital para os países emergentes) e de que a inflação por lá poderia aumentar, o que tenderia a desvalorizar a moeda americana ante o real.
Além das incertezas quanto à solidez da economia americana, havia outro grande temor no radar dos investidores: a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
E se o cenário externo parecia mais nebuloso, por aqui a situação se mostrava um pouco melhor para os mercados.
A ascensão de um governo com viés econômico mais liberal e privatizador poderia atrair grande quantidade de capital estrangeiro para cá, o que também poderia forçar a moeda americana para baixo, numa consequente apreciação do real frente ao dólar.
Logo no primeiro dia útil do ano, vimos o dólar à vista na casa dos R$ 3,80. Em seguida, a moeda até perdeu certo ritmo e chegou a encostar em R$ 3,65, lá para fevereiro.
Leia Também
Mas desde então a situação mudou completamente. O câmbio foi tomado por uma maré de turbulências, especialmente externas, o que fez com que o mercado reagisse e alcançasse o momento mais tenso em novembro deste ano quando a moeda americana chegou a uma nova máxima histórica de R$ 4,25 - acima do famigerado patamar psicológico de R$ 4,20.
Um mês e tanto
Até novembro, o movimento de alta do dólar no ano se explicava pelo fato de que o país vivia um momento de fuga de dólares que impedia a moeda americana de recuar. Com a queda das taxas de juros por aqui e uma queda em ritmo menor nos EUA, o diferencial de juros dos dois países ficou muito pequeno, desestimulando a entrada do capital estrangeiro especulativo que vinha lucrar com as nossas outrora elevadas taxas de juros.
Além disso, os juros baixos no Brasil estimulavam as empresas nacionais a trocarem dívida em dólar por dívida em real, aumentando a demanda por moeda americana a fim de quitar antecipadamente as obrigações lá fora.
Nem mesmo a aprovação da reforma da Previdência no fim de outubro foi capaz de trazer bons ventos para o real.
- Leia mais: Você quer ganhar dinheiro na próxima década? A sua oportunidade está aqui.
Em novembro, a coisa ficou ainda mais desfavorável à divisa brasileira. O mês entrou para a história como o período em que o dólar à vista fechou acima de R$ 4,20 pela primeira vez. E pela segunda, terceira, quarta, quinta e sexta vezes também.
O dólar à vista começou o mês na casa dos R$ 4 e terminou cotado em R$ 4,2407, uma valorização de 5,77%. O principal fator que pesou contra o real foi o clima de incerteza política que tomava conta de países latino-americanos como Chile, Bolívia, Argentina e Colômbia. Por uma questão regional, a moeda brasileira foi impactada pelas tensões nos vizinhos.
Além disso, o mercado ficou profundamente frustrado com os resultados dos leilões de petróleo ocorridos naquele mês. Era esperado que mais empresas estrangeiras viessem a arrematar os blocos leiloados, acarretando uma chuva de dólares por aqui. Não foi o que aconteceu.
Para completar, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, com consequente soltura do ex-presidente Lula, o que veio a se somar às demais instabilidades políticas na América Latina.
Dezembro foi um mês de descompressão no dólar
No mês de dezembro, entretanto, o dólar devolveu todos os ganhos de novembro, em razão da forte redução da aversão a risco nos mercados. Os dados econômicos mais fortes por aqui, sinalizando retomada da economia brasileira, contribuíram para fortalecer o real.
Já o alívio no front da guerra comercial, com Estados Unidos e China finalmente chegando a um acordo de primeira fase, contribuiu para enfraquecer o dólar.
A sessão do último pregão do ano foi bastante esvaziada, com volumes baixos e movimentos pontuais de realização de lucros.
Embora o dólar tenha fechado o ano em alta, ao contrário do que havia sido esperado inicialmente, alguém que tenha dormido em 30 de dezembro de 2018 e acordado hoje pode ter achado que a oscilação de apenas 3,63% até que não foi tanta assim. Acabou apenas refletindo a nova realidade de juros baixos que temos, que naturalmente resulta num real mais depreciado.
Mas, felizmente, os outros fatores de instabilidade - guerra comercial, desaceleração econômica mundial e riscos às reformas por aqui - por ora foram vencidos.
Olhando para frente
Segundo os dados divulgados hoje (30) pelo Boletim Focus, o câmbio no final do próximo ano deve ficar em R$ 4,08, ante os R$ 4,10 apresentados na última semana.
Ou seja, o mercado acredita que a alta do dólar no ano que vem deve ser modesta (1,75% ante o fechamento de hoje). Mas como dizem que o câmbio foi inventado para humilhar os economistas, não é nem um pouco impossível que essa previsão não se concretize em dezembro de 2020, a exemplo do que ocorreu neste ano.
Por isso que, seja como for, é sempre importante manter uma parte da sua carteira de investimentos aplicada em dólar ou fundos cambiais como medida de proteção.
Um conto de Black Friday: como uma data que antes era restrita aos Estados Unidos transformou o varejo brasileiro
Data que nasceu no varejo norte-americano ganhou força no Brasil e moldou uma nova lógica de promoções, competição e transparência de preços.
Lotofácil tem 24 ganhadores, mas só 3 vão receber o dinheiro todo; Timemania pode pagar (bem) mais que a Mega-Sena hoje
Seis bilhetes cravaram as dezenas válidas pela Lotofácil 3545, sendo três apostas simples e três bolões; todas as demais loterias sorteadas ontem acumularam
13º salário atrasou? Saiba o que fazer se o empregador não realizar o pagamento da primeira parcela até sexta-feira (28)
O prazo limite da primeira parcela do 13° é até a próxima sexta-feira (28), veja o que fazer caso o empregador atrase o pagamento
Seu Dinheiro figura no Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2025
Site contou com três jornalistas na primeira seleção que escolhe os 50 mais admirados do país
“O Banco Central não se emociona”, diz Galípolo; juro vai se manter restritivo até que inflação chegue à meta de 3%
Em evento da Febraban, o presidente do BC destacou o papel técnico da autarquia para controlar a inflação, sem influência da “questão midiática”
Defesa de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, pede habeas corpus para o banqueiro ao STJ
Ele recebeu voz de prisão de um policial federal à paisana no momento em que passava no raio-x do Aeroporto de Guarulhos para sair do Brasil na segunda-feira passada (17)
STF mantém prisão preventiva de Bolsonaro; entenda o que acontece agora
A ministra Cármen Lúcia foi a última a votar e apenas acompanhou o relator, sem apresentar voto escrito. Além dela, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram para confirmar prisão preventiva
Taxa Selic vai voltar para um dígito, segundo economistas, mas só em 2028 — já a inflação deve continuar acima da meta por bastante tempo
Boletim Focus desta segunda diminuiu a projeção de juros para 2026 e 2028, projetando pela primeira a Selic em 9,75% em 2028
Agenda da semana tem IPCA-15, inflação nos Estados Unidos e feriado de Ação de Graças em Wall Street
Semana traz agenda intensa de indicadores que incluem a prévia da inflação local e o PCE, índice de inflação favorito do Federal Reserve
Balanço do G20: Lula defende governança soberana em minerais críticos e IA e promete data para assinatura de acordo Mercosul-UE
Presidente discursou no evento sobre minerais como terras raras e inteligência artificial; a jornalistas, prometeu assinatura de acordo comercial para 20 de dezembro
Mega-Sena acumula, mas Lotofácil faz 5 milionários; Timemania acumula em R$ 51,5 milhões
Lotofácil pagou mais de R$ 1 milhão a cada acertador; veja os resultados das principais loterias e quando acontecem os próximos sorteios
Balanço da COP30: evento termina com financiamento para florestas, mas sem mencionar petróleo
Além da adaptação aos impactos climáticos, muitos países esperavam medidas para enfrentar as causas do aquecimento global, que não foram anunciadas
Para cumprir regra fiscal, governo reduz contenção de gastos de ministérios de R$ 12,1 bi para R$ 7,7 bi
Ao realizar suas avaliações bimestrais do andamento fiscal do ano, o governo tem mirado o limite inferior da margem de tolerância da meta
Bolsonaro é preso preventivamente a pedido da PF
Ainda não se esgotarem os recursos disponíveis para a defesa do ex-presidente tentar reduzir a pena ou rever eventuais incongruências na decisão tomada pelos ministros da Primeira Turma.
Da carne ao açaí: os destaques da lista de 249 produtos agropecuários brasileiros beneficiados pela retirada das tarifas dos EUA
Com a medida retroativa, estarão isentas todas as mercadorias retiradas de armazéns para consumo a partir de 12h01 (horário de Nova York) de 13 de novembro
Oncoclínicas (ONCO3), 1,6 milhão de pessoas, fundos de pensão de servidores: veja quem já foi afetado pela liquidação do Banco Master (até agora)
A rentabilidade oferecida pelo Banco Master parecia boa demais para ser ignorada. Com CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) rendendo até 140% do CDI, o benchmark do mercado, diversas pessoas e empresas investiram nos papéis. Agora, precisarão pagar um preço caro pelas aplicações com a liquidação extrajudicial do banco. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) cobre […]
Após fim da tarifa de 40% sobre carne bovina, Minerva (BEEF3) e MBRF (MBRF3) sobem na bolsa; o que pode acontecer com o preço da carne no mundo?
Preço futuro da arroba do boi estava em queda, após medidas mais restritivas da China. Retirada das tarifas dos EUA deve reduzir a pressão de baixa
Falcon 7X: como é o jato de R$ 200 milhões no qual dono do Banco Master teria tentado fugir do Brasil
Fabricado pela francesa Dassault Aviation, o Falcon 7X combina autonomia intercontinental, tecnologia derivada da aviação militar e configurações de luxo
Adeus, tarifas: governo Trump retira sobretaxa de 40% sobre importações brasileiras de mais de 200 produtos
EUA retiram a tarifa adicional de 40% sobre carne, café, suco de laranja, petróleo e peças de aeronaves vindos do Brasil
Vai precisar de CNH para andar de bicicleta? Se for ela motorizada, a resposta está aqui
Contran atualiza as regras para bicicletas elétricas, ciclomotores e equipamentos motorizados; entenda quando será obrigatório ter CNH, placa e licenciamento.

