Dia de expectativas no mercado
Terça-feira antecede decisão de juros do Federal Reserve e visita da China aos EUA para tratar da questão comercial
A terça-feira deve ser marcada por expectativas no mercado financeiro, véspera da decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros norte-americana e do início do encontro oficial entre Estados Unidos e China sobre a questão comercial. Por aqui, o noticiário em relação a Vale deve continuar negativo, mantendo a pressão sobre a Bolsa brasileira.
As ações da mineradora registraram ontem um tombo histórico de 24,5%, perdendo mais de R$ 70 bilhões em valor de mercado, em meio a um volume expressivo de negócios, na primeira reação local ao rompimento de uma barragem da Vale na cidade mineira de Brumadinho. A reincidência no caso, menos de três anos após a tragédia em Mariana (MG), eleva os riscos de a empresa passar por sanções, punições e penas mais duras.
Novos desdobramentos do caso devem continuar pressionando as ações da mineradora nos próximo dias. O número total de mortos subiu a 65, enquanto 279 pessoas continuam desaparecidas. Além do impacto na metade do caixa da empresa para cobrir os danos sociais, trabalhistas e ambientais, não se pode descartar dificuldades da Vale para a concessão de novas licenças e aumento na fiscalização das minas em operação.
Exterior à espera...
Já no exterior é grande a expectativa de que o Fed adote um tom suave (“dovish”) em relação à condução da política monetária, diminuindo as chances de mais duas altas nos juros neste ano. O Banco Central dos EUA reúne-se hoje e decide amanhã sobre a taxa básica. Logo depois, haverá uma entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell.
Quanto às negociações entre EUA e China, o mercado segue otimista de que haverá algum progresso na questão comercial. Porém, os investidores não abrem mão da cautela, já que não há sinais de avanço em temas delicados entre Washington e Pequim, relacionados, principalmente, à propriedade intelectual.
Mas é difícil imaginar que algum acordo seja alcançado enquanto não se resolver a questão envolvendo a Huawei. O prazo final para o pedido de extradição da executiva financeira (CFO) da empresa chinesa, Meng Wanzhou, feito pelos EUA ao Canadá termina nesta semana. A previsão é de que ela seja solta sob pagamento de fiança.
Leia Também
E o encontro oficial sobre a questão comercial começa já com um revés, capaz de minar as expectativas de um acordo mais firme. A decisão de Washington de acusar criminalmente a Huawei, por roubo de segredos comerciais e fraude bancária, joga um balde de água fria nos investidores mais otimistas e eleva a tensão entre os dois países.
Promotores norte-americanos acusam a gigante chinesa de tecnologia de usar seus equipamentos de telecomunicações para espionagem e de estimular seus funcionários a conseguir informações eletrônicas dos rivais. As acusações envolvem diretamente Meng e ocorrem às vésperas da chegada do vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, a Washington.
Em contrapartida, a Huawei negou as acusações criminais dos EUA e se disse “decepcionada”. A empresa afirma que nem ela nem suas afiliadas ou subsidiárias tenham cometido qualquer uma das violações alegadas e não está ciente de qualquer malfeito envolvendo Meng.
...e de lado
Em reação, as principais bolsas asiáticas encerram a sessão com leves baixas, em meio a preocupações de que as acusações envolvendo a Huawei possam prejudicar as negociações comerciais sino-americanas. Os índices futuros das bolsas de Nova York também amanhecem com perdas moderadas, diante do receio de que a guerra comercial e a desaceleração econômica chinesa estejam afetando o lucro das empresas dos EUA.
Na Europa, as principais bolsas da região também caminham para uma abertura no vermelho, com as atenções voltadas para uma nova tentativa de saída do Reino Unido da União Europeia (UE). A libra esterlina segue cotada acima da faixa de US$ 1,30, mas exibe oscilações estreitas, assim como o euro e o iene. Entre as commodities, o petróleo ensaia ganhos, após as sanções dos EUA contra a Rússia e a Venezuela.
Agenda sem destaques
O calendário econômico do dia está sem destaques, no Brasil e no exterior. Lá fora, saem dados sobre os preços de imóveis residenciais nos Estados Unidos em novembro (12h) e sobre o índice de confiança do consumidor neste mês (13h). Já na Europa, o Parlamento britânico discute um novo acordo para o Brexit.
A primeira-ministra Theresa May deve colocar uma nova proposta em votação. Se aprovada, ela tentará uma renegociação com a UE, mas o bloco comum europeu de 28 países não parece aberto ao diálogo. Aqui, serão conhecidos a confiança do setor industrial em janeiro (8h) e dados sobre as operações de crédito (10h30).
Os investidores também observam a evolução do quadro clínico do presidente Jair Bolsonaro, após 7 horas de cirurgia para retirar a bolsa de colostomia. A expectativa é de que aos longo dos dez dias de recuperação no hospital, ele dê sinais sobre a proposta de reforma da Previdência, detalhando as medidas.
Porém, com a volta aos trabalhos do Congresso, na sexta-feira, deputados e senadores podem aproveitar a comoção atual envolvendo a Vale e criar uma agenda própria. Temas como licença ambiental e os royalties podem entrar na pauta. A ver, então, se após a renovação no Legislativo, os novos eleitos irão se mostrar sensíveis a questões populares.
Fundos de pensão que investiram em títulos do Banco Master entram na mira da Justiça em meio a irregularidades nos investimentos
Investigações apontam para aplicações financeiras fora dos protocolos adequados nos casos dos fundos Amazonprev, Rioprevidência e Maceió Previdência
Time sensação do Campeonato Brasileiro, Mirassol arrecada o equivalente a um terço do orçamento municipal
Sensação do Brasileirão, o Mirassol arrecadou cerca de um terço do orçamento municipal e levou a pequena cidade paulista ao cenário internacional com a vaga na Libertadores
Joesley Batista viajou para a Venezuela para pedir renúncia de Maduro: qual o interesse da JBS e da J&F no país?
Joesley Batista tem relações com o presidente Donald Trump e pediu pelo fim das tarifas sobre a carne. A JBS também tem negócios nos Estados Unidos
Lotomania e Super Sete aproveitam bola dividida na Lotofácil e pagam os maiores prêmios da noite nas loterias da Caixa
Lotofácil manteve a fama de loteria “menos difícil” da Caixa, mas cedeu os holofotes a outras modalidades sorteadas na noite de quarta-feira (3).
Alerta Selic: o que pode impedir o BC de cortar os juros, segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual
A projeção do banco é que a Selic encerre 2025 em 15% e que os cortes comecem de forma gradual em janeiro, alcançando 12% ao final de 2026
Ibovespa a 300 mil pontos? ASA vê a bolsa brasileira nas alturas, mas há uma âncora à vista
Em um cenário dúbio para 2026, os executivos da instituição financeira avaliam o melhor investimento para surfar um possível rali e ainda conseguir se proteger em um ambiente negativo
Segundo carro elétrico mais vendido do Brasil atinge marca histórica de vendas no mundo
Hatch elétrico chinês atinge marca histórica em apenas quatro anos e reforça a estratégia global da BYD no mercado de veículos eletrificados
Retrospectiva Spotify 2025: Bad Bunny lidera o mundo e dupla sertaneja domina o Brasil (de novo); veja como acessar o seu Wrapped
Plataforma divulga artistas, álbuns e músicas mais ouvidos do ano e libera função Wrapped para todos os usuários
De bailarina a bilionária mais jovem do mundo: a trajetória da brasileira que construiu uma fortuna aos 29 anos sem ser herdeira
A ascensão de Luana Lopes Lara à frente da Kalshi mostra como a ex-bailarina transformou formação técnica e visão de mercado em uma fortuna bilionária
Daniel Vorcaro — da ostentação imobiliária à prisão: o caso da mansão de R$ 460 milhões em Miami
A mansão de R$ 460 milhões comprada por Daniel Vorcaro em Miami virou símbolo da ascensão e queda do dono do Banco Master, hoje investigado por fraudes
Lotofácil 3552 faz os primeiros milionários de dezembro nas loterias da Caixa; Mega-Sena e Timemania encalham
A Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores na faixa principal na noite de terça-feira (2). A Dia de Sorte saiu para um bolão na região Sul do Brasil.
Banco Master: Ministério Público quer Daniel Vorcaro de volta à prisão e TRF-1 marca julgamento do empresário
Uma decisão de sábado soltou Vorcaro e outros quatro presos na investigação do Banco Master
Qual signo manda na B3? Câncer investe mais, Libra investe melhor — e a astrologia invade o pregão
Levantamento da B3 revela que cancerianos são os que mais investem em ações, mas quem domina o valor investido são os librianos
BC Protege+: Como funciona a nova ferramenta do Banco Central que impede a abertura de contas não autorizadas
Nova ferramenta do Banco Central permite bloquear a abertura de contas em nome do usuário e promete reduzir fraudes com identidades falsas no sistema financeiro
CNH sem autoescola: com proposta aprovada, quanto vai custar para tirar a habilitação
Com a proposta da CNH sem autoescola aprovada, o custo para tirar a habilitação pode cair até 80% em todo o país
A palavra do ano no dicionário Oxford que diz muito sobre os dias de hoje
Eleita Palavra do Ano pela Oxford, a expressão “rage bait” revela como a internet passou a usar a raiva como estratégia de engajamento e manipulação emocional
Não tem para ninguém: Lotofácil, Quina e demais loterias da Caixa entram em dezembro sem ganhadores
Depois de acumular no primeiro sorteio do mês, a Lotofácil pode pagar nesta terça-feira (2) o segundo maior prêmio da rodada das loterias da Caixa — ou o maior, se ela sair sem que ninguém acerte a Timemania
Tema de 2026 será corte de juros — e Galapagos vê a Selic a 10,5% no fim do próximo ano
No Boletim Focus desta semana, a mediana de projeções dos economistas aponta para uma Selic de 10,5% apenas no final de 2027
Metrô de São Paulo começa a aceitar pagamento com cartão de crédito e débito direto na catraca; veja como vai funcionar
Passageiros já podem usar cartões de crédito ou débito por aproximação na catraca, mas integração com ônibus continua exclusiva do Bilhete Único
CNH sem autoescola: quais são os requisitos para o instrutor autônomo?
Nova resolução do Contran cria o instrutor autônomo e detalha os requisitos para atuar na formação de condutores no modelo da CNH sem autoescola
