Crédito mais barato para casa própria turbina portabilidade
Dívidas transferidas pelos clientes também aumentaram. Em janeiro de 2017, com a Selic em 13% ao ano e o crédito habitacional médio em 11,24%, foram R$ 224,4 mil em volume de concessões. Já em agosto deste ano, a cifra pulou para mais de R$ 145 milhões

O financiamento para aquisição da casa própria é a modalidade de crédito para o consumidor final que mais rapidamente responde aos ciclos de corte da taxa Selic. Neste ano, enquanto os juros básicos caíram de 6,5% ao ano para 5%, a taxa média de crédito imobiliário recuou de 8,92% para 7,71%. Essa redução abre o caminho para a portabilidade de dívidas no setor - operação que, apesar de vantajosa, ainda é pouco utilizada pelos tomadores.
Em agosto, último mês informado pelo Banco Central, as operações de troca de dívida imobiliária alcançaram 388 pedidos, alta de 150% em relação a julho. O movimento ocorreu dois meses depois de a Caixa Econômica Federal, líder do setor, anunciar a primeira redução do ano. Na época, a sequência de cortes na Selic já havia sido iniciada.
As dívidas transferidas pelos clientes também aumentaram. Em janeiro de 2017, com a Selic em 13% ao ano e o crédito habitacional médio em 11,24%, foram R$ 224,4 mil em volume de concessões. Já em agosto deste ano, a cifra pulou para mais de R$ 145 milhões.
Para o executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Oliveira, a maior procura pela portabilidade foi impulsionada pela redução de juros da economia e pela competição das instituições financeiras.
"Com a Selic mais baixa, os bancos ganham menos investindo em títulos públicos e se voltam para os empréstimos. Mas se fosse apenas isso, aumentaria a oferta de outros tipo de crédito também. A competição, portanto, é o mais importante, porque essa é uma linha interessante para os bancos, já que tem menos risco de inadimplência."
Ele explica que a quantidade de operações ainda é baixa por uma questão cultural. "A diferença das taxas, antes, era pequena e o cliente tinha de mudar toda a estrutura do financiamento. Hoje a diferença é maior. A partir daqui, a tendência é o número de portabilidades acelerar", explica.
Leia Também
"O mercado imobiliário nunca foi tão competitivo. Poucos setores tiveram a reação que ele teve em relação à taxa básica de juros", diz o superintendente de negócios imobiliários do banco Santander, Paulo Duailibi. "Temos observado pedidos de portabilidade para a nossa instituição e também contatos de clientes nossos que pedem portabilidade para outros bancos. No médio prazo, as saídas e entradas tendem a empatar. Essa competição é importante porque no fim do dia, quem sai ganhando é o cliente", diz.
O Banco do Brasil também afirmou em nota que "o saldo entre operações (de portabilidade) compradas e vendidas é praticamente zero", o que quer dizer que a quantidade de empréstimos que o banco perde para os concorrentes é praticamente a mesma dos que trazem suas dívidas para a instituição. Mas, se para os bancos as mudanças podem não trazer alterações significativas, na carteira, os clientes podem sentir diferença importante no orçamento.
Para o cliente
Uma redução de 1 ponto porcentual na taxa total do empréstimo imobiliário pode resultar em uma economia de até 15% no valor das mensalidades, explicou o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Basílio Jafet. Porém, o cliente está sujeito aos custos de avaliação do imóvel e do registro no cartório depois da portabilidade. Todo esse processo sai em torno de R$ 3,7 mil, para uma casa avaliada em R$ 500 mil na cidade de São Paulo, segundo Marcelo Prata, fundador do site Canal do Crédito.
Para saber se, de fato, levar o financiamento para outra instituição financeira é um bom negócio, é preciso atentar ao Custo Efetivo Total do financiamento imobiliário. Nesse cálculo, entra não apenas a taxa de juros praticada pelo banco, mas também os seguros por morte e invalidez permanente incluídos no financiamento. Outro custo a ser observado é a taxa de administração das contas envolvidas.
"Essas taxas têm um impacto importante na prestação porque variam de seguradora para seguradora. Elas são baseadas no prazo do financiamento e na idade do contratante", explica o professor do MBA em Gestão de Negócios Imobiliários da Fundação Getúlio Vargas Sérgio Cano.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Financiamento imobiliário bate recorde em 2021 e deve continuar a crescer, segundo Abecip
Rocha Neto disse que o setor continua perseguindo uma diversificação das fontes de recurso. No ano passado, o SBPE respondeu por cerca de 80% do crédito imobiliário concedido no País
Caixa bate recorde em 2021 ao conceder R$ 140,6 bi em crédito habitacional e diz não esperar mais altas nos juros no financiamento imobiliário
O executivo afirmou que a Caixa segue os juros futuros com vencimento em oito anos para definir as taxas
XP (XPBR31) e Inter (BIDI4) sobem embalados pelas prévias operacionais; Goldman Sachs vê potencial de alta de 116,5% em ações da XP
Papéis do Banco Inter (BID4) têm dia de volatilidade alta, XP (XPBR31) sobe com força após publicação de dados operacionais favoráveis
Cada vez mais complicado: governo cede à pressão dos bancos e eleva os juros cobrados no consignado
Febraban alega que redução do teto durante a pandemia vinha pressionando os custos de captação, desestimulando, assim, a oferta do consignado
Caixa vai financiar compra de painéis solares para residências
Em participação no Brasil em Pauta, da TV Brasil, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que programa será lançado no próximo mês
Após adeus ao Banco Pan, Méliuz (CASH3) se une à Captalys para lançar novo cartão
Anúncio é feito em um momento em que a empresa desacelera a divulgação do cartão com o Banco Pan; negócio faz parte da frente de serviços financeiros, considerada importante ‘avenida de crescimento’ para a companhia
Mesmo com Selic em alta, Caixa reduz juros do crédito imobiliário atrelado à poupança
Banco agora tem as melhores condições do mercado para esta modalidade de financiamento
IPCA vira armadilha no financiamento imobiliário e pode deixar mutuário devendo mais do que financiou
Simulações mostram impacto da alta recente da inflação no custo da parcela e no saldo devedor da linha de crédito imobiliário atrelado ao IPCA, que vem perdendo a atratividade com a disparada dos preços; correção pode aumentar valor da prestação e tornar o saldo devedor maior que o valor financiado
Abrindo novos caminhos: Banco Inter (BIDI11) dispara após compra de empresa norte-americana de remessas internacionais – Veja os detalhes
Ideia é atender não somente o público brasileiro que mora nos Estados Unidos, mas também os locais, oferecendo serviços disponíveis no Brasil
Vai comprar imóvel financiado? Saiba por que você deve correr e conheça as modalidades de crédito disponíveis
Alta da taxa Selic já começou a elevar os juros do crédito imobiliário, mas taxas ainda estão historicamente baixas; entenda as características das linhas disponíveis no mercado hoje e saiba quais as mais adequadas para o momento
O que vale mais a pena: quitar o financiamento imobiliário ou investir o dinheiro? A resposta pode ter mudado
Só valerá a pena quitar a dívida imobiliária imediatamente se você não conseguir um investimento que supere a taxa efetiva do financiamento. Mas isso hoje é possível na renda fixa
Na briga com os gigantes? Caixa mais que dobra lucro e tem melhor segundo trimestre da história – Veja os números
Banco consegue ultrapassar marca importante nos seis primeiros meses de 2021, quando realizou IPO da Caixa Seguridade e saída do Banco Pan
Buscando margem: Itaú Unibanco (ITUB4) aposta em retomada de crédito pessoal para lucro continuar em alta
Carteira de crédito tem sido impulsionada por linhas com juros mais baixos para os clientes, como financiamento de imóveis e de veículos
Nubank promete aumentar limite em cartão de crédito de 35 milhões de clientes
Segundo a companhia, até o final de 2021, 10 milhões de clientes serão impactados pela novidade do cartão; três milhões em agosto
Enquanto troca de comando, Santander tem maior lucro da sua história
No segundo trimestre, banco apurou ganhos de R$ 4,171 bilhões, crescimento de 8% na comparação anual, e acima do esperado pelo mercado
Ação da XP sobe após prévia do 2º trimestre, que tem evolução no crédito como destaque
Carteira da instituição financeira cresceu 43% em três meses, chegando a R$ 6,8 bilhões ao final de junho, e transações com cartões chegaram a R$ 2,1 bilhões
Santander faz aquisições e entra em assinatura de carros
Banco comprou 80% da Solution4fleet, e 67% da Car10, plataforma de marketplace que reúne cerca de 8 mil oficinas automotivas
Bolsonaro sanciona com vetos lei que cria regras para prevenir superendividamento
A proposta aprovada prevê mais transparência nos contratos de empréstimos e tenta impedir condutas consideradas extorsivas
Juro do rotativo do cartão cai em maio a 329,6% ao ano, mostra BC
A taxa passou de 336,1% para 329,6% ao ano. Os números são influenciados pelos efeitos da segunda onda da pandemia de covid-19
Superávit em c/c soma US$ 3,840 bilhões em maio, afirma BC
O resultado das transações correntes ficou positivo em maio deste ano, em US$ 3,840 bilhões. Este é o melhor resultado para meses de maio desde o início da série histórica do BC