Novo presidente da Caixa quer fazer uma revolução no mercado de capitais
Pedro Guimarães promete securitizar R$ 100 bilhões em créditos do banco e quer ajudar a elevar de 700 mil para 5 milhões o número de investidores em ações com as aberturas de capital do banco

Um sorridente Pedro Guimarães subiu ao palco para a cerimônia de transmissão de cargo de presidente da Caixa Econômica Federal e desenhou metas ambiciosas para a instituição: a securitização de créditos de R$ 100 bilhões e elevar o número de investidores em bolsa de valores de 700 mil para 5 milhões, por meio das operações de abertura de capital de subsidiárias do banco.
“Essas operações da Caixa vão atrair dezenas de milhares de brasileiros para serem sócios da Caixa”, disse.
Na visão de Guimarães, as aberturas de capital não são contra a Caixa, mas sim uma forma de garantir que a instituição tenha mais 100 anos, 150 anos, 200 anos de história, além de blindar o banco de eventual ingerência política. Com funcionários e clientes “sócios” do banco, se alguém “quiser usar a Caixa de maneira política isso não vai acontecer”.
Antes de listar esses e outros pontos estratégicos para o banco, Guimarães se emocionou ao falar do pai, que morreu de AIDS, e da mãe, vítima de câncer de pulmão, e de sua trajetória como atleta e bolsista do CNPQ, para dizer que não tinha dúvida de que queria fazer algo para ajudar o Brasil.
O primeiro ponto citado dentro das medidas estratégicas foi a meritocracia. Segundo Guimarães, os funcionários do banco podem ter certeza que todas as promoções serão definidas por mérito.
“Quem trabalhar mais e melhor terá o seu espaço. Não existe ingerência política na Caixa, zero. Todos terão espaço por mérito. Podem ter tranquilidade. Não tem indicação por X, Y ou Z”, disse.
Leia Também
Ele falou que começará um trabalho junto ao RH para garantir que as cadeiras são ocupadas por merecimento. Também foi destacado o controle de custos e, como exemplo, ele falou que patrocínios terão de mostrar retorno de forma matemática.
No crédito, Guimarães disse que a Caixa “não vai ficar emprestando para empresa grande”, e quem poder tomar crédito no mercado internacional, vai ao mercado internacional. Nessa linha, ele disse que está estudando toda a carteira de crédito e que algumas operações não devem ser renovadas.
O foco recairá sobre a parte imobiliária e como o funding do FGTS e da poupança são finitos, a saída será a securitização de carteiras e crédito em mercado. Guimarães lembrou que essas operações movimentaram cerca de R$ 10 bilhões recentemente, mas ele quer fazer R$ 100 bilhões ao longo de quatro anos. “Se eu não conseguir, o ministro não vai gostar. Temos de correr com isso”, disse.
Para Guimarães, o varejo de alta renda vai tomar títulos pagando 8% a 9% no lugar de realizar investimentos com juro real de 4%, antes do pagamento de imposto de renda.
Os investimentos em infraestrutura também fazem parte do plano, mas ele falou que não se vai construir pontes ligando nada a lugar nenhum. O foco deve recair sobre energia eólica e obras de iluminação pública, que têm maior capacidade de gerar recebíveis.
Ele voltou a falar sobre “mais Brasil e menos Brasília”, reforçando que vai visitar todos os Estados para ouvir e entender o que a população quer do banco. Também disse que a Caixa não vai sair de comunidades e que vai voltar a atender ao público na Rocinha, no Rio de Janeiro.
O presidente disse, ainda, que todos os ocupantes de cargo de gerência farão o curso de governança do Tribunal de Contas da União (TCU), que agora é um “aliado” e peça necessária para “realizarmos um processo revolucionário no mercado de capitais”.
Outra meta lançada por ele é tornar a Caixa a melhor estatal do ponto de vista da governança em quatro anos.
Mais uma meta foi lançada no segmento de cartão consignado. O presidente quer 20 milhões de cartões dessa modalidade na qual a Caixa ainda não atua. Ele disse que se falhar será sua culpa, mas que vai cobrar todos os envolvidos.
No microcrédito, ele quer chegar a 30 milhões de clientes tendo como inspiração o modelo de garantia solidária do Credamigo do Banco do Nordeste, algo que ele já tinha falado pela manhã, no Palácio do Planalto.
Ainda de acordo com Guimarães, a Caixa é motivo de orgulho e seus 93 milhões de clientes corresponderiam ao 15º maior país do mundo. O desafio é fazer com esse universo de pessoas consumam produtos do banco de forma efetiva, algo feito por apenas 15 milhões atualmente.
Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou a “paixão” de Guimarães e de seu antecessor, Nelson de Souza, que falaram antes dele.
Segundo Guedes, as instituições públicas têm papel extraordinário, mas é necessário enfatizar a importância da governança corporativa para que essas empresas preservem suas atribuições.
Para Guedes, se tiver operação com subsídio, que seja com recursos do Orçamento. Caso contrário, a população não sabe se o banco está servindo a “piratas privados”, interesses políticos ou ao país. O ministro já tinha falado algo semelhante na transmissão de cargo ao novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes.
Segundo Guedes, a Caixa foi “recentemente capturada e se perdeu”, e o banco teve um “episódio de perdição”, como visto em outras estatais, mas que já está retornando aos seus desígnios.
Ele citou o caso do FI-FGTS, fundo de investimento do FGTS, que “andou irrigando muita coisa que não era para irrigar". O FI-FGTS é alvo de operações da Polícia Federal e Ministério Público por desvio de recursos públicos.
Guedes também falou que com apenas uma ligação o sujeito saía com R$ 1 bilhão e isso (influência política) não será mais tolerado. O mesmo vale para a compra de influência por meio de publicidade. Ele terminou lembrando que “foi gente parar em Curitiba” em função dos problemas na estatal e que temos de aprender com essa experiência e que a eleição de Jair Bolsonaro “foi um sonoro não a esse comportamento”.
O ministro voltou a questionar onde “estávamos todo nós enquanto isso acontecia?”, algo que ela já tinha falado no seu discurso de posse na semana passada. Para Guedes, essa é reposta que todos, seja do setor público ou privado, temos de responder. “A corrupção sistêmica é intolerável e inaceitável”, disse.
Guedes também disse que vai trabalhar muito próximo ao TCU e ao Ministério Público e promover um choque de cidadania. Segundo o ministro, quem descobria algo errado no antigo modelo tinha de abafar a fumaça.
“No nosso sistema é o contrário, quem sinalizar onde tem fumaça antes que pegue fogo, será premiado. Vamos inverter essa lógica com ajuda do TCU”, afirmou.
Investir em estatal vale a pena? Uma reflexão sobre como o Banco do Brasil (BBAS3) subverteu as máximas dos manuais de investimentos
Banco do Brasil (BBAS3) negocia com múltiplos baixos demais para a qualidade dos resultados que tem apresentado e ainda guarda um bom potencial de valorização
Banco do Brasil tem lucro de R$ 7,8 bilhões no 2T22 e cumpre promessa de se equiparar a bancos privados em rentabilidade
Lucro do Banco do Brasil aumentou 54,8% em relação ao mesmo período de 2021 e rentabilidade sobre o patrimônio líquido superou a do Bradesco
BB Seguridade tem salto no lucro e anuncia data para pagar dividendos; banco recomenda compra de BBSE3
A holding de seguros do Banco do Brasil lucrou R$ 1,4 bilhão no segundo trimestre e vai distribuir mais de R$ 2 bilhões em dividendos no dia 29 de agosto
Suzano (SUZB3) ou Klabin (KLBN11): veja qual empresa de papel é a ação mais recomendada para julho — e confira as principais indicações das corretoras
O candidato ideal para substituir o plástico e atrair um mercado que valoriza cada vez mais a agenda ESG é o principal produto da ação mais recomendada para julho
Banco do Brasil (BBAS3) e BB Mapfre criam plataforma digital para o agronegócio
A Broto será focada na cadeia produtiva do setor, aproveitando a proximidade do Banco do Brasil (BBAS3) com o segmento
XP está mais otimista com o Itaú (ITUB4), mas ainda prefere outra ação no setor bancário — saiba qual
A corretora vê maior competição no segmento nos próximos anos, à medida que as fintechs amadureçam as operações, tanto em tamanho quanto em diversidade de produtos e serviços
Trio de bancões e Vale (VALE3) são as ações mais recomendadas para o São João na B3; confira as principais indicações para junho
No arraial da B3, as corretoras elegeram para o cortejo junino um trio que há muito tempo não dava as caras nos primeiros lugares da nossa seleção
Dividendos e JCP: Banco do Brasil anuncia pagamento R$ 714,3 milhões aos acionistas; veja as condições para receber
O BB decidiu antecipar os dividendos do segundo trimestre e vai pagar aproximadamente R$ 0,2502 por ação em juros sobre o capital próprio.
BB DTVM lança o AGRI11, primeiro ETF que segue o novo índice do agronegócio na B3
Na estreia, os papéis AGRI11 operam em alta; o ETF é o segundo fundo voltado ao agronegócio que a gestora do Banco do Brasil lança neste ano
Ex-ministro da Fazenda defende privatização do Banco do Brasil (BBAS3); quais são as chances?
A privatização do Banco do Brasil (BBAS3) é um dos assuntos que devem ser discutidos durante a corrida presidencial nas eleições
Cinco bancos aparecem na lista das 10 melhores empresas para crescer na carreira; confira o ranking
O LinkedIn divulgou quais são as melhores empresas para desenvolver a carreira em 2022; algumas estão com processos seletivos abertos
Nubank (NUBR33) e Banco do Brasil (BBAS3) caíram? Usuários reclamam de instabilidade no app
Clientes do roxinho relatam problemas em algumas funcionalidades do aplicativo; correntistas do BB também enfrentam dificuldades
Dividendos: Banco do Brasil (BBSA3) alegra Carnaval dos acionistas ao anunciar R$ 601 milhões em JCP
E, para quem ainda não tem ações do BB, também temos uma boa notícia: ainda dá tempo de garantir uma fatia da bolada
Fintechs querem destruir os bancões, mas não vão conseguir: com alta de juros, ações de grandes bancos ganham força podem pagar bons dividendos ; veja
Em cenário de alta de juros, as fintechs podem sair perdendo na batalha contra os grandes bancos; veja a ação para quem quer ter chance de lucrar
‘Ações BBAS3 estão baratas a níveis não vistos desde a era Dilma’: Banco do Brasil veio com força total no balanço, mas papéis ainda estão ‘uma pechincha’ e podem subir 45%; entenda
O Banco do Brasil surpreendeu o mercado com um balanço acima do esperado, as ações já sobem quase 25% neste ano e, de acordo com relatório da XP, ainda há espaço para mais; Goldman Sachs não vê patamar tão barato desde o caos do governo Dilma
Banco do Brasil (BBAS3): Goldman Sachs eleva preço-alvo após lucro do 4T21 e agora vê potencial de alta de 37%
Os analistas, que já tinham recomendação de compra para BBAS3, destacaram as projeções feitas pelo Banco do Brasil para os resultados de 2022
Banco do Brasil (BBAS3) dispara após resultado do 4T21, e analistas veem ações no menor patamar desde a era Dilma
BTG Pactual eleva recomendação e vê potencial de alta de 35% para as ações do Banco do Brasil; analistas reforçam que papéis BBAS3 estão baratos
Banco do Brasil (BBAS3) e Engie anunciam pagamento bilionário de dividendos e JCP; veja quem pode receber
BB distribuirá mais de R$ 2 bilhões aos seus acionistas enquanto a companhia de energia desembolsará perto de R$ 700 milhões
Banco do Brasil (BBAS3) tem lucro de R$ 21 bilhões em 2021 e diminui distância para os concorrentes privados
No quarto trimestre, o resultado recorrente do Banco do Brasil aumentou 60,5% em relação ao mesmo período de 2020 e ficou bem acima da expectativa do mercado
As melhores contas digitais para crianças e adolescentes para quem quer ensinar os filhos a dar valor ao dinheiro
Fizemos um levantamento das contas jovens disponíveis hoje no mercado para saber o que elas oferecem e quais são as mais adequadas para quem quer monitorar, de perto, os gastos e movimentações dos filhos