BNDES começa a abrir ‘caixa-preta’ e revela seus maiores tomadores de recursos pela primeira vez
Ferramenta permite ao usuário ver cada operação efetuada com os 50 maiores tomadores de recursos dos últimos 15 anos (2004 a 2018), além de disponibilizar recortes trienais

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) publicou nesta sexta-feira, 18, uma lista dos seus 50 maiores tomadores de recursos.
Petrobras, Embraer, Norte Energia, Vale, Construtora Norberto Odebrecht, Tim, Telefônica, Oi e até o Estado de São Paulo estão entre os dez maiores.
Segundo banco de fomento, é a primeira vez que esses dados são disponibilizados ao público neste formato.
A ferramenta permite ao usuário ver cada operação efetuada com os 50 maiores tomadores de recursos dos últimos 15 anos (2004 a 2018), além de disponibilizar recortes trienais.
A nova página da plataforma de transparência também permitirá saber se os recursos emprestados pelo BNDES para os maiores clientes foram por meio de empréstimos ou de investimento em renda variável, por compra de ações negociáveis ou por outras formas do BNDES entrar na estrutura societária da empresa.
Aos números
No período de 2004 a 2018, por exemplo, Petrobras aparece como a principal tomadora de recursos com R$ 62,429 bilhões, o equivalente a 4,05% de todos os recursos tomados no banco.
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A Embraer aparece em segundo lugar, com R$ 49,37 bilhões ou 3,20% do total, seguida por Norte Energia (R$ 25,388 bilhões) e Vale (R$ 22,489 bilhões).
Já no recorte mais recente, que engloba o período de 2016 a 2018, Embraer aparece como a maior tomadora de recursos do BNDES, com R$ 8 bilhões. Em seguida, aparecem os seguintes clientes:
- Xingu Rio Transmissora de Energia (R$ 5 bilhões)
- Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (R$ 5 bilhões)
- Fibria (R$ 3,4 bilhões)
- Belo Monte (R$ 3,2 bilhões)
- Rumo Malha Norte (R$ 2,39 bilhões)
- Concessionária de Rodovia Sul Matogrossense (R$ 2,32 bilhões)
- FCA Fiat Chrysler (R$ 1,77 bilhão)
- Município do Rio de Janeiro (R$ 1,64 bilhão)
- Concessionária Aeroporto Rio de Janeiro (R$ 1,62 bilhão)
Mais acessível
Em nota, o banco explica que a busca por melhorar a experiência do usuário responde ao compromisso de facilitar o entendimento do público das operações efetuadas pelo banco, permitindo analisar onde a instituição mais investiu.
O objetivo é, assim, tornar a navegação mais amigável e acessível. A disponibilização da lista, com acesso a um grande número de detalhes de cada operação, é parte do esforço de transparência que o Banco tem feito e que deve ser a marca das suas ações sempre", afirma o BNDES.
O banco diz ainda que a iniciativa de facilitar a compreensão das operações do BNDES também inclui um acesso direto a todos os contratos de exportação de bens e serviços brasileiros de engenharia para projetos em outros países.
"Foi disponibilizado um link que permite acessar, na íntegra, os contratos assinados entre o BNDES, o país importador e a empresa brasileira exportadora de bens e serviços de engenharia", informa.
Segundo o BNDES, no site estão disponíveis os contratos referentes à exportação relativa a projetos nos nossos vizinhos Argentina, Paraguai, Peru e Venezuela, assim como em Honduras, Equador, Costa Rica, Guatemala, México, República Dominicana e Cuba, além de Angola, Gana e Moçambique.
"Mais a fundo"
No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro prometeu ir "bem mais afundo" na transparência dos dados da instituição. A maior transparência do BNDES foi uma das promessas de campanha de Bolsonaro.
Ainda vamos bem mais a fundo! BNDES divulga interessante link identificando os países que usaram os recursos financeiros do Brasil e os motivos dos empréstimos. Tire suas conclusões: https://t.co/kJKJXjenhI pic.twitter.com/HKaULyXHDG
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 18, 2019
*Com Estadão Conteúdo
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