Na posse como presidente do BNDES, Levy fala de plano de desinvestimentos à criação de um FGC
Novo presidente do banco defendeu uma política de desinvestimentos e evitou dar números sobre o pagamento de dívidas com a União

O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, disse nesta terça-feira, 8, que o governo voltará a avaliar as alternativas para a criação de um fundo de garantia para operações de crédito. O novo chefe do banco de fomento concedeu uma entrevista coletiva após a cerimônia de transmissão de cargo, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.
Segundo ele, há oferta de recursos internacionais para esse fim e, com o fundo, os bancos privados poderão ser mais ativos na concessão de crédito corporativo.
O assunto havia voltado à pauta dos ministérios da Fazenda e do Planejamento no fim do governo passado, após ser discutido pelo Grupo de Trabalho do Mercado de Capitais. Para Levy, a modelagem de novos instrumentos de garantia é importante, mas complexa.
Questionado se ativos do próprio BNDES poderiam ser usados para constituir o fundo, o novo presidente do banco, que já foi ministro da Fazenda e atuou em organismos internacionais, disse que as alternativas serão estudadas, mas que é preciso avaliar a qualidade da carteira. "Vamos ver como evolui (a discussão). Se é um ativo de risco, não podemos usar para tomar mais risco", completou.
Pagamentos em aberto
Levy também afirmou que o valor definitivo a ser pago neste ano ao governo referente à dívida do BNDES com a União dependerá do ritmo da retomada da atividade econômica e de uma análise do balanço do banco. "O exato valor da definição vai ser em função tanto das perspectivas de retomada da economia quanto desse melhor uso do nosso balanço", disse o novo presidente, que evitou citar valores.
O economista disse que não queria se antecipar, pois seria preciso fazer um levantamento para definir as metas, tanto de desembolsos quanto de devoluções antecipadas da dívida com a União. Conforme uma reestruturação da dívida firmada em julho do ano passado, o BNDES devolveria R$ 26,6 bilhões neste ano, mas a equipe do Ministério da Economia já sinalizou que quer mais e a devolução poderá chegar a R$ 100 bilhões.
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Saldão do BNDES
Sobre o tema desinvestimentos, Levy disse que a forma como o banco venderá seus ativos ainda será definida. Ele destacou, no entanto, que é preciso olhar o impacto das vendas da carteira bilionária do BNDES no mercado. "O momento é bom (para desinvestir), a gente tem visto a Bolsa evoluindo bem", disse.
O executivo afirmou também que a venda de ativos da holding de participações societárias BNDESPar deve ser parte da estratégia de mudança da estrutura de capital do banco. "Parte da mudança da estrutura de capital será exatamente com a BNDESPar, como vamos desinvestir. Temos que olhar o impacto no mercado da venda desses ativos", disse.
Relatório divulgado na segunda-feira pelo banco BTG avalia em cerca de R$ 100 bilhões a carteira de ativos da holding. Quase 70% disso está alocado em Petrobras e Vale, mas há participações relevantes em outras empresas como AES Tietê, Tupy e JBS.
Ao explicar a importância de focar o crédito às empresas de médio porte, Levy disse que a política monetária "é favorável". "Quando houver aumento de demanda, a oferta terá capacidade de responder sem inflação", afirmou o executivo.
Questionado se o atual nível de desembolsos do BNDES - R$ 69,16 bilhões em 2018, menor patamar desde 1996 - não poderia frear o crescimento quando a demanda retomar em ritmo mais acelerado, Levy disse que temos que "separar desembolsos de apoio".
"Se eu usar outros instrumentos, como garantias, posso ter desembolsos com recursos privados, mas em que eu vou estar proporcionando parte da estrutura de financiamento", afirmou Levy, sem citar valores. Ele frisou, porém, que, com o aumento da demanda avançando, a expansão do crédito poderá vir do setor privado. "Em projetos mais complexos, o BNDES tem um papel a cumprir", disse Levy.
E a Eletrobras?
O novo presidente do BNDES foi reticente em relação à privatização da Eletrobras, mas se mostrou otimista quanto a venda das estatais federalizadas do setor elétrico. "A privatização da Eletrobras continua em discussão e vamos apoiar a política que se fixar", disse.
Levy defendeu o modelo de desestatização como saída "diante dos desafios fiscais de muitos Estados". Questionado sobre as declarações do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que é contrário à privatização da Cedae, Levy disse que a experiência em outros Estados é de que a venda das estatais ajudou a reduzir perdas e ineficiências "que se arrastavam", mas prometeu apoiar as decisões tomadas.
"Cada Estado tem que avaliar sua situação e ver as implicações jurídicas de suas decisões", afirmou. "Nosso papel é de apoiar as decisões tomadas. Somos prestadores de serviço, temos que apoiar o cliente", completou.
Nada a declarar
Após falas polêmicas envolvendo o presidente Jair Bolsonaro na semana passada, o novo presidente do BNDES evitou comentar a operação de compra da divisão de jatos comerciais da Embraer pela americana Boeing. Vale lembrar que o BNDES é o maior acionista individual da Embraer e que o ex-presidente do banco, Dyogo Oliveira, vinha defendendo a operação.
"Como participante minoritário, não é adequado me manifestar neste momento", disse Levy, ao ser questionando sobre sua posição em relação à operação. A Embraer tem uma "golden share" nas mãos de União, que pode vetar a operação. Como acionista, o BNDES poderá votar a favor ou contra o negócio na assembleia de acionistas que apreciará o tema.
*Com Estadão Conteúdo.
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