Ilan reforça que reformas são ‘fundamentais’ para juros baixos e inflação controlada
Durante evento na Febraban Presidente do Banco Central cobrou realização de reformas para reequilíbrio das contas públicas

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, ressaltou que a economia brasileira, embora se recupere de maneira gradual, tem crescido continuamente. Ele participou de evento na Federação Brasileiro de Bancos (Febraban) nesta terça-feira, 4.
"O PIB cresceu 0,8% no terceiro trimestre. Foi a sétima variação positiva seguida a cada semestre. Isso não acontecia desde 2011. O cenário é desafiador, mas na margem vemos estabilidade", observou.
Goldfajn disse ainda que a recuperação econômica foi possível graças à queda dos juros e ao controle da inflação. Segundo ele, a inflação está ancorada e a expectativa é que isso se mantenha em 2019 e 2020.
O presidente do BC aproveitou o discurso para mais uma vez cobrar a realização de reformas que reequilibrem as contas públicas.
"A aprovação e implementação de reformas e ajustes são fundamentais para sustentabilidade desse ambiente [de juros baixos e inflação controlada]. Temos enfatizado que a conquista da inflação e de juros baixos depende de avançar nesse processo", afirmou.
Goldfajn lembrou também que em 2018 os emergentes tiveram que enfrentar aversão ao risco e fuga de capital, em razão do aumento das taxas de juros nos Estados Unidos. Disse ainda que a realocação do portfólio do investidor global depreciou moedas e elevou o prêmio de risco. "Os prêmios de risco se estabilizaram, mas em níveis aquém dos vigentes no início do ano", declarou.
Leia Também
"Não obstante às incertezas, Brasil mostrou que tem amortecedores robustos para enfrentar choques", disse.
Guardia quer Previdência no Top 1
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, resolveu transformar seu discurso no evento da Febraban em um apelo para que o próximo governo comece o ajuste fiscal com a reforma da Previdência. "É o cerne do problema".
Na visão do ministro, o Brasil ainda tem a chance de fazer um ajuste fiscal gradual e, sabendo de suas vulnerabilidades, precisa enfrentá-las antes que o cenário externo "fique ainda mais adverso".
"Outras economias não conseguiram realizar um ajuste fiscal, e isso leva a medidas urgentes de curto prazo, que no Brasil acabariam reforçando as distorções que temos", disse Guardia, que ressaltou que, na reunião do G-20, o tom era de preocupação com 2019.
Guardia também disse que seria um erro revogar o teto de gasto, que se tornou uma espécie de garantia aos investidores internacionais de que haverá algum controle de despesas. E, para que o teto seja respeitado, é necessário realizar a reforma da Previdência. "A manutenção do teto é crível pelos próximos quatro anos, pelo menos até o próximo governo", disse.
Para o ministro, a continuidade do processo de reformas vai exigir um diálogo entre os poderes Judiciário e Legislativo. Também afirmou que os governos estaduais precisam controlar os gastos, que ainda crescem mais que a inflação.
*Com Estadão Conteúdo
CEO Global do Credit Suisse nega suposta venda da filial brasileira em vídeo
As expectativas para a eventual negociação cresceram após a notícia de que José Olympio deixaria a presidência do banco após 10 anos no cargo
Brasil pode perder uma segunda década consecutiva de crescimento com medidas atuais, diz ex-BC
O ex-presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que o governo deve assegurar que os recursos estão chegando aos mais necessitados e que não é o momento de grandes obras públicas
Ilan Goldfajn: ‘O mais importante hoje é a persistência nas reformas’
O economista, hoje presidente do conselho do Credit Suisse, afirma estar otimista, pois vários obstáculos, como a taxa de juros elevada, já foram retirados do caminho
Queda de juro torna a vida do poupador mais difícil, mas é bem-vinda, diz Ilan Goldfajn
Para o ex-presidente do Banco Central, não haverá recuperação global forte, os EUA vão desacelerar e juro ficará baixo por um bom tempo, com dólar alto. E não adianta esperar o dinheiro gringo: nós mesmos vamos ter que investir na economia real, e isso vai ser bom
Ex-presidente do BC, Ilan Goldfajn vai para o Credit Suisse
Economista atuará com clientes corporativos e pessoas físicas de alta e altíssima renda da instituição; ele assume o cargo no próximo dia 16
E não é que a inflação sumiu do discurso do Banco Central?
Roberto Campos Neto usou o termo “inflação” apenas sete vezes no seu discurso. Ilan, quando chegou ao BC, falou em “inflação” 17 vezes e os contextos são bem diferentes. Isso mostra que embate CDI x Ibovespa morreu faz tempo
Será que Campos Neto tira do bolso alguma indicação sobre a Selic?
Presidente do Banco Central discursa em cerimônia de transmissão de cargo e mercado, ou parte dele, espera algum aceno sobre taxa básica de juros
Roberto Campos Neto toma posse como presidente do Banco Central
Em cerimônia reservada, Bolsonaro empossa novo presidente. Transmissão de cargo será no dia 13 de março
Para presidente do BC, reforma da Previdência é “abrangente” e injustiças “estão sendo tratadas”
Ilan Goldfajn reforçou que na visão do BC, quanto maior a economia da reforma, melhor será para administrar a inflação
Para Ilan Goldfajn, é preciso cautela para baixar ainda mais a Selic
Principal preocupação do presidente do Banco Central é o desequilíbrio das contas públicas, diante da indefinição da aprovação das reformas
Estímulo monetário está adequado e crescimento depende de reformas
Em ata, Banco Central (BC) reforça cautela, serenidade e perseverança e afirma que incerteza impede retomada mais acelerada da atividade
Inflação abaixo do esperado e a cautela do Banco Central
IPCA comportado e atividade fraca devem impulsionar debate sobre a existência de espaço ou não para novas reduções da Selic
Indicação de Campos Neto para o comando do Banco Central chega ao Senado
Em carta, futuro presidente diz ter perfeita afinidade intelectual e moral com a equipe econômica. Senador Omar Aziz (PSD-AM) deve conduzir processo como presidente da CAE
O Copom vai manter a cautela, a serenidade e a perseverança?
Colegiado do Banco Central decide taxa Selic nesta quarta-feira e expectativa é de manutenção em 6,5% ao ano. Reunião pode marcar despedida de Ilan Goldfajn
Ilan diz que expectativa muito alta com novo governo é risco para o país
O desafio da gestão é de poder colocar em prática as medidas anunciadas e satisfazer o eleitorado, disse o presidente do Banco Central, em entrevista ao jornal suíço “Le Temps”
Eu pensei que o Brasil ia quebrar primeiro!
Evento com ex-presidentes do Banco Central rende bons relatos sobre a história econômica do país
Controle da inflação é processo contínuo e reformas são essenciais
Em evento no Rio, Ilan disse que IPCA de 2018 ficou “em torno da meta”, mas que o mais importante são as expectativas orbitando as metas até 2020
Atuação firme do BC garantiu queda da inflação e juros na mínima histórica, diz Ilan
No Senado, presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, destaca importância de reformas e de medidas tomadas para ampliar a concorrência no sistema financeiro. Ilan também falou de sua saída e fez uma confissão
Ilan defende autonomia do BC e continuidade de reformas
Presidente do Banco Central também voltou a defender a continuidade de reformas, como a da Previdência
Ilan: Vocês vão me aguentar aqui até março
Transição na presidência do Banco Central vai até o primeiro trimestre de 2019 e não haverá mudança na política cambial ou de reservas internacionais