O Tesouro Direto, sistema que permite a compra e venda de títulos do governo pela internet, completou o quinto mês seguido com captação líquida de recursos. Mas o volume em outubro foi tímido, de R$ 280 milhões, ante R$ 839 milhões no mês anterior.
Já o estoque de recursos no programa teve leve alta de 1,5%, somando R$ 52,35 bilhões, em comparação com setembro.
Destaque para o número de investidores cadastrados, que subiu em 155.345, alta de 5,84% sobre setembro, e maior crescimento da série histórica. Já o número de investidores ativos, que são aqueles com algum saldo aplicado, teve aumento de 27.579, elevando o total a 724.093 pessoas. O total de investidores cadastrados fechou o mês em 2,815 milhões.
Os preferidos
As vendas totais no mês foram de R$ 2,08 bilhões, enquanto os resgates ficaram em R$ 1,81 bilhão, integralmente em recompras.
O título mais demandando foi o Tesouro Selic (LFT), respondendo por 53,34% das vendas, com R$ 1,1 bilhão. Uma explicação pode ser a incerteza eleitoral, que deixou o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), em estado de prontidão para alta da Selic.
A última reunião aconteceu em 31 de outubro, com o juro básico permanecendo em 6,5% ao ano. Deste então, com o dólar recuando da linha dos R$ 4,0 e a inflação surpreendo para baixo, vem crescendo a aposta de manutenção do juro estável por mais tempo e de um possível ciclo de alta menor que o previamente estimado.
Os papéis atrelados à inflação, Tesouro IPCA, ou Notas do Tesouro Nacional Série B, responderam por 29% do total, ou R$ 605 milhões. Já os prefixados (LTN), totalizaram R$ 368 milhões ou 17,64%.
Nas recompras, destaque para os papéis atrelados a índices de preços, com 45% do total, seguidos pelas LFTs, com 30,5% e pelas LTNs, com outros 24,38%.
Na divisão por prazo, 59% das compras realizadas ficaram em papéis entre um e cinco anos.
Do estoque de R$ 52,35 bilhões, 59% estão alocados em NTN-Bs, 26% em LFT e 15% em LTNs.