Analistas de mercado dizem que Castello Branco na Petrobras é ‘sinal positivo’
Economista é visto como um nome que pode manter a atual política de reajustes de preços da petroleira
Como esperado, a divulgação da escolha do economista Roberto Castello Branco para a presidência da Petrobras caiu bem no mercado. A indicação da equipe de Jair Bolsonaro é vista por analistas como um sinal positivo na gestão da política de preços de combustíveis.
De forma geral, a avaliação é de que o economista, que já ocupou cargos de direção no Banco Central e na mineradora Vale, é um nome com reconhecimento do mercado que pode manter uma política de reajustes de preços equalizada com as oscilações no mercado internacional.
Castello Branco foi convidado para assumir o comando da Petrobras e aceitou ocupar o cargo. A informação foi confirmada nesta segunda-feira, 19, por meio de um nota da assessoria do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.
"Castello Branco tem tudo pra fazer um ótimo trabalho. Não vejo risco de intervenções governamentais na política de preços, como já ocorreu no passado. Por tudo o que o (futuro) ministro da Economia (Paulo Guedes) e Roberto Castello Branco pensam, a tendência é que seja a política correta", Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Currículo alinhado
O futuro presidente da Petrobras já criticou, em entrevistas, as antigas políticas de conteúdo local e subsídios aos preços locais de combustíveis.
Para Alexandre Póvoa, sócio-fundador da Canepa Asset, o mercado tende a prestar atenção em como deve se portar o governo na questão do subsídio ao preço do diesel. "É preciso esperar para ver como vai ser o desarme do subsídio ao diesel para entender se haverá reação, como houve na greve dos caminhoneiros. É um tema politicamente difícil", diz Póvoa.
Já Pires, da CBIE, considera que o momento pode ser adequado para desarmar o subsídio diante de queda nos preços no mercado internacional. "Isso tende a promover uma transição tranquila para o fim do programa de subsídio", diz ele.
O nome de Adriano Pires chegou a ser citado como cotado para o Ministério de Minas e Energia (MME), mas ele nega ter participado de conversas com a equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e diz que não recebeu qualquer convite.
Pedro Galdi, da Mirae Asset, destaca que Castello Branco é conhecido entre profissionais do mercado, sobretudo por sua atuação na Vale. "É um nome conhecido no mercado financeiro, com uma carreira importante", diz.
Para ele, o novo presidente da Petrobras tende a continuar com uma fórmula de preços que não necessariamente seja o reajuste diário dos combustíveis, mas que permita a equalização com as cotações internacionais.
*Com Estadão Conteúdo.
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