🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

A crise vem de fora?

Enquanto todos ainda se debruçam sobre os resultados das pesquisas de intenção de voto e tentam antever as medidas do próximo governo, estou mais preocupado com o exterior neste momento

16 de outubro de 2018
10:35 - atualizado às 10:36
Donald Trump, presidente americano
Donald Trump - Imagem: shutterstock

Na sexta-feira à noite:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

C: “F, me ajuda aqui? Tem um gringo querendo entender a eleição.”
F: “Nossa, mas uma garrafa e meia de vinho depois, não sei se dou conta de entender a eleição. Acho que não dou conta nem sóbrio.”
C: “Para. Como é que pronuncia fascismo mesmo?”
F: “Faexizam. Ai, jura que a gente tá nessa?”
C pegando F pelo pulso: “Vem logo, chato.”
R: “Comment allez-vous?”
P (marido de C e amigo de infância de F, atropelando tudo com inglês macarrônico): “We don’t speak french.”
R: “Oh, sorry, I didn’t know.”
P: “I only know how to say ‘je ne parle français’.”
R: “Je ne parles PAAAS français.”, enfatizando o “pas” para marcar o erro.
P: “Of course, man! Do you think I don’t know how to say that? It’s so obvious.”
R: “Sorry, I was just saying.”
P: “Come on, dude? Don’t say ‘I am just saying'. Of course I know.”
C+F+P+R: hauhauhauhauhau

F tem um certo problema com conversas em língua estrangeira. Não é por falta de estudo ou prática — até já foi professor de inglês. A língua caracteriza a cultura de um povo. F tem medo de que, fora de sua origem, possa escorregar sem querer para termos pouco rigorosos e acabe invadindo a egrégora alheia. Há certas coisas sagradas que você não pode violar, sob o risco de um “Communication Breakdown”, como diria o Led.

Passamos meses olhando para dentro, interessados na eleição presidencial. Com o jogo praticamente definido, chega a hora de olharmos para fora. Você pode ler o quanto quiser, estudar mais do que todo mundo, decorar todos os jornais, mas, no fim do dia, é Bob Dylan e seu Jokerman quem estão certos: “A lei da selva e do mar são seus únicos professores”.

De olho no exterior

Enquanto todos ainda se debruçam sobre os resultados das pesquisas de intenção de voto e tentam antever as medidas do próximo governo, estou mais preocupado com o exterior neste momento. Eu olho para o cenário internacional e vejo uma comunicação quebrada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sabe por quê? Porque encontro grande dificuldade de leitura, de comunicar-me com os rumos dos mercados externos. Vejo argumentos para os dois lados. Encontro motivos suficientes para sustentar a continuidade do bull market em Wall Street e a recuperação dos emergentes. E identifico também fatores bastante fortes para justificar exatamente o contrário.

Leia Também

O pior: para adicionar dificuldade ao processo, conforme demonstraram Persio Arida e Deirdre McCloskey, os embates das narrativas em economia (e sempre coloco as finanças dentro da economia) não são definidos por superação positiva (não necessariamente ganha a melhor teoria, a de argumentos mais sólidos). Sai vencedora aquela com as melhores regras de retórica. Qual narrativa vai ganhar? Eu simplesmente não sei. Ninguém sabe. A verdade é filha do tempo.

Do ponto de vista de gestão de política econômica nos EUA, vejo as coisas com alguma preocupação. Estamos no pleno emprego (ou, ao menos, em torno dele) e a política fiscal segue bastante expansionista, com Donald Trump ampliando os gastos do governo e reduzindo impostos. Com uma economia utilizando a plena capacidade dos fatores de produção, damos um novo estímulo de demanda. Qual o provável resultado? Aumento da inflação e das importações. É o livro-texto canônico.

No fundo, é basicamente o mesmo racional da nova matriz econômica do governo Dilma: se você joga demanda numa economia sem folga de oferta, o que acontece? O Fim do Brasil: aumento do déficit público, muita inflação e explosão do déficit em conta-corrente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Trump dos Trópicos

Sob a ótica de gestão macro, é Dilma (não Bolsonaro) a verdadeira Trump dos Trópicos. Apêndice técnico: entre parênteses, aparece o suposto “novo Bolsonaro”; o “velho” é igualzinho à Dilma, que surpreendentemente era igualzinha também ao Geisel. Será que Bolsonaro tentará pela quarta vez resgatar a indústria naval brasileira? A miséria ama companhia. Uau, que país é este?

Não à toa, as taxas de juro de mercado nos EUA, em especial as longas, estão subindo vigorosamente nas últimas semanas. Isso afeta o apreçamento dos ativos em todo o mundo. Muitos dos modelos de precificação acontecem por arbitragem, ou seja, parte-se da taxa de juro livre de risco (normalmente, aquela dos títulos do Tesouro norte-americano) e adiciona-se um prêmio de risco. Se a taxa de juro livre de risco sobe, todos os demais ativos do mundo precisam ter seus retornos esperados também subindo — a forma de ajustar é por meio da queda de seus preços hoje. Isso explicaria, por exemplo, a entrada em bear market dos mercados emergentes, com quedas próximas a 25 por cento desde o último pico.

Ainda entre os pessimistas, aqueles supersticiosos talvez dissessem que outubro costuma ser um mês de migração dos cisnes negros. Entre os mais famosos, estariam a Segunda-Feira Negra, dia 19 de outubro de 1987, quando o Dow Jones caiu 22,6 por cento, e a Quinta-Feira Negra, dia 24 de outubro de 1929, o marco zero da Grande Depressão norte-americana. Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem.

Por outro lado, temos argumentos em contrário também. A primeira é que a economia norte-americana estaria com saúde suficientemente forte para tolerar aumentos de juros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mais do que isso, embora estejamos no pleno emprego, o “supply side” (lado da oferta) não tem sido negligenciado. Com efeito, os ganhos de produtividade derivados de inteligência artificial, computação em nuvem, machine learning, redes neurais e por aí, somados à mudança da estrutura demográfica, garantiriam uma inflação ainda baixa, sem exigir uma disparada muito grande dos juros.

Outro ponto interessante se refere ao valuation das Bolsas norte-americanas. Se você tirar as coisas mais óbvias de tecnologia da conta, encontra um monte de coisa bastante barata. Micron, por exemplo, negocia a quatro vezes lucros para 2019. McDonald's negocia a 8 por cento de earnings yield, Disney, a 9,5 por cento. Não à toa, já se observa o início de uma outperformance dos ETFs de value sobre aqueles de growth, com o smart money migrando em direção ao que ficou barato.

Do mesmo modo, talvez tenhamos chegado a uma oportunidade de compra clara em mercados emergentes depois da queda de 25 por cento. Como diria Buffett, somente os vendedores de ações devem se preocupar com mercados em baixa. Se você é comprador, agora é uma boa hora. Comprar barato e vender caro é a lei básica.

Para onde vamos?

Não sabemos. Mas uma coisa tem me chamado a atenção nos últimos dias: a valorização do ouro. Depois de muito tempo ali parado, ele dá sinais de força, servindo de hedge contra a inflação e contra um eventual grande reset dos mercados financeiros, depois de tantos estímulos monetários desde a crise de 2008. Por muito tempo, mantive o metal precioso como indicação de seguro para as carteiras, para abocanhar um pequeno pedaço de seu portfólio, algo como 2,5 por cento. Por muito tempo, não funcionou... até que… funcionou!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mercados

Mercados iniciam a terça-feira em alta, empurrados por maior tranquilidade no exterior, por nova pesquisa Ibope (praticamente sacramentando a vitória de Bolsonaro) e pelo adiantamento de pontos do programa de governo do PSL, amigáveis ao mercado, destacando medidas em prol da produtividade e desvinculação de gastos do Orçamento.

No exterior, além de busca por barganhas, resultados corporativos ditam o clima mais positivo. Hoje saem balanços de Netflix, Goldman Sachs e Morgan Stanley. Entre os indicadores econômicos por lá, temos produção industrial e relatório Jolts sobre emprego.

Agenda doméstica revela pesquisa mensal de serviços e prévia do IPC-S.

Ibovespa Futuro registra alta de 1,3 por cento, dólar e juros futuros caem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VIRANDO O JOGO

Do CadÚnico ao CNPJ: o novo rosto do empreendedorismo brasileiro derruba mito sobre o Bolsa Família

23 de outubro de 2025 - 16:19

Levantamento do Sebrae e do MDS mostra que 2,5 milhões de brasileiros inscritos em programas sociais decidiram empreender após entrarem no CadÚnico

DEPOIS DO ESCÂNDALO

Governo Lula aperta caixa do INSS após fraude — e um acordo com os Correios pode estar em risco

23 de outubro de 2025 - 12:16

Segundo a revista Veja, o bloqueio e a redução de recursos determinados pelo governo agravaram a situação financeira do INSS; entenda o que isso significa

NIS FINAL 4

Bolsa Família paga nesta quinta (23) beneficiários com NIS final 4; veja quando você recebe

23 de outubro de 2025 - 8:57

Programa chega a 18,9 milhões de famílias e inclui adicionais de até R$ 150 por criança

É RARO, MAS ACONTECE COM FREQUÊNCIA

Não tem (prêmio) pra ninguém: Lotofácil, +Milionária e Quina acumulam; Mega-Sena pode pagar uma fortuna hoje

23 de outubro de 2025 - 7:18

Nem a Lotofácil salvou a noite das loterias da Caixa. Junto com ela, a Quina, a Lotomania, a +Milionária, a Dupla Sena e a Super Sete acumularam na quarta-feira (22).

CORRIDA CONTRA O DÉFICIT

IOF, bets: Câmara aprova urgência para projeto que dobra imposto das apostas e reforça plano fiscal do governo

22 de outubro de 2025 - 17:50

A proposta de dobrar a alíquota das apostas online de 12% para 24% é vista pelo governo como peça-chave para recompor a arrecadação e cumprir a meta fiscal de 2026

A MALA VOLTOU

Vai voltar a ser como antes? Senado aprova gratuidade para bagagem de mão em voos

22 de outubro de 2025 - 16:52

A proposta altera o Código Brasileiro de Aeronáutica e define em lei o transporte gratuito de bagagem de mão — algo que, até agora, dependia apenas de resolução da Anac

SD ENTREVISTA

‘Nova poupança’ é boa, mas não espetacular para construtoras de média renda, diz gestor que ainda prefere as populares

22 de outubro de 2025 - 15:45

Em entrevista ao Seu Dinheiro, o head de renda variável do ASA, afirma que a nova política habitacional do governo federal pode até ajudar setor de média renda na construção, mas taxa de juros impede que o impacto positivo seja tão grande

URSINHO SUJO?

Os ursinhos do PCC: a loja de unicórnios e bichinhos de pelúcia investigada por lavar dinheiro do crime organizado

22 de outubro de 2025 - 15:31

Operação Plush realizada nesta quarta-feira (22) investiga uma rede de lavagem de dinheiro que usava lojas de brinquedos infantis

SEM GASOLINA E SEM ELETRICIDADE

Esse carro elétrico movido a energia solar pode rodar até 3 mil km sem recarga e será apresentado ao público nos próximos dias

22 de outubro de 2025 - 14:59

Protótipo solar da Nissan promete eliminar a necessidade de gasolina e recarga elétrica — e pode rodar até 3 mil km por ano apenas com energia do sol

DESTINO FORA DO RADAR

Um destino improvável surge ‘do nada’ como o mais almejado por turistas de todo o mundo em 2026

22 de outubro de 2025 - 9:21

Relatório da Expedia, da Hotels.com e da Vrbo revela as tendências para 2026 com base nos interesses manifestados por viajantes para o ano que vem

BOLSA FAMÍLIA 2025

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS final 3; valor médio é de R$ 683,42

22 de outubro de 2025 - 8:41

Programa do governo federal alcança 18,9 milhões de famílias em outubro, com desembolso de R$ 12,88 bilhões

ENCALHOU DE NOVO

Mega-Sena segue encalhada e prêmio chega a R$ 85 milhões; Quina pode pagar mais que a +Milionária hoje

22 de outubro de 2025 - 7:29

A Mega-Sena é o carro-chefe das loterias da Caixa. Ela está encalhada há seis sorteios, mas só voltará à cena amanhã.

DESENCALHOU

Lotofácil volta ao normal e faz os 2 primeiros milionários da semana

22 de outubro de 2025 - 6:52

Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quarta-feira (22) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3519

DE OLHO EM 2026

Entre Trade Tarcísio e risco fiscal: com eleições no horizonte, Nord Investimentos revela como ajustar a sua carteira

21 de outubro de 2025 - 19:49

A gestora avalia que a expansão nos gastos dos governos é um movimento global, mas você pode conseguir lucrar com isso — inclusive na bolsa brasileira

TESOURO BRASILEIRO

Tudo por uma esmeralda: pedra de R$ 2 bilhões aguarda leilão escondida em um bunker em São Paulo

21 de outubro de 2025 - 19:07

Encontrada na Bahia, uma das maiores esmeraldas já descobertas no país está sob forte esquema de segurança e ainda espera um comprador disposto a pagar ao menos R$ 105 milhões

PROJEÇÃO PREOCUPANTE

Outra Ambipar (AMBP3) no radar? Sócia-fundadora da Nord Investimentos avisa: “Se não houver mudança na política econômica, haverá crise no setor de crédito privado”

21 de outubro de 2025 - 17:11

Já para o sócio Caio Zylbersztajn, o crédito privado é a classe com maior nível de preocupação, e mesmo em um cenário de queda de juros, ainda há riscos de calote

TAXAÇÃO DE BETS E FINTECHS

Alternativa ao IOF: Casa Civil deve entregar 2 PLs ao Congresso após MP ser derrubada, diz Haddad

21 de outubro de 2025 - 15:57

Um PL enviado ao Congresso seria de revisão de despesas e outro de aumento de arrecadação, com taxação de bets e fintechs.

POR TRÁS DAS CORTINAS

Como criminosos conseguiram fugir com mais de R$ 40 milhões sem que ninguém percebesse

21 de outubro de 2025 - 15:43

No domingo (19), hackers invadiram o sistema da Diletta, uma prestadora de serviços financeiros brasileira, e drenaram mais de R$ 40 milhões

FICOU PARA TRÁS, MICKEY

O famoso parque de diversões brasileiro que desbancou a Disney e está entre os melhores do mundo

21 de outubro de 2025 - 15:31

Beto Carrero World supera os parques da Disney e conquista o 2º lugar entre os melhores do mundo, segundo o ranking Travelers’ Choice Awards 2025 do TripAdvisor

CHEIRO DE INOVAÇÃO

Do laboratório ao bar: como funciona o ‘nariz eletrônico’ que promete detectar metanol em bebidas alcoólicas

21 de outubro de 2025 - 14:32

Com precisão de 98% e análise em até 60 segundos, tecnologia desenvolvida na UFPE promete ajudar a combater as adulterações em bebidas alcoólicas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar