O que o CEO da gestora de US$ 442 bilhões tem a dizer sobre o Brasil
Jim Hirschmann, presidente da americana Western Asset, está otimista com a perspectiva de aprovação das reformas na gestão Bolsonaro. Tanto que, ao contrário da maioria dos investidores estrangeiros, já aumentou as posições no país
Eu não encontrava a palavra em inglês para perguntar a opinião de Jim Hirschmann, presidente da Western Asset, sobre as oscilações bruscas no humor dos investidores no mercado financeiro nas últimas semanas.
“Como dizer ‘bipolar’ em inglês?”, perguntei para mim mesmo em voz alta.
“Bipolar, I got it!”, ele me respondeu, ao esclarecer que a expressão é a mesma nos dois idiomas.
Hirschmann me deu a breve aula durante a conversa que tivemos ontem pela manhã. Ele veio a São Paulo participar de um evento promovido pela gestora americana, que tem US$ 442 bilhões (R$ 1,7 trilhão) em ativos.
Para o presidente da Western, não faltam razões para a bipolaridade de boa parte dos investidores. Como exemplos, citou o cenário político nos Estados Unidos, a tumultuada saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), os problemas fiscais na Itália e a guerra comercial entre EUA e China.
Brasil na carteira
O Brasil não fica alheio a esse movimento. Para Hirschmann, isso explica em parte por que os investidores estrangeiros se mostram bem mais cautelosos com o país do que os locais mesmo depois da confirmação da vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de outubro.
Leia Também
Apesar do sinal positivo, o capital externo deve esperar pela aprovação de medidas concretas do governo eleito antes de entrar com mais força. Além disso, o potencial do mercado local é tão grande que muitos investidores não se importam em perder o começo do movimento de alta.
“Mas esse não é o nosso caso. Nós já tínhamos uma boa posição no Brasil e inclusive aumentamos”, disse Hirschmann.
A Western conhece bem o Brasil. A presença aqui foi reforçada em 2005, quando a Legg Mason, uma das empresas do grupo, adquiriu globalmente a gestora de fundos do Citi. Hoje, possui pouco mais de R$ 41 bilhões sob gestão no país.
Para a gestora, a grande dúvida que ainda persiste é sobre a capacidade do governo eleito de formar uma maioria no Congresso. Mas a visão positiva da Western se baseia na perspectiva de que Bolsonaro será bem sucedido nessa missão.
Além do Brasil, Hirschmann diz que a gestora está otimista com os mercados emergentes em geral. E isso inclui Argentina e Turquia, os que mais sofreram nas últimas levas de fuga de ativos de maior risco.
“Os spreads [diferença de rentabilidade] em relação aos mercados desenvolvidos são os maiores dos últimos 15 anos, então o valor está lá.”
Preocupado com a guerra
É claro que o cenário de alta para o Brasil e os demais mercados emergentes depende, e muito, do cenário lá fora.
De todos os fatores de risco mencionados por ele, a possibilidade de uma guerra comercial entre EUA e China está no topo da lista de Hirschmann.
"Será ruim para os dois países e também para a economia global", afirmou.
Nesse sentido, ele avalia que o fato de os líderes dos dois países terem saído da última reunião do G-20 sem um acordo mais concreto alinhavado foi de certa forma frustrante para os mercados.
Alívio com Fed
Com tantos sinais de preocupação no radar, a sinalização do Federal Reserve (o Banco Central americano) de que os juros nos Estados Unidos não devem subir muito mais trouxe um grande alívio para os investidores.
Para Hirschmann, o Fed vinha sendo rigoroso demais ao manter a posição de uma alta mais forte das taxas em meio aos problemas externos.
“A economia global está desacelerando, enquanto os EUA vão bem. Mas os dois cenários não podem coexistir para sempre”, disse.
Simpar (SIMH3) detalha acordo de aquisição da Automob por R$ 226 milhões e afirma que operação não afeta reorganização da empresa
O montante será pago em parcelas anuais iguais a partir de 31 de dezembro de 2025 até a mesma data de 2028
Quando até a morte é incerta: Em dia de agenda fraca, Ibovespa reage ao IBC-Br em meio a expectativa de desaceleração
Mesmo se desacelerar, IBC-Br de outubro não altera sinalizações de alta dos juros para as próximas reuniões
A Selic subiu, o dólar disparou e chegou a hora de fazer alguns ajustes no portfólio – mas sem exageros
Muitas vezes os investidores confundem “ajustes” com “mudança completa” e podem acabar sendo pegos no contrapé, perdendo muito dinheiro com aquilo que acreditavam ser uma estratégia defensiva
Após 15 anos — e muito juro pela frente —, IPO do Bradesco Seguros pode finalmente sair do papel? Bancões têm altas expectativas que sim
Oferta colocaria banco ao lado de outras instituições que já tem seus segmentos de seguros com capital aberto em bolsa
Depois do adeus de Campos Neto com alta da Selic, vem aí a decisão dos juros nos EUA — e o mercado diz o que vai acontecer por lá
Novos dados de inflação e emprego da maior economia do mundo deixam mais claro qual será o próximo passo do Fed antes da chegada de Donald Trump na Casa Branca; por aqui, Ibovespa recua e dólar sobe
Acionistas da Lojas Renner (LREN3) aprovam incorporação de administradora de cartões e aumento de capital em meio bilhão de reais
A incorporação da Renner Administradora de Cartões de Crédito (RACC) não acarretará em emissão de novas ações ou impacto financeiro para a varejista, por se tratar de uma subsidiária
Encontros e despedidas: Ibovespa se prepara para o resultado da última reunião do Copom com Campos Neto à frente do BC
Investidores também aguardam números da inflação ao consumidor norte-americano em novembro, mas só um resultado muito fora da curva pode mudar perspectiva para juros
Ibovespa aguarda IPCA de novembro enquanto mercado se prepara para a última reunião do Copom em 2024; Lula é internado às pressas
Lula passa por cirurgia de emergência para drenar hematoma decorrente de acidente doméstico ocorrido em outubro
Petrobras (PETR4) acena com dividendos fartos e Goldman Sachs diz que é hora de comprar
Nos cálculos do banco, o dividend yield (retorno de dividendos) da petroleira deve chegar a 14% em 2025 e a 12% para os próximos três anos
Nova máxima histórica: Dólar volta a quebrar recorde e fecha no patamar de R$ 6,08, enquanto Ibovespa sobe 1% na esteira de Vale (VALE3)
A moeda chegou a recuar mais cedo, mas inverteu o sinal próximo ao final de sessão em meio à escalada dos juros futuros por aqui e dos yields nos Estados Unidos
Atualização pela manhã: desdobramentos da guerra na Síria, tensão no governo francês e expectativas com a Selic movimentam bolsas hoje
A semana conta com dados de inflação no Brasil e com a decisão sobre juros na próxima quarta-feira, com o exterior bastante movimentado
Como levar o dólar para abaixo de R$ 4, pacto fáustico à brasileira e renúncia do CEO da Cosan Investimentos: confira os destaques do Seu Dinheiro na semana
Um bolão vencedor da Mega-Sena e a Kinea vendida em bolsa brasileira também estão entre as matérias mais lidas da semana
Os sinais do dado de emprego sobre o caminho dos juros nos EUA. Bolsas se antecipam à próxima decisão do Fed
O principal relatório de emprego dos EUA mostrou a abertura de 227 mil postos no mês passado — um número bem acima dos 36 mil de outubro e da estimativa de consenso da Dow Jones de 214.000
Ações da MRV (MRVE3) disparam 8% e lideram altas do Ibovespa após anúncio de reestruturação que deve encolher as operações da Resia
O principal objetivo da revisão, que inclui venda de projetos e terrenos, é simplificar a estrutura da empresa e acelerar a desalavancagem do grupo MRV
Papai Noel dá as caras na bolsa: Ibovespa busca fôlego em payroll nos EUA, trâmite de pacote fiscal no Congresso e anúncios de dividendos e JCP
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano e velocidade do trâmite do pacote fiscal ditarão os rumos dos juros no Brasil e nos EUA
A possibilidade de se tornar uma boa pagadora de dividendos fez essa ação disparar
Não à toa, essa companhia foi eleita por nós uma das 5 melhores ações para dividendos no mês de dezembro
Acordo entre Eletrobras (ELET3) e AGU abre espaço para pagamento de dividendos de R$ 8 bilhões, diz Itaú BBA; entenda
Para os especialistas que cobrem a Eletrobras, o acordo, até o momento, foi bastante positivo para o mercado
Uma bomba explodiu no colo de Macron: a reação dos mercados à queda do governo na França e o que acontece agora
O primeiro-ministro Michel Barnier apresentou sua renúncia na manhã desta quinta-feira (5) e aumentou a pressão sob o presidente francês, que corre contra o relógio para encontrar um substituto; saiba quem são os possíveis candidatos a ocupar o cargo
‘Descartar um rali de fim de ano agora é pedir pra errar’: analista se mantém otimista com a bolsa brasileira e indica as 10 ações mais promissoras de dezembro
Para Larissa Quaresma, da Empiricus, o rali de fim de ano não pode ser completamente descartado e a bolsa brasileira ainda reserva boas oportunidades de investimento
As máximas do mercado: Ibovespa busca recuperação com trâmite urgente de pacote fiscal pela Câmara
Investidores também repercutem rumores sobre troca na Petrobras e turbulência política na França e na Coreia do Sul